Ela pode pilotar os carros mais rápidos de Miami, mas não o seu coração.
Quando Camila conheceu Lauren, ela ainda era uma criança - apenas a irmã mais nova mimada e que a odiava de seu melhor amigo. A irmã que foi embora com os pais para a Califórni...
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Fiquei na casa de Camila cuidando do que descobrir ser uma gata. A alimentei, hidratei, limpei e tratei dos seus machucados, e quando terminei, já eram quase sete e meia da manhã. Fiz Camila me prometer dez vezes que iria ficar de olho na gata –que apelidei carinhosamente de Maggie, para não precisar ficar a chamando pelo nome da sua espécie–, e me ligar imediatamente em caso de qualquer problema. E repeti as instruções com a alimentação, soro e anti-inflamatório vezes suficiente para ela perder a paciência comigo.
Mas quando sai da sua casa, ainda mandei mensagem com as instruções novamente, só para garantir, e recebi como resposta um "vou te bloquear".
Desmontei quando cheguei em casa, cansada da corrida, do surfe, do sexo, e do cuidado com Maggie. Tive sonhos com o mar, e quando acordei, às duas da tarde, Lewis já estava aqui, na área da piscina, me esperando para o almoço. Precisei passar pelo processo de maquiar cada centímetro da minha pele –do busto para cima, e as coxas–, o que levou mais alguns longos minutos da minha tarde, até que desci para o encontrar e comermos juntos. Contei a ele o que estou achando sobre a corrida, ouvi algumas histórias sobre ela que ele já vivenciou ou viu acontecendo, e só encerramos o assunto quando Ashley me manda uma mensagem, perguntando se eu queria ficar na calçada matando tempo.
Aceitei imediatamente, e por volta das cinco da tarde, já me encontrava na frente da minha casa, conversando assuntos aleatórios com ela. Ainda me sinto cansada demais para a chamar para fazer algum programa, como ir até a praia durante o dia, algo que já tínhamos combinado antes mesmo de eu voltar para Miami, mas ainda não aconteceu. Não estávamos contando que seu namoro com meu irmão seria assumido, e nem que eu estivesse me envolvendo com a melhor amiga dele, o que acabou afetando nosso tempo juntas.
Devolvo o celular dela quando termino de ver as fotos do local onde eles ouviram falar do tal acampamento, que por sinal, Ashley está tão animada quanto Lewis.
— Achei bonito – comento, observando as mesmas adolescentes que passaram quando Lewis estava lavando o carro cruzando a rua, entre as mesmas risadinhas, olhando para dentro da minha casa. Torço no nariz. – Essas meninas estão me irritando, já é a terceira vez que estou vendo elas passando desse jeito aqui.
— Nem me fala – Ashley bufa, as fuzilando com o olhar. – Desde que se mudaram para a nossa rua e viram o Lewis, elas passam por aqui com esses sorrisinhos. Estou doida para afundar o dente de uma.
— Elas são adolescentes, Ashley.
— Adolescentes que sabem que ele namora – ela mordisca o lábio, como sempre faz quando está nervosa. – Ei! – grita para as garotas – Vocês precisam de alguma ajuda? A casa não está a venda.
As três arregalam os olhos, percebendo que foram pegas –como se estivessem disfarçando–, e rapidamente encontram um jeito de sumirem do nosso campo de vista, virando a esquina. Isso me faz rir.
