Ela pode pilotar os carros mais rápidos de Miami, mas não o seu coração.
Quando Camila conheceu Lauren, ela ainda era uma criança - apenas a irmã mais nova mimada e que a odiava de seu melhor amigo. A irmã que foi embora com os pais para a Califórni...
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— Atenção aí, galera! – Nicholas grita no meio do círculo gigante de pessoas que se aglomerou ao seu redor. – Chega mais que nós vamos começar com esse racha.
Camila me levou para perto do McLaren, em uma garantia de que nada iria acontecer com o carro se estivéssemos longe. E como o mesmo estava em uma posição favorável, assim como os dos outros corredores, conseguimos ter uma vista limpa de Nicholas.
— A faixa é quádrupla, então vão ser quatro carros na pista, e como isso é um racha programado, selecionamos alguns dos pilotos que queriam participar – Nicholas começa a buscar algo no meio de todas as pessoas, e vai apontando à medida em que acha. – Harry, Miley, Sofia e Machine, vocês vão fazer uma disputa clássica em dupla, uma volta na avenida, e quem chegar na largada primeiro, pula para a próxima fase, que será uma disputa entre os dois vencedores, eu, e nossa KCC.
Ainda não coloquei na minha cabeça que Camila é famosa nas ruas, então quando seu nome é citado, e uma sessão de palmas e algazarra de incentivo começa, deixando claro para quem eles estão torcendo, eu me surpreendo. Os olhares se encaminham todos para nossa direção, e Camila manda um beijo no ar, acostumada em ser o centro das atenções. Eu era conhecida na minha faculdade, pessoas que eu sequer tinha trocado um aceno com a cabeça sabiam meu nome, mas não é nada comparado a isso aqui, com palmas e toda a gritaria.
Minha cabeça chapada me faz rir baixinho com isso, gostando da sensação de estar me envolvendo com alguém que tem fama na cidade.
— É quase como se eu estivesse transando com uma celebridade – cochicho no ouvido de Camila. Mesmo que com todo esse barulho, ninguém iria prestar atenção. Ela ri.
— Cala a boca, Lauren.
Eu sorrio, segurando a vontade de deixar um beijo na curvatura do seu pescoço. Volto a atenção para frente, e já há mais quatro pessoas se juntando a Nicholas, quem imagino que sejam os outros corredores.
— Aos que ficaram desapontados com ela sendo sabotada na última corrida, aqui está a chance de verem a dona das ruas de Miami atrás de um volante de verdade – Camila faz um coração com os dedos para Nicholas, que devolve com um beijo enquanto outras comemorações surgem. – Mas enfim, galera, não vamos atrasar mais isso aqui. Mil pratas a inscrição, quem vencer leva tudo, vocês sabem como funciona.
Os quatro assente, e retiram um bolo de notas dos respectivos bolsos para entregar a Nicholas, quem também junta sua quantia. Camila se aproxima dos demais para passar sua parte também, interage com algumas pessoas que chamam sua atenção, e quando retorna, faz um sinal para que eu pudesse entrar no carro. Adoro esse jeito meio egocêntrico dela de caminhar pela sua área, como quem sabe exatamente o nome que carrega, e não tem receio de mostrar que gosta dessa fama, de ser o centro das atenções. Pessoas confiantes são atraentes.
Ela liga o motor, e o ronco faz as pessoas começarem a se afastar para que ela pudesse passar. Camila manobra o carro até que estejamos de frente para a avenida, atrás dos carros dos outros corredores, perfeitamente alinhadas. Há algo diferente no jeito que ela dirige esse carro ao seu corsa, e não consigo me decidir se é a postura, se é o fato de que isso é um conversível ou se é sua confiança de que não precisará pilotar como qualquer motorista comum. Mas no fim, seja qual for a razão, Camila fica um tesão assim, principalmente com o óculos escuros. Quase mordo o lábio, secando suas coxas grossas expostas pelo short curto.
