Dmitri Ivanov
Acaricio os cabelos de Sofhi, enquanto ela faz círculos ao redor de algumas tatuagens. Não falamos nada desde que acordamos e deixaria que ela falasse quando se sentisse confortável. Peguei sua mão e a levei até meus lábios, depositando um beijo no dorso.
— Acho que já podemos conversar.
— Sim — respondi.
Ela se sentou na cama, sem calcinha, usando apenas uma camisa social minha, com os primeiros botões apertos, o que a deixava extremamente sexy. O que não fica sexy nessa mulher?
— Por que o tal Alexander te tratou como se você fosse só um soldado? — Começou.
— Nem todos sabem que eu sou o líder da Bratva.
— Então, para todos os efeitos, você é apenas um soldado?
— Sim.
— Por quê?
— Apenas aqueles de quem preciso sabem quem eu sou. Mesmo sendo o líder da Bratva, tem certas coisas que não posso fazer.
— E como faz com que façam o que você quer?
— Todos temos segredos que não queremos que ninguém saiba, e aí está o que eu preciso.
— Entendo. E...
— Não, não vou matar seus pais.
— Como sabia…
— É óbvio que você iria me perguntar isso e me sinto chateado em saber que você pensa que eu poderia matar os meus sogros.
— Isso é novo para mim.
Dei-lhe um beijo casto.
— Eu sei, amor.
— Para onde foi em sua última viagem?
— Irlanda.
— O que foi fazer?
— Fui procurar Antony.
— O achou?
— Sim.
— E o matou?
— Sim.
Ela ficou em silêncio por um tempo, até abrir um sorriso.
— Obrigada. Quando vou poder ver meus pais?
Óbvio que ela faria essa pergunta, na verdade, eu estranharia se não a fizesse.
— Quando eu ter certeza de que você não vai fugir de mim na primeira oportunidade.
Dei-lhe um selinho, já que a mesma ficou triste.
— Por que tantas tatuagens?
— Algumas fiz porque quis e outras para esconder cicatrizes.
— Elas tem significado?
— Algumas têm. — Apontei para o nome em meu peito. — Esse daqui é em homenagem ao amor da minha vida.
Ela olhou impressionada.
— Fez uma tatuagem com o meu nome? — Tocou a tatuagem.
— Sim, essa é a mais importante.
— Quando fez?
— Quando seu pai te chamou, eu descobri finalmente o nome da mulher que andava em meus pensamentos por dez anos.
— Como eu nunca vi?
— Talvez não tenha prestado a atenção que deveria. — Sorri.
— É talvez. Por que… Me deu aquela sessão de palmadas, aquele dia?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha doce Obsessão
RomanceDmitri, após um acidente que o leva ao coma, é assombrado por sonhos vívidos com uma misteriosa mulher, Sofia Cooper. Dez anos depois, ao encontrá-la na vida real, sua obsessão se intensifica. Ao se aproveitar do sequestro da prima de Sofia, Dmitri...