VIII

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Sofhia Cooper

As palavras dele se repetiam na minha mente.

Tira a roupa.

Tira a roupa.

Tira a roupa.

Tira a roupa.

Não, isso não acontecerá, não de novo, eu não posso deixar.

— Se encostar em mim, eu mato você, Dmitri, e isso não é uma ameaça vazia.

— Okay, então, eu tiro.

Ele andou na minha direção e agarrou o meu braço. Sua mão agarrou a alça do meu vestido, descendo com rispidez. Merda. Agarrei o punho dele e dei um chute entre as suas pernas.

Chertova suka.

Me soltei de seu aperto e corri para longe dele, tento achar algo, mas não há nada. Sinto uma mão segurar o meu cabelo com certa brutalidade e um corpo quente atrás do meu.

— Vou amar essa sua selvageria, mas só na cama, meu amor, porque fora dela você tem que ser a minha menininha. Entende?

— Dmitri, você está fora de si.

— E você é uma gatinha muito curiosa.

Ele continuou segurando os meus cabelos e me guiou até a cama. E me colocou de quatro, a minha vontade é chorar, mas não darei esse gosto a ele.

— Vai ser o seguinte, eu quero que você conte.

— O quê? Quantas vezes você vai me estuprar? — gritei.

Senti-o parar e pensei que talvez as minhas palavras o tenham atingido, mas não poderia estar mais errada.

— Eu não vou te estuprar, Sofhia.

— Então, o que vou contar?

— Quantas vezes você vai levar palmada nessa bunda gostosa, e eu quero que saiba que será um imenso prazer, então é o seguinte, eu bato e você conta, se você errar a contagem, eu começo tudo de novo.

— Dmitri-

— Calada.

Um tapa. Tão forte que me fez gritar.

— E não se preocupe, as paredes têm revestimento a prova de som, então ninguém vai ouvir você gritando, ninguém nunca ouvirá seus gritos além de mim, e quanto mais cedo você entender isso — Alisou a minha nádega na qual ele havia depositado o tapa anteriormente. — Melhor será para nós dois.

Mais um tapa, mais forte que o anterior, agarro o lençol da cama com força, e me seguro para não gritar.

Não vou te dar o prazer de me ver gritar, miserável.

— Um. — Outro tapa. — Dois.

Mais um, e outro, parece que isso não acabará tão cedo.

☠️🖤☠️🖤☠️🖤☠️


Noventa e sete.

Noventa e oito.

Noventa e nove.

Cem.

Desabo na cama, não aguentando mais. Eu errei a contagem duas vezes , ou seja, foi muito mais que só cem tapas. Há uma camada de suor em meu corpo e sinto todo o meu corpo doer, mesmo sendo os meus glúteos os mais afetados. Estou sentindo como se eu tivesse sido espetada pelo bastão no diabo.

Dmitri alisou minhas nádegas como se fossem uma obra de arte, o que me fez gemer de dor. Tomo um pequeno susto com Dmitri me pegando em seus braços e me sentando em seu colo, e ele então começa a me ninar, como se eu fosse um bebê.

Begi malen'kaya devochka v les, ili ozernoye chudovishche pridet i skhvatit tebya, begi, begi, begi, poka ty bol'she ne smozhesh' eto terpet'
(Corra, garotinha no bosque, ou o monstro do lago vem te pegar, corra, corra, corra, até não mais aguentar) — cantarolou.

Me agarrei em sua blusa social e chorei em silêncio, aproveitando aquele mínimo conforto, e como eu parecia ridícula pensando desse jeito, mas isso não importava agora, na verdade, nada mais importa agora, exceto que quero aceitar esse carinho desse miserável figlio di puttana.

Todo esse tempo aqui, ele sempre foi “bom” comigo, e talvez tenha sido por isso que isso aconteceu, para ele mostrar que é ele quem dita as regras, e que eu só posso ir até onde ele me deixar ir, e isso faz eu me sentir uma completa idiota.

Gradualmente, os meus olhos foram pesando ao ouvir a voz grossa de Dmitri cantarolar a canção russa. E agora tenho certeza de que ficar aqui todo esse tempo afetou a minha sanidade, porque, com tudo o que aconteceu, a única coisa que eu me pergunto é: por que tem tantos desenhos meus no quarto dele? Por que eu?

★★★

Glossário
Chertova suka : vadia maldita
Figlio di puttana : filho da puta

Minha doce Obsessão Onde histórias criam vida. Descubra agora