14.

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O fim de semana finalmente chegou.

Vince estava saindo do trabalho à noite, o céu escuro pontilhado por estrelas, quando avistou alguém parado perto do seu carro, esperando. A luz fraca do poste próximo delineava a figura de Ava, que estava sorrindo melancolicamente enquanto ele se aproximava.

— Oi — cumprimentou Vince, com um tom de surpresa na voz. — O que houve?

Ava ergueu os olhos para ele, o sorriso fraco ainda no rosto.

— Thomas e eu nos despedimos. Ele está em casa — disse, a voz suave mas cheia de emoção. — O táxi está me esperando.

Vince soltou um suspiro de alívio, o sorriso irônico brincando em seus lábios. — Por favor, não quero te atrasar — disse, embora seu tom mostrasse que ele estava aliviado por vê-la partir.

Ava deu um passo à frente, sua expressão se tornando mais séria. — Quero que saiba que aceito sua oferta de passar mais tempo com o Thomas — afirmou, seus olhos buscando os dele.

Vince ergueu as sobrancelhas, genuinamente surpreso. — Ótimo! Thomas ficará muito feliz — exclamou, e desta vez, a sinceridade era clara em sua voz.

Ava inclinou a cabeça. — É, mas você ficará feliz? — perguntou ela, retoricamente, deixando a pergunta pairar no ar.

Vince deu de ombros, tentando parecer despreocupado. — Para o bem do Thomas, podemos passar alguns finais de semana juntos.

Ava respirou fundo, como se estivesse se preparando para dizer algo importante. — Vou me mudar para Willow Creek, Vince — declarou de repente, pegando-o completamente de surpresa.

Ele riu, incrédulo, mas a seriedade no rosto de Ava o fez parar. — É mesmo?

— Assim que eu voltar da China, vou procurar uma casa aqui em Willow Creek — explicou, com uma firmeza que deixou Vince desconcertado. — Já conversei com um corretor, Vince.

Vince balançou a cabeça, a frustração evidente em seus olhos. — Não pode estar falando sério — disse ele, com um tom sarcástico.

— Você me pediu para fazer isso — insistiu Ava, os olhos brilhando com determinação.

— Não pedi, não! — exclamou Vince, incrédulo com a teimosia dela.

— Pediu. Obrigada. — Ava respondeu, com um sorriso de satisfação.

Vince revirou os olhos, percebendo que Ava só ouvia o que queria. — Por nada — disse ele, suspirando.

Ava deu um passo para trás, olhando para Vince com uma mistura de afeto e exasperação. — Boa noite, Vince — disse ela, antes de soltar uma risada suave. — Sempre odiei esse casaco.

Vince olhou para o próprio casaco, lembrando-se das discussões passadas. — Eu sei, por isso adoro ele — revidou prontamente, com um sorriso de satisfação.

Ava riu de volta, enquanto se afastava e se dirigia ao táxi que a esperava.

Vince ficou parado por alguns minutos, observando-a partir, tentando processar tudo o que acabara de acontecer. Ele suspirou profundamente, sentindo o peso das decisões e das mudanças que estavam por vir.

 Ele suspirou profundamente, sentindo o peso das decisões e das mudanças que estavam por vir

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