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Sonya estava pensativa desde o desencontro que teve na cafeteria-bar. Ela não havia contado a ninguém por quem estava esperando naquela noite.

Ela caminhou até o quarto de seu irmão, Newt, que acabava sempre sendo um refúgio para ela. Newt estava sentado em sua cama, mexendo em seu notebook, provavelmente fazendo algum trabalho de escola.

— Oi — sussurrou Sonya, adentrando no cômodo.

Newt desviou o olhar do computador para focar em Sonya. Ele não se surpreendia mais com suas entradas; eram tão próximos que parecia que dormiam no mesmo quarto.

— Oi — disse Newt, abrindo um sorriso. Ele observou a irmã atentamente, até perceber que havia um lampejo de incerteza em seu rosto. — Está tudo bem?

— Não... — respondeu Sonya, com um sorriso melancólico.

— Quer conversar? — perguntou Newt, suavemente.

— Quero — suspirou Sonya, enquanto se aproximava da cama.

Newt tirou o notebook da sua frente para que pudesse prestar atenção no que sua irmã tinha a dizer. Sonya se sentou ao seu lado e ficou em silêncio por um momento, organizando seus pensamentos.

— Tudo que me disser ficará entre nós — afirmou Newt, tentando encorajá-la.

— Estava esperando alguém naquela noite na cafeteria-bar, como você sabe — começou ela, finalmente. — Alguém importante para mim. Para nós, de certa forma.

Newt franziu a testa, preocupado. — Quem era?

— Aris.

Newt caminhava apressadamente pelas ruas da cidade

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Newt caminhava apressadamente pelas ruas da cidade. O frio intenso cortava seu rosto e o movimento das pessoas tornava sua busca ainda mais difícil. Seus olhos escaneavam freneticamente a multidão até que, finalmente, avistou Aris saindo de um bistrô.

— ARIS! — gritou, acelerando o passo até alcançar seu primo. — Eu estava te procurando.

Aris parou, levou o copo de café aos lábios e tomou um gole calmamente. — Achou.

Newt, ofegante, respirou fundo antes de falar. — Precisamos conversar.

Aris olhou para ele com uma expressão indiferente. — Encontrou algo sobre mim, certo?

— Encontrei — confirmou Newt, a frustração evidente em sua voz. — Você disse que veio aqui porque queria uma pausa. Mas não disse que era uma pausa obrigatória.

Aris arqueou uma sobrancelha, ainda mantendo a compostura. — Como é?

— Como eu pude ser tão idiota para acreditar em você? — continuou Newt, sua voz carregada de amargura. — Você sempre mente. Mentiu sobre vir aqui para passar algum tipo de férias. Mentiu para Sonya, dizendo que iria encontrá-la na noite em que saiu escondida de casa. Você sempre foi assim, até quando éramos crianças. É tão ridículo da sua parte.

Coffee, Chaos and OthersOnde histórias criam vida. Descubra agora