XXV

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O mestre mandou: Abra bem as pernas
E coloque as mãos atrás da cabeça
O mestre mandou: Respire fundo
Porque esta noite nós faremos uma bagunça, querida
• Simon says - B. Smyth •

Sofhia Cooper

Não tive tempo para digerir suas palavras, sua boca veio ao encontro da minha e tudo se foi e veio ao mesmo tempo. 

Eu e Dmitri somos tudo e nada. Funcionamos bem juntos, porém somos indestrutíveis quando separados.

Agarrei seus cabelos, os puxando. Sua língua e a minha estavam em uma perfeita batalha de quem levaria a melhor — os dois.

Sua mão apertou o meu seio direito, enquanto sentia sua outra mão levantar o meu vestido e rasgar minha calcinha. Então, senti algo duro e frio ser introduzido em meu canal vaginal.

— O-oquê?

— Calada, querida, não vai querer que eu aperte o gatilho sem querer.

A arma foi para mais fundo e eu gemi.

— Quero que você saiba que vou matar aquele cara com essa mesma arma que fará você gozar.

Eu queria ter respondido, mas estava mais concentrada na sensação que a arma estava me dando.

Saber que um movimento dele e aquela arma poderia disparar, fazia as minhas paredes internas se apertarem na arma e minha lubrificação aumentar.

Dmitri se abaixou e tive que revirar os meus olhos ao sentir a sua língua em meu clitóris, enquanto a arma entrava e saia de mim.

Coloquei a minha mão em sua cabeça, incentivando-o a continuar. Sua outra mão subiu até o meu seio, o apertando, fechei meus olhos, me deitando no sofá.

Fiquei ofegante, era tudo demais para mim. Agarrei o estofado do sofá, para tentar amenizar a pressão crescente dentro de mim.

Quando levantei a minha cabeça para olhar para Dmitri, seus olhos se voltaram para mim e, quando tive o vislumbre de um sorriso, aconteceu.

Tombei minha cabeça para trás, gritando seu nome, senti como se houvesse atingido o Nirvana.

Meu coração bateu mais descompassado do que já estava e minha alma simplesmente saiu do meu corpo.

Quando eu consegui me recuperar ao menos um por cento, levantei minha cabeça envergonhada, encontrando o olhar dele.

— Eu… urinei?

— Você acabou de ter um squirting, ejaculação feminina. — Sorriu.

— Por que está sorrindo igual um idiota?

— Porque só cinco por cento das mulheres conseguem vivenciar um esguicho. E isso só acontece quando elas chegam a um nível alto de prazer, sabe o que isso me diz sobre você?

— Nada.

— Me diz que você gosta de brincar com o fogo, principalmente se eu for o causador desse fogo. Diga que não. — Me desafiou.

— Não — respondi.

Ele moveu a arma e tocou o meu clitóris sensível, me fazendo gemer.

— Seu corpo me diz o contrário.

De repente, ouvi um barulho, o barulho do gatilho. Fechei meus olhos esperando a dor, porém ela não veio, o que veio foi a risada de Dmitri acompanhada de mais uma estocada com a arma.

Abri os olhos, encarando-o com raiva.

— Você estava me ameaçando esse tempo todo com uma arma sem munição? 

— Na verdade, tem munição.

Ele tirou a arma de dentro de mim, fazendo-me soltar outro gemido que não passou despercebido por ele. Ele abriu o tambor e havia duas balas.

— Você realmente fez roleta russa com a arma dentro de mim? — perguntei assustada.

— Não fique tão surpresa, ainda tenho vontade de agarrar o seu lindo pescoço. — O terror em meu rosto deve ter sido tão aparente que ele continuou. — E te fazer me chupar até se engasgar.

Coloquei minhas mãos em meus olhos, respirando fundo.

— Quero aquela mulher morta.

— Achei que você não fosse ciumenta.

— Foda-se o que você acha, eu quero aquela puttana morta, ou o morto será você.

— Vou matar o cara que você beijou, acredito que seja justo matar a mulher que me beijou.

— Vai mesmo matar ele?

— Sim.

Me sentei sentindo o estofado molhado. A blusa de Dmitri também estava. Molhada com a minha ejaculação. Lembrar disso fez com que sentisse minhas bochechas queimarem.

— Não precisa ter vergonha, eu adorei. — Se aproximou e deixou um beijo em meu queixo. — Espero que seja o primeiro de muitos.

O empurrei.

— Quero você longe de mim. Bem longe.

— Desculpe, querida, mas moramos na mesma casa e dormimos na mesma cama. — Se levantou, tirando o punhal de seu ombro e foi até a porta para a abrir. — Eu até ficaria para te ver esguichar mais uma vez, só que com o pau dentro de você, mas tenho duas vidas para ceifar.

Ele saiu e eu continuei deitada.

Cazzo de cupido figlio di puttana.

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