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Dmitri Ivanov 

Estou há tanto tempo sentado em frente ao meu computador, que minhas costas começaram a doer. Antony Torricelli era um dos meus soldados, ao qual se bandeou para uma máfia na Irlanda.

Relatório: Antony Torricelli

Dados Pessoais:
• Nome: Antony Torricelli
• Idade: 45 anos
• Estado Civil: Não especificado
• Filhos: Alexandra Torricelli, 15 anos e Maria Torricelli, 8 anos.

Tinha mais algumas informações sobre as suas últimas aparições, contas bancárias, etc.

Levanto e saio do quarto, preciso de algo para me distrair ou então não darei a morte que quero a Antony. Não encontro Maxim, nem Nikolai, muito menos Sofhia, vou até a academia e vejo alguns dos meus homens lutando. Quando percebem minha presença, fazem um acenar de cabeça em respeito.

— Onde Sofhia, Maxim e Nikolai estão? — pergunto.

Eles me olham como se tivesse um terceiro olho se abrindo em minha cabeça, o que você aprontou agora Sofhia?

— E-eles estão no stand, senhor. — Um deles me responde.

Saio de lá e, quando entro no stand, vejo Sofhia em uma calca moletom cinza, empinando aquela bunda a qual eu ainda vou me enterrar, uma blusa colada branca e com uma arma em punho.

Pokha como uma mulher pode ficar tão sexy, apenas concentrada em acertar um alvo? Mas não, é qualquer mulher, não, é a minha mulher.

Ela atira e acerta o braço do boneco de treinamento.

— Acho que estou enferrujada — ditou a mesma recarregando a arma.

— Até que não está tão ruim — disse Nikolai.

— Pare de tentar agradá-la Nikolai, ela está péssima, se for uma situação de vida ou morte, ela será a primeira a morrer — disse Maxim secamente.

— Não estou treinando para matar ninguém. Eu não vou matar ninguém.

— Mas você é minha mulher, e se estiver em perigo, prefiro que seja o seu inimigo com uma bala entre os olhos em vez de você — digo calmante, saindo de onde estava.

— Você tem uma péssima mania de ouvir a conversa dos outros, não é mesmo?

— Vejo que hoje a minha babochka resolveu voar alto — comecei com humor. — Mas cuidado para o caçador não te pegar e te colocar em uma caixinha de vidro, ou melhor, te empalhar e colocar em um lindo mural.

O seu olhar sobre mim é duro, a vejo apertar a arma entre suas mãos. Gosto do brilho da raiva em seus olhos, babochka.

— Saiam, quero aproveitar o dia com Sofhia. — Maxim e Nikolai se dirigem à saída. — Maxim, continue aquele trabalho para mim. — Ele entende do que estou falando e sai.

— O que quer agora? — pergunta com raiva em sua voz.

— Está chateada comigo? — pergunto irônico.

Claro que ela está não só chateada, como também com muita raiva de mim, ao menos agora ela tem um motivo.

— Imagina — ironizou.

Ela se virou e voltou a atirar, mas não do jeito certo. Me aproximei e fiquei bem atrás dela, percebendo a respiração dela ficar irregular, parece que alguém aqui gosta da minha aproximação.

— O que está fazendo?

Coloco minha mão sobre a arma e direciono para o lugar certo, um pouco ao da cabeça do boneco, depois puxo sua perna esquerda mais para trás, por último coloco as mãos em sua cintura e a puxo em direção a minha pélvis, e pokha eu já estou duro só com isso, com a proximidade de sua bunda comigo a ouço gemer de dor e a minha parte sombria fica feliz de saber que fui eu quem a causei. Devido a nossa diferença de altura me abaixo um pouco e me aproximo de sua orelha.

— Atire — murmuro.

Ela atira e acerta o pescoço do boneco, você tem um grande potencial, querida.

— Segure a arma com firmeza. — Aperto mais sua cintura. — Atire.

Ela atira novamente e o tiro acerta precisamente a cabeça do boneco de treinamento.

— Acertei! — Comemorou.

Sorri, essa é a minha garota.

— É, você tem talento.

— Não precisa me dizer isso.

Pressiono ainda mais sua bunda contra mim, e ela solta mais um gemido.

— Que língua afiada amor.

Figlio di puttana — rugiu.

— Sim, eu sou muito filho da puta, o mesmo filho da puta que vai te foder até você não aguentar andar. E o único que vai te mostrar o que é prazer de verdade.

— Eu te odeio, nunca me entregaria a você.

A viro para mim com brusquidão, agarrando seu queixo com força e fazendo com que Sofhia encare o meu olhar que não estava dos melhores.

— Prova.

— O quê?

— Já que me odeia tanto prove. — Agarrei sua mão que ainda segurava a arma e pus em cima do meu peito, onde fica o coração. — atira.

— Enlouqueceu?!

— O que foi? Achei que me odiasse.

— Eu não sou igual a você, para com isso.

— Está com medo, Sofhia?

E lá está, a chama do desafio, Sofhia tem isso com ela, ela quer provar para si mesma que ela pode fazer as coisas, e um desafio simples para ela se torna questão de honra.

Ela se afastou de mim e eu pensei que ela ia colocar a arma sobre a mesa, não poderia estar mais errado. Em um movimento rápido, ela direcionou a arma para mim, e atirou.

Pokha essa garota foi feita para mim.

Senti a queimação em meu braço, o tiro foi de raspão, mas sei que foi de propósito, apenas para mostrar que ela tem coragem e pokha como ela tem coragem. Não consigo conter o meu sorriso de alegria.

— Nunca duvide de mim, querido.

Me aproximei dela e a agarrei pelo pescoço, seus olhos arregalados e boca carnuda. Eu até tento não pensar em como seria a sensação de seus lábios em volta de mim, mas é quase impossível, ou melhor, é impossível, porque Sofhia Ivanov é a maldita de uma tentação, em todos os sentidos.

Aproximei sua boca da minha, a mesma não relutou ou tentou me impedir e quando estava quase lá.

— Dmitri… Oh, merda… É...

— Fale logo — digo sem paciência, se ele interrompeu o momento, que ao menos seja para algo que preste.

— Maxim o encontrou — Nikolai termina o que iria dizer.

Solto o pescoço de Sofhia e só quando a mesma respira profundamente, percebo que eu estava apertando o seu pescoço. 

Olho em seus olhos uma última vez com a promessa de que o que eu iria começar ainda irá acontecer e saio.

Antony Torricelli, me aguarde, porque o diabo está indo buscar a sua alma.

Minha doce Obsessão Onde histórias criam vida. Descubra agora