XXIV

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Sofhia Cooper.

Okay, talvez não tenha sido a melhor das ideias vestir um vestido com um corsed — definitivamente não foi uma boa ideia.

Observo o vestido preto que ficou perfeito em meu corpo. Aposto que esse deve ser o quinto vestido que eu vesti e agora eu não quero mais.

Suspirei. Tirei o vestido e depois o corsed, observando a lingerie em meu corpo. Treinar tem feito muito bem para o meu corpo.

Fui ao closet e olhei os vestidos que estavam no cabide. Amarelo, azul, rosa, vermelho, ah, verde.

Peguei o vestido verde-esmeralda que eu nunca tinha usado — talvez porque eu nunca o vi no meu closet. Tomara que caia, com uma fenda na perna que vinha até a coxa. Simples e, ao mesmo tempo, elegante.

Perfeito.

Vesti e pensei que o vestido havia sido feito para mim. Ficou incrível.

Sentei-me em frente à penteadeira e decidi usar apenas um delineador e um batom vermelho sangue, que em minha opinião destacava ainda mais os meus olhos. Deixei meus cabelos soltos e coloquei meu punhal na capa e o coloquei entre meus seios, afinal, só porque é para arrecadar dinheiro para caridade não quer dizer que não haverá perigos. Depois coloquei os saltos brancos e passei o meu perfume.

Pronta.

— Meu Deus, por que vocês mulheres demoram… tanto?

Ele ficou parado me olhando dos pés à cabeça. Fiz o mesmo com ele, que usava uma calça social preta assim como seu terno, uma blusa social branca e uma gravata verde da mesma tonalidade do meu vestido.

— Você está maravilhosa.

— E você está bem elegante.

— Quantos terei que matar hoje só por olharem para você?

Ri.

— Espero que muitos. — Brinquei.

Me aproximei dele, tocando em seu pescoço. Mesmo de salto alto, eu ainda era uma anã, conseguindo bater o máximo em seu peitoral.

Ele se abaixou, colocando sua cabeça em meu pescoço, depositando um beijo suave. Acariciei seus cabelos, o abraçando.

— Hum, eu estou quase desistindo de ir para esse evento — sussurrou.

— Nada disso, você vai sim e ajudaremos crianças carentes.

— Sabe que a maioria só estará lá para fazer negócios, não é?

— Sim, mas ainda é para ajudar crianças carentes, então vamos.

— Tudo bem, mas quando a gente voltar, eu quero você só para mim.

— Como se você me dividisse com mais alguém.

— Eu nem vou.

Ele deu mais um beijo, dessa vez molhado, e senti arrepios percorrerem o meu corpo.

— Dmitri. — O adverti.

— É bom saber que lhe afeto assim como você a mim. — Ele se levantou e colocou seu queixo no topo da minha cabeça. — Eu te amo.

Cazzo! Por que ele consegue falar isso com tanta facilidade?

Apertei sua cintura em um abraço.

— Acho que é melhor a gente ir.

— Sim — respondi.

Saímos do quarto e descemos as escadas, encontrando Nikolai e Maxim.

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