Dmitri Ivanov
Sofhia estava deitada, enquanto recebia soro. Fiquei pensando sobre o que Nikolai e Ester falaram, acho que já sei o que fazer.
Olho para Sofhia e depois vou até o meu carro, partindo até a minha pista de pouso, aviso ao meu piloto e fico olhando pela janela do meu jatinho. Apesar de ser uma decisão difícil para mim, acho que não é só Sofhia que precisa de um tempo, eu também. Pego o meu celular e disco o número de Maxim.
— Qual o motivo da ligação?
— Vou viajar, e preciso que você ajude Nikolai.
— E porque eu faria isso?
— Eu realmente preciso dizer? — disse sarcástico.
Ouvi o mesmo suspirar.
— Okay. Eu nem vou dizer que você ter trazido essa garota para cá foi um problema, porque disso você já sabe, então boa viaja. Quando você volta?
— Daqui a três meses.
— E enquanto isso eu vou continuar sendo a nyanya dos seus homens.
— Sim. — Vi o piloto acenando avisando que iríamos decolar. — Tenho que desligar. Mas uma coisa, fica de olho na Sophia por mim.
— Tudo bem, quem sabe eu coloque um pouco de juízo na cabeça daquela garota. Boa viagem Dmitri.
— Obrigado Maxim.
Desliguei. Fiquei tentado a ligar para Sofhia, mas sabia que seria em vão, já que a mesma nunca me atende. Repousei na poltrona, pensando nela.
"Minha querida babochka, você ainda estará na minha cama, e eu estarei no seu coração."
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1 semana depois...
Já tem uma semana que estou na Noruega. Eu tenho ganhado bastante dinheiro e feito muitos negócios por esse lado. Todos os dias Maxim e Nikolai me informam sobre como a minha esposa está, e as vezes também recebo fotos, e por elas percebo que ela parece mais feliz, fora o fato de ter ganhado peso.
Estou aqui em uma boate de stripper, onde tem mulher pelada de sobra, e mesmo assim não consigo sentir nada por nenhuma delas.
— Precisa de ajuda, bonitão — disse uma garota morena sentando no meu colo.
— Não obrigado.
— Problemas com o casamento? — Apontou para a aliança em meu dedo. — Eu posso te ajudar a esquecer ela.
A agarrei pelo pescoço, deixando seu rosto rente ao meu.
— Você não é ninguém perto da minha esposa, então saia daqui antes que eu resolva enfiar uma bala na sua cabeça.
A soltei e ela se levantou e se afastou de mim da mesma maneira que se aproximou, rapidamente. Bebi o resto de uísque em um só gole.
Eu não sei porque estou aqui, achei que se estivesse em um lugar com muitas mulheres e estando tanto tempo sem sexo eu iria ficar excitado, mas não poderia estar mais enganado. Porque mesmo sem ter beijado ou feito qualquer coisa com aquela mulher, ela domina a minha mente, o meu coração, o meu corpo e o meu pau.
Saí de lá e fui para o hotel onde eu estava hospedado. Tomei um banho e me deitei. Anos atrás a essa hora, 19:56, eu estaria em uma cama rodeado de mulheres, mas essa idéia não me apetece mais, porque eu só quero ela. Acho que eu preciso mesmo desse tempo longe da Sofhia.
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Meses depois...
Hoje eu finalmente vou voltar para Rússia. O povo da Noruega são ótimos para "trabalhar" se é que vocês me entendem. Não liguei para Maxim nem para Nikolai avisando que eu estaria indo, quero pegá-los de surpresa. Estava comendo um croissant, quando meu telefone tocou.
— Sim?
—Alô Dmitri?
Eu só podia estar sonhando.
— Sofhia?
—Sim, disculpe te ligar assim, eu queria saber se você vai demorar para voltar?
Algo não está certo, Sofhia não me ligaria apenas para perguntar isso, na verdade ela não ligaria nem se realmente precisasse, ela está aprontando alguma coisa.
— Sim. Talvez mais uma semana, estou com muitas coisas para resolver aqui. — Menti.
— Ah, entendo, bom tenho que desligar. Tchau.
Algo está muito errado qui. Coloquei o cinto e logo depois já estávamos ganhando os céus. Como agora são 00:00 e como a viagem é mais de uma hora provavelmente chegarei na mansão por volta das 11:30 por aí.
"Minha pequena babochka, você vai correr atrás de mim, ou não me chamo Dmitir Ivanov."
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Desço do avião e pego um táxi. Olho a cidade movimentada e lembro de quando eu tive que andar por essas ruas com fome e com a minha irmã para cuidar. Que saudades de você Tatiana, minha pequena rebenok.
Quando eu chego nos portões da mansão pago ao taxista que vai embora. Assim que os meus homens me vêem fazem um leve acenar de cabeça, e eu os comprimento, não é porque sou o chefe que tenho que tratar meus funcionários maus, afinal eu também dependo deles.
Quando cheguei em casa estava silenciosa, mas não tanto, eu conseguia ouvir o som de murros e de gritos abafados. Eles devem estar na arena.
Tomei um banho, e coloquei uma calça mais confortável, junto com uma camisa branca. Desci as escadas e passei pela cozinha onde encontrei minha sobrinha, comendo o que parece ser um pudim escondido.
— Agora eu sei como que a comida aqui anda desaparecendo.
Dei risada quando a mesma, devido a minha repentina aparição, derrubou o pote sujando tudo.
— Der'mo — resmungou. — O que está fazendo aqui?
— Eu moro aqui. — Apontei para o chão sujo. — E você vai limpar isso aí.
— Claro que eu vou. — olhou-me de rosto emburrado.
— Cadê Sofhia?
— Ah, a Sophia? Bem... é-
— Onde ela está? — perguntei sério.
Foi então que eu lembrei dos barulhos que ouvi quando cheguei. Fui até onde os meus seguranças treinavam e quando cheguei no ring vi o que eu pensei que nunca veria.
★★★★★
Glossário:
Rebenok: criança
Der'mo: merda
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Minha doce Obsessão
RomanceDmitri, após um acidente que o leva ao coma, é assombrado por sonhos vívidos com uma misteriosa mulher, Sofia Cooper. Dez anos depois, ao encontrá-la na vida real, sua obsessão se intensifica. Ao se aproveitar do sequestro da prima de Sofia, Dmitri...