Ela pode pilotar os carros mais rápidos de Miami, mas não o seu coração.
Quando Camila conheceu Lauren, ela ainda era uma criança - apenas a irmã mais nova mimada e que a odiava de seu melhor amigo. A irmã que foi embora com os pais para a Califórni...
Segundamente, me desculpem pela demora. Ontem não consegui atualizar porque meu wi-fi parou de funcionar até umas quatro da tarde, e isso me atrasou muito em várias coisas pessoais que eu precisava fazer, inclusive revisar o capítulo. E hoje dei uma atrasadinha de quarenta minutos, e foi culpa dessa internet de bosta que eu tenho. Mas enfim! Aqui está um capítulo grande para recompensar :)
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Já vai completar duas horas que estou de frente para a TV, assistindo Velma, a qual preciso admitir ser interessante –e gay. Lauren, que agora está deitada no meu colo, devorou todos os chocolates durante a passagem dos episódios, Maggie se juntou a nós, encolhendo-se no canto da cama, e sei que Percy está fazendo um terror lá fora, porque ouço o som de alguns estalos nos móveis.
— A mãe dela é a serial killer – Lauren afirma de repente, e eu a acerto com um tapa no ombro.
— Lauren!
— Está óbvio. Se um personagem está desaparecido e começa a acontecer uma matança, ele está por trás – sua garantia me faz até perder um pouco da graça, como se Lauren tivesse lido o roteiro e estava me dando um spoiler.
— Mas que porra! Eu estava acompanhando a história.
— Você nem queria assistir.
— Mas agora eu estou entretida – aponto para a TV, indignada. – Ou estava, antes de você abrir a boca.
— Olha como você fala comigo, Camila.
— Desculpa, princesa – eu cruzo meus braços ao percebo que já estou cedendo de novo. – Mas é verdade. Agora pode pausar, vamos voltar a assistir quando eu esquecer o que você falou. Estou com fome também.
— Tudo bem, mas não vale assistir sem mim – ela frisa, pausando a série e saindo de cima de mim. Lauren se vira para o lado, me dando as costas para abraçar Maggie, que ainda estava enrolada próxima ao travesseiro. Seu miado rouco invade o quarto, seguido dos estalos dos beijos de Lauren deixa nela. – Eu já pensei em um lugar bem clichê para irmos sem precisar sair da Flórida. Na verdade, já deixei tudo pré-reservado no meu intervalo no abrigo.
Me levanto, sentindo meus braços dormentes –mas não posso reclamar, deixaria ela deitada em mim por dias.
Maggie se espreguiça, ficando de barriga para cima, como se pedisse para Lauren fazer carinho na região, e quase rio dessa situação. Estamos parecendo um casal que mora junto e adotou um gato para ser o filho.
— E onde seria?
— Orlando – emito um som de descontentamento, e Lauren se vira para mim imediatamente. – E antes que você possa reclamar, eu pensei em irmos para algum lugar da Califórnia, sei que tem uma cidade linda chamada Oceanside lá, mas não poderia ser uma viagem de fim de semana, porque é longe 'pra caralho. Mas Orlando é uma cidade cheia de turistas que só estão preocupados com a Disney, e não com quem está andando de mãos dadas na rua. Logo, as chances de encontrarmos algum conhecido são quase que abaixo de zero, já que ninguém do ciclo social de vocês teria algo para fazer em Orlando.
