XV

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Sofhia Cooper

Os dedos de Dmitri massageiam o meu coro cabeludo enquanto observo a escuridão por entre as cortinas. Faz minutos que acordei e acredito que seria melhor se eu continuasse dormindo. Eu fiz. Eu transei com Dmitri Ivanov, e agora sei que ele não vai me deixar ir, nunca mais. Tudo estava gravado em minha mente, suas palavras, seus gemidos roucos, seus tapas, seus chupões, seu… Pau, e sborra, aquilo realmente coube em mim!

Não quero tirar o rosto do peito de Dmitri e ser obrigada a encará-lo. Não posso dizer que eu estava bêbada, apesar de estar, mas não ao ponto de não saber o que estava acontecendo, eu sabia, e eu queria, queria muito.

A minha região íntima está latejando, mas depois do sexo maravilhoso, acho que vale a pena.

Suspiro. Saio de seu peito e me sento na beirada da cama, deixando um gemido de dor escapar.

— Quer ajuda? — perguntou.

— Não.

Me levantei e só não caí devido aos braços fortes de Dmitri.

— Acho que precisa sim.

Ele me pegou no colo estilo noiva e me levou até o banheiro. Me colocou sentada sobre o mármore frio da pia e colocou a água para encher a banheira, enquanto isso ele ficou me encarando.

— O que foi? — perguntei.

— Nada.

Quando a banheira já estava cheia, ele colocou algumas essências e me pegou no colo novamente, me colocando na banheira. Ele me banhou com delicadeza, algo que não sabia que mãos tão grandes como as suas podiam fazer, depois ele lavou meus cabelos tendo um cuidado incrível com os fios e depois os molhou.

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— Abre as pernas. — Mandou.

— Você não vai transar comigo.

Sorriu.

— Apesar da ideia me agradar e muito, não quero te matar.

Ele abriu minhas pernas, se posicionou entre elas e passou os dedos com uma pomada transparente em minha vagina me fazendo gemer.

Pocha, assim você não está ajudando, querida.

— Desculpa.

Ele continuou passando a pomada e depois saiu do quarto. Deitei minha cabeça no travesseiro, pensando em tudo o que aconteceu. Continuo processando a notícia de que eu transei com Dmitri, transei com a sborra do homem que eu deveria odiar, com a sborra do homem que me sequestrou.

Dmitri voltou com uma bandeja com vários alimentos, não comemos nada quando fomos à boate e agora, após ter gastado energia, senti a fome bater. Se sentou e colocou à minha frente, tentei me sentar, mas tudo doía. Vi Dmitri segurando um sorriso, eu mereço, ninguém mandou ser tão fogosa e querer que ele me fodesse como um selvagem, e o pior de tudo isso é que gostei.

— O que você tanto pensa?

— Nada — respondi da mesma forma que ele.

Levei um morango à boca.

— Não me provoque.

— E não estou. — Sorri.

Ele tocou meu pescoço e ficou alisando a região, enviando arrepios ao meu corpo e provocando uma umidade entre minhas pernas.

— Você fica linda assim, na minha cama, na minha vida, com marcas que eu deixei.

— Isso foi um erro. — Soltei.

Ele apertou meu pescoço, trazendo-o para perto de seu rosto.

— Não parecia um erro quando você estava gozando no meu pau, ou então quando você estava gemendo como uma cadela no cio. — Sua mão desceu até minha boceta, onde ele me penetrou com um dedo me fazendo gemer de dor. — Diz que foi um erro de novo, amor.

Seu dedo entrou e saiu, me fazendo desejá-lo mais, ele circulou meu clitóris, me fazendo morder os lábios para não gemer novamente.

— Dmitri. — choraminguei.

Eu deveria querer que ele parasse, mas não, eu queria que ele continuasse e me fizesse gozar, mesmo que minha boceta esteja latejando, porque sou uma puttana masoquista. Eu até deixaria ele continuar, então lembrei de suas viagens, de quando ele disse que a Noruega deveria ser considerada o país dos prazeres.

Dei um tapa em sua mão o afastando de mim.

— O que houve?

— Ainda me pergunta? Você viaja, pega meio mundo de mulher e depois vem querer dar uma de homem obcecado.

Dmitri Gargalhou como se eu tivesse contado a maior de todas as piadas. Ele agarrou minha mão e a colocou sobre seu membro, coberto pela calça de moletom.

— Estou duro só por estar perto de você, acha mesmo que eu iria transar com alguém?

— Não sei, você é homem.

— Exato, eu sou um homem, não um garoto, nunca iria trocar a lua por meras estrelas. Eu não consigo ficar duro com mais ninguém além de você, porque você é a única mulher que tenho na mente, a única que eu desejo.

— Vai me dizer que não pegou ninguém enquanto viajou?

— Te digo mais ainda, desde que eu te conheci, não peguei mais ninguém. Essa foi a primeira vez que transei desde que te vi passar por aquela porta com as suas irmãs.

— Por quê?

Eu estava realmente confusa, Dmitri é lindo, não é um homem de se jogar fora, muito pelo contrário, é o tipo de homem que com certeza tem qualquer mulher aos seus pés.

— Porque amo você, Sofhia Ivanov, e como em outras vezes, eu só preciso que você me dê uma chance, só uma.

O encarei e vi sinceridade, que mal poderia acontecer em dar-lhe uma chance? Já estou presa de qualquer maneira, não faço a menor ideia de quando poderei ver a minha família novamente.

— Eu aceito.

— Não vai se arrepender. — Ele pegou um remédio e o colocou na minha mão. — Remédio para dor.

— Não vai me dar um concepcional também? — Ironizei.

— Sei que você não pode engravidar, mas de qualquer forma implantei um DIU em você.

— Se já sabia, por que gastar tempo colocando DIU? E quem lhe deu permissão?

— Quando se trata de você, eu não preciso de permissão, já que é minha mulher. Coloquei o DIU porque nunca se sabe, não quero usar camisinha com você e não quero correr o risco de ter que te dividir com nada, nem ninguém.

Ele tirou a bandeja da cama e ficamos deitados, Dmitri fazendo carinho em meus cabelos enquanto eu olhava para os desenhos espalhados pelo quarto.

— Você tem talento.

— Com uma musa linda como você, não tem como qualquer coisa não ficar bonita.

— Ainda temos que conversar sobre o que aconteceu.

— Amanhã conversamos, agora, descanse.

Fechei meus olhos, me concentrando em seu carinho e na possível besteira que eu poderia estar fazendo na minha vida em lhe dar uma chance, mas quem estava na chuva era para se molhar. Estava há um tempo com os olhos fechados, então não sabia se era real ou não, mas ouvi a voz de Dmitri dizer:

— Até que a morte nos separe.

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