XVI

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Dmitri Ivanov

Acaricio os cabelos de Sofhi, enquanto ela faz círculos ao redor de algumas tatuagens. Não falamos nada desde que acordamos e deixaria que ela falasse quando se sentisse confortável. Peguei sua mão e a levei até meus lábios, depositando um beijo no dorso.

— Acho que já podemos conversar.

— Sim — respondi.

Ela se sentou na cama, sem calcinha, usando apenas uma camisa social minha, com os primeiros botões apertos, o que a deixava extremamente sexy. O que não fica sexy nessa mulher?

— Por que o tal Alexander te tratou como se você fosse só um soldado? — Começou.

— Nem todos sabem que eu sou o líder da Bratva.

— Então, para todos os efeitos, você é apenas um soldado?

— Sim.

— Por quê?

— Apenas aqueles de quem preciso sabem quem eu sou. Mesmo sendo o líder da Bratva, tem certas coisas que não posso fazer.

— E como faz com que façam o que você quer?

— Todos temos segredos que não queremos que ninguém saiba, e aí está o que eu preciso.

— Entendo. E...

— Não, não vou matar seus pais.

— Como sabia…

— É óbvio que você iria me perguntar isso e me sinto chateado em saber que você pensa que eu poderia matar os meus sogros.

— Isso é novo para mim.

Dei-lhe um beijo casto.

— Eu sei, amor.

— Para onde foi em sua última viagem?

— Irlanda.

— O que foi fazer?

— Fui procurar Antony.

— O achou?

— Sim.

— E o matou?

— Sim.

Ela ficou em silêncio por um tempo, até abrir um sorriso.

— Obrigada. Quando vou poder ver meus pais?

Óbvio que ela faria essa pergunta, na verdade, eu estranharia se não a fizesse.

— Quando eu ter certeza de que você não vai fugir de mim na primeira oportunidade.

Dei-lhe um selinho, já que a mesma ficou triste.

— Por que tantas tatuagens?

— Algumas fiz porque quis e outras para esconder cicatrizes.

— Elas tem significado?

— Algumas têm. — Apontei para o nome em meu peito. — Esse daqui é em homenagem ao amor da minha vida.

Ela olhou impressionada.

— Fez uma tatuagem com o meu nome? — Tocou a tatuagem.

— Sim, essa é a mais importante.

— Quando fez?

— Quando seu pai te chamou, eu descobri finalmente o nome da mulher que andava em meus pensamentos por dez anos.

— Como eu nunca vi?

— Talvez não tenha prestado a atenção que deveria. — Sorri.

— É talvez. Por que… Me deu aquela sessão de palmadas, aquele dia?

Minha doce Obsessão Onde histórias criam vida. Descubra agora