Ela pode pilotar os carros mais rápidos de Miami, mas não o seu coração.
Quando Camila conheceu Lauren, ela ainda era uma criança - apenas a irmã mais nova mimada e que a odiava de seu melhor amigo. A irmã que foi embora com os pais para a Califórni...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Você me quebra, depois eu quebro minhas próprias regras. A última vez também foi a última vez. É foda, eu sei, mas eu ainda estou... – cantarolo junto com Post Malone nos meus fones de ouvido, enquanto me perco nas estruturas das casas ao meu redor. – Do lado de fora da festa, fumando no carro com você. Exército de Sete Nações, brigando no bar com você. Digo que eu sinto muito, me diga o que eu preciso fazer. Porque eu não consigo esquecer, é químico.
Ainda estou um pouco chapada depois do segundo baseado que fumamos, e afetada pelas quatro garrafas de cerveja que Camila e eu tomamos na praia. Pedi a ela que me deixasse na mercearia na esquina da minha casa, para que eu pudesse comprar algo para comer quando decidimos ir embora, já beirando as quatro da tarde. Minha pele está ardendo pelo sol, porque entramos no mar, mesmo que de roupa, e tenho certeza de que estou toda vermelha, mas não me importo, adoro a vibe de praia. Já tinha visto Lewis na entrada da casa, lavando o mesmo conversível verde da corrida ao lado da calçada, sem camisa. Mas o que acabo de reparar é as adolescentes do outro lado da rua, passando entre risadinhas e cochichos sobre meu irmão, o que me faz revirar os olhos, mas com um sorriso no rosto.
— Gastando muito dinheiro com carro e acabou faltando para comprar camisa? – Pergunto quando me aproximo o suficiente, retirando os fones.
Lewis percebe minha presença, e joga o olhar nas adolescentes com um sorriso galanteador nos lábios, o que só as fazem ficarem ainda mais extasiadas. Ele é bonito, com o abdômen bem definido em meio a todas aquelas tatuagens, isso eu não poderia negar, mas é quase nojento pensar no meu irmão seduzindo outras pessoas.
— As mulheres adoram isso aqui, por que vou esconder? – Ele abre os braços, com a esponja em mãos, e eu torço o nariz.
— Que nojo, Lewis – coloco uma língua para fora em simulação de vômito, arrancando uma risada do mesmo, enquanto as adolescentes finalmente passam, mas continuam olhando para trás. – Mas seu peitoral está bonito mesmo. Eu realmente gostei dessas tatuagens, mas sério, vai colocar uma roupa.
— Onde você estava?
— Com a Camila – finjo pouco caso, desligando meus fones para guardar na case, enquanto Lewis, que já tinha virado para voltar a ensaboar o carro para.
— Com a Camila?
— Uhum.
— O que você estava fazendo com ela? Pensei que vocês não se gostassem.
— Ah, a gente começou a conversar naquele dia que ficamos presas, e ela é legalzinha – dou de ombros, que deixam de pesar quando ele ri, como quem já sabia que aquilo iria acontecer, e volta a atenção ao carro.
Ele está com o teto baixo hoje, então realmente se parece com um conversível, com os bancos de couro e o verde brilhando em meio a tanto sabão. Há uma faixa preta bem no meio do capô, como no de Camila, o que deixa o carro mais atrativo, e como tenho verde e preto como minhas cores favoritas, o acho perfeito. Camila vai ficar boa correndo nele.
