Minha doce Obsessão

XXIII

Sofhia Cooper

Desde que Dmitri e eu fomos à empresa, as coisas têm melhorado. Já escolhi todos os meus funcionários e já estamos funcionando. Em um mês, já fomos chamados para dois desfiles com peças exclusivas feitas por mim.

Percebi que tem alguma coisa acontecendo, não só pelo fato de ter mais seguranças em todos os lugares ou de Dmitri estar muito mais intenso na hora do sexo, mas sim, por ele. Dmitri quer estar comigo a todo momento, até quando vou ao banheiro, às vezes acordo à noite e ele está sentando em sua poltrona, me encarando como se eu fosse a sborra de uma deusa. Isso deveria me assustar, mas não, eu me sinto a mulher mais foda do mundo.

Já perguntei o que está acontecendo, mas ele não me conta de maneira nenhuma. Conversei com Maxim e com Nikolai, mas eles também não me contam nada.

Desci as escadas e me dirigi à cozinha, onde encontrei Dmitri sentado à mesa com um copo do que parecia ser café, Nikolai digitando algo no celular e Maxim, como sempre, em seu notebook.

Fui ao encontro de Dmitri parando a sua frente.

— Quero que me conte o que está acontecendo. — Exigi.

Seus olhos se dirigiram a mim, antes dele suspirar e olhar para o nada.

— Quero ficar sozinho com a minha esposa.

Nikolai e Maxim saíram nos dando privacidade. Dmitri afastou um pouco a cadeira da mesa deixando um espaço e deu leves batidinhas em sua coxa indicando que eu deveria me sentar.

Sentei-me em sua coxa, ouvindo sua respiração em minha orelha. Sua mão vagueou pela minha coxa à mostra graças ao short. Seu toque me transmitiu a confiança de que eu precisava.

— Jafar quer você. — Soltou.

— O mesmo sobre quem você havia me falado?

— Sim.

Fiquei em silêncio digerindo suas palavras.
Tudo faz sentido agora, a intensidade dele, a segurança redobrada.

Sua cabeça tombou contra o meu pescoço, levantei minha mão fazendo um leve carinho em seus cabelos.

— Estou com medo, Sofhia.

Meus músculos enrijeceram, o silêncio se tornou ainda maior. Senti como se o mundo tivesse parado de girar, como se somente nós existíssemos.

Me sentei de frente para ele em seu solo, colocando as pernas em cada lado da cadeira.

— Como?

— Estou com medo de te perder, e isso faz eu me sentir tão fraco.

Abaixou a cabeça, colocando no meu pescoço.

— Dmitri olhe para mim. — Porém ele não o fez. — Dmitri — disse com seriedade.

Ele levantou a cabeça e me olhou, essa foi a primeira vez que vi medo em seus lindos olhos, medo de me perder e isso me quebrou.

Agarrei seu pescoço e o trouxe para perto de mim o beijando com intensidade.

Sborra ele tem medo de me perder.

Sei que tudo o que aconteceu entre nós foi conturbado, mas isso? Eu nunca imaginei que ficaria tão feliz em ser a fraqueza de alguém, ou melhor, a fortaleza de alguém.

Encerrei o beijo e colei nossas testas.

— Você não é fraco, Dmitri. Assumir que você está com medo só te faz corajoso. É normal sentir medo. Sei que você vai acabar com o Jafar.