Minha doce Obsessão

XXVIII

Você sente minha falta como eu sinto a sua?
Vadiei por aí e acabei me apegando a você
Amigos também podem partir seu coração
E eu estou sempre cansado, mas nunca de você

• i hate u, i love u - Olivia O'Brien •

Sofhia Cooper

Semanas se passaram e, como prometido, Dmitri não me deixou depois que bebi metade de uma garrafa de whisky, e claro que agora ele deixa as garrafas em um lugar trancado.

Não se pode nem mais beber um whisky em paz.

Eu acreditava que a presença de Dmitri era sufocante, mas ficar sem ele é mil vezes pior.

- Eu não quero romance - disse Dmitri enquanto escolhia o filme que íamos assistir.

Ele estava entre minhas pernas, com a cabeça em minha barriga, e eu usando a mão esquerda para fazer um carinho em seus cabelos.

- Mas eu quero.

- Você já tem a mim, para quê você quer assistir romance?

- Você é bem convencido.

Escolhi então um filme de terror, O chamado. Ter Dmitri deitado entre minhas pernas, apesar de parecer estranho depois de tudo o que aconteceu, era bem confortável.

- Queria saber por que nos filmes de terror as pessoas ficam falando com espíritos - disse ele genuinamente.

Quando vejo Dmitri assim, me esqueço por um momento do quanto ele é letal com uma arma, mesmo que eu nunca tenha visto.

- Qual seria a graça se não houvesse argumento? - perguntei.

- Não vejo graça em falar com espíritos - respondeu.

- E o que você gostaria de assistir?

- Você. Gozando no meu pau.

Ele me olhou e se aproximou até que nossos lábios quase se tocassem. Sua respiração fazia cócegas em mim, causando um bom arrepio.

- Achei que fôssemos assistir ao filme - falei, não conseguindo manter o olhar em seus olhos e desviando para sua boca.

- Prefiro assistir você. - E então me beijou.

Sua língua pediu passagem e eu cedi. Seus dentes se cravaram em meu lábio inferior, fazendo com que eu soltasse um gemido baixo.

Suas mãos foram até minha bunda, me levantando e me colocando em seu colo. Agarrei seu pescoço, arranhando de leve, ouvindo-o soltar um gemido rouco.

Rebolei em seu colo e não demorou para que eu o sentisse embaixo de mim. Puxei seus cabelos, o afastei, coloquei minha testa na sua e ofeguei.

- Você me deixa louco. - Ofegou.

- E você me incendeia.

Sorrimos.

- Desculpe atrapalhar.

Direcionamos nosso olhar para encontrar Maxim, com uma expressão indecifrável, me lembrando de que ainda estávamos na sala da casa. Dmitri abaixou minha blusa, que eu nem havia percebido que ele havia levantado.