𝐂𝐎𝐅𝐅𝐄𝐄, 𝐂𝐇𝐀𝐎𝐒 𝐀𝐍𝐃 𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑𝐒
ɴᴇᴡᴛᴍᴀꜱ
livro único, +12
Thomas se muda para Willow Creek,
uma cidade tranquila e misteriosa.
Lá, ele conhece Newt, um jovem cativante
com segredos profundos.
🎞️
[A história se desenrola em uma série...
Na manhã seguinte, a tempestade havia cessado, mas a cidade ainda estava coberta de neve e o chão permanecia escorregadio.
Vince e Mary caminhavam pela vizinhança, aproveitando um momento de tranquilidade após o tumulto do dia anterior. Mary tinha passado o dia cuidando de pessoas que se acidentaram na tempestade, enquanto Vince lidava com as emergências na delegacia.
— Foi errado gostar daquilo? — murmurou Mary, seus pensamentos refletindo na voz baixa. Vince sorriu suavemente, notando sua preocupação.
— Da correria dos casos emergenciais? — perguntou ele, com um tom de compreensão. — Sentia falta disso? — Vince a olhou de lado, sinceramente curioso.
— Foi por isso que eu virei médica — Mary deu de ombros, um leve sorriso nos lábios.
— Você parecia à vontade no hospital — comentou Vince, observando-a.
— Eu triunfo no caos — ela admitiu, apesar de sentir uma pontada de culpa. — Isso não pode ser bom, certo?
Vince riu, balançando a cabeça.
— Foi bom para aquelas pessoas.
— Bem, você as trouxe até mim — disse Mary, retribuindo o sorriso.
Eles continuaram a caminhar, a conversa fluindo naturalmente entre eles.
— Preciso fazer uma pergunta — disse Vince de repente, quebrando o silêncio.
Mary olhou para ele, curiosa, com uma sobrancelha arqueada.
— Por que não trabalha em uma cidade que tenha um hospital, onde possa fazer esse trabalho que você, obviamente, ama?
Mary suspirou, seus olhos perdidos por um momento nas lembranças.
Caminharam tanto que, antes que se dessem conta, já estavam diante da casa dos Cooper.
— Trabalhar com emergências em um hospital não é bom para minha família. Não é bom para os meus filhos — acrescentou Mary, sua voz suave e afetuosa. — Quer entrar? Aceita um chá?
— Pensei que nunca ofereceria — brincou Vince, sorrindo.
Mary sorriu enquanto ia até a porta e a abria. Ambos entraram na casa, que estava quente e acolhedora, um contraste agradável com o frio lá fora.
Assim que entraram, Mary se dirigiu à sala de estar, onde encontrou alguém sentado em uma poltrona, esperando.
— Sua filha me deixou entrar — disse a figura, levantando-se lentamente. — Estou atrasada, mas espero que minha consulta ainda valha.
Mary ficou surpresa, mas manteve a compostura. Vince, logo atrás dela, ficou espantado ao ver a pessoa à sua frente.
— Ava? — perguntou Mary, reconhecendo a mulher.
— Ava Paige — confirmou a mulher.
— Minha ex-esposa — comentou Vince, a tensão evidente em sua voz.
— Olá, Vince.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A presença inesperada de Ava foi uma surpresa para todos. Quando Thomas viu sua mãe, seus olhos brilharam de felicidade e espanto, uma emoção que ele raramente mostrava.
À noite, todos jantaram juntos. A refeição estava deliciosa, como sempre, pois Vince sabia preparar uma boa comida.
— Estou satisfeita — disse Ava, terminando de comer. — Obrigada. Vou voltar para a pousada. Estou cansada.
— Por que não fica aqui? — sugeriu Thomas, esperançoso.
— Sua mãe gosta de privacidade — comentou Vince, desejando que Ava fosse embora.
— Estarei bem perto daqui, filho. Não se preocupe — disse ela, sorrindo para Thomas.
Thomas desviou o olhar de sua mãe por um instante e olhou para Vince. — Pai, eu quase nunca vejo a mamãe... — comentou ele, com um olhar suplicante. — Ela pode ficar?
Ava olhou para Vince, um sorriso abrindo-se em seus lábios.
— Uma noite. Por que não? — disse, dando de ombros, apesar de sentir-se levemente frustrado com a situação.
— Vai me ver antes de ir dormir, não é? — perguntou Thomas à mãe, radiante de alegria.
— Pode deixar, filho — respondeu Ava, sorrindo.
— Ótimo — agradeceu.
Thomas, que também havia terminado de comer, levantou-se e saiu da mesa, indo em direção ao seu quarto, deixando apenas Vince e Ava na cozinha.
— Que jogo é esse? — Vince perguntou abruptamente.
— Meu Deus, eu só vim visitar o Thomas — respondeu Ava, com uma risada sarcástica. — Não posso mais pegar um táxi e atravessar a cidade agora que se mudaram para cá.
Vince riu, mas sem humor.
— Tenho uma passagem em aberto para Hong Kong, só me esperam no final da semana, e isso é o melhor que consigo fazer.
— No fim da semana?
— Aqui é meio longe de Upper West Side, Vince — comentou Ava, como se fosse óbvio.
— Eu gosto daqui — disse Vince, tomando o resto do vinho em sua taça.
— Gosta? — perguntou Ava, quase retoricamente.
— Só passe tempo com o Thomas e me deixe em paz, está bem?
Ava riu. — Você é sem graça.
— Boa noite, Ava — despediu-se Vince.
— Boa noite, Vince — disse ela, enquanto se retirava da mesa.
Enquanto Vince limpava a cozinha, ele refletia sobre o impacto da visita de Ava em Thomas.
Ele sabia que a presença dela era importante para o filho, mas temia as consequências emocionais que isso poderia trazer. Thomas sempre ficava animado quando via a mãe, mas a decepção quando ela partia era inevitável.
Mais tarde, enquanto Vince se preparava para dormir, ouviu risadas vindas do quarto de Thomas.
Ele caminhou até a porta e espiou, vendo mãe e filho juntos, rindo e conversando como se nenhum tempo tivesse passado desde a última vez que se viram. O coração de Vince se apertou, dividido entre o alívio de ver Thomas feliz e a preocupação com a dor que poderia vir depois.
Ele voltou para o seu quarto, tentando acalmar a mente.