XIV

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"Troque de posição, possua minha alma e relaxe."
- Shut up and listen - Nicholas Bonnin, Angelicca

Dmitri Ivanov

O olhar que Sofhia lançou para mim não deveria ter me afetado, porém, me afetou, assim como tudo naquela proklyatiye. Ela acha mesmo que eu iria fazer algo contra a família dela? Admito que no começo fui um Sukin syn com ela, não que agora eu esteja melhor, mas ela deveria agradecer, nem são todos pacientes como estou sendo. Suspirei, não poderia perder a cabeça, precisava descobrir o que Alexander estava tramando.

Encarei a escada por onde Sofhia havia desaparecido, como uma mulher pode deixar um homem de quatro?

Alexander chamou algumas garotas de programa e continuamos a conversar enquanto uma mulher se esfregava em mim. Como estava me incomodando, a tirei de perto de mim.

- Quem é a garota?

- Ninguém.

Verdade, não era ninguém, só a pocha da mulher por quem eu daria a pocha da minha vida, da minha alma.

- Não parece ninguém para mim.

O encarei. Se ele continuasse, eu iria me irritar e ele não quer me ver irritado.

- Achei que fôssemos falar de negócios.

- Oh, claro, claro.

Ele me disse que precisava de armas e algumas bombas. Conforme conversávamos, Alexander ficava mexendo no celular e isso começou a se tornar constante. Ao mesmo tempo, percebi que Sofhia estava demorando. Arranquei o celular de suas mãos e olhei as mensagens.

Eles acabaram de chegar.
19:35

Já estou de olho nela.
19:37

Já está com a garota?
20:27

Ainda não, mas estou quase lá.
20:28

E então uma foto de Sofhia conversando no bar. Desferi um murro no rosto de Alexander, me resolveria com ele depois.
Peguei meu celular e liguei para Nikolai.

- Estão atrás da Sofhia, ache ela.

Olhei para baixo, onde várias pessoas dançavam, as luzes piscantes e a quantidade de gente não ajudava a encontrá-la. Peguei meu celular e abri o aplicativo do rastreador que instalei em Sofhia quando a trouxe comigo.

Quando a achei, fui correndo atrás dela. Quando vi aquele homem agarrado a ela, foi como se estivesse voltando no tempo, quando a minha irmã havia sido sequestrada. Agarrei a arma no cós da minha calça, apontei e atirei, acertando a cabeça do desgraçado. Me aproximei da garota, que parecia meio assustada, e a agarrei pelo braço. A raiva queimava dentro de mim, raiva de tudo, dela por sair, raiva de mim por deixar, raiva do homem que ousou tocá-la e de Alexander.

- Vamos embora, agora.

E saí a levando até o carro.

☠️🖤☠️🖤☠️🖤☠️


Encaro as minhas mãos no volante, eu estava tenso, na verdade, furioso. Ninguém toca na minha garota, e Alexander pagará caro por isso. O silêncio no carro estava tão tenso que poderia ser cortado com uma faca. Não queria falar com a mulher sentada ao meu lado e agradecia mentalmente por ela continuar do mesmo jeito que entrou, calada.

Quando chegamos, estacionei o carro e saí batendo a porta. Entrei em casa e fui até o meu bar que ficava na sala, servindo uma dose generosa de uísque. Sofhia estava parada na minha frente, me encarando.

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