Capítulo 30 - Dy

33 8 3
                                    

— Tem certeza que é seguro? — Taeyong me pergunta de novo e eu não respondo.

Estou prestando atenção nas sombras ao nosso redor. Eu nunca deveria ter aceitado o convite do meu irmão para vir até aqui. Quer dizer, já era estranho ele me chamar pra qualquer coisa, mas isso?

Eu não sou o maior fã de aventura, ação ou, dane-se, qualquer coisa perigosa. Sempre desaprovei Daesun e Jaehyun serem assim. Eles nunca ouvem. Quer dizer, Jaehyun não tem saído tanto assim nos últimos meses, mas eu duvido que seu espírito insano tenha morrido.

— Doyoung — sussurra Taeyong, parado no lugar. Eu olho para onde sua lanterna aponta, vendo luzinhas flutuando ao longe. — São alienígenas!

— Ty, fala sério. — Reviro os olhos, porém as luzes começam a se afastar mais e uma delas dá várias voltas enlouquecida. Um uivo vem daquela direção e nós dois viramos estátuas.

— Caralho, que porra é essa, Dodo? Eu não quero morrer! Vou embora! — Ele vira de costas e eu o pego pela gola da camisa. Olho para as luzes e então me aproximo delas. Aquela única enlouquecida começa a se afastar e girar mais ainda e Taeyong choraminga me implorando com as mãos unidas para irmos embora.

Eu tropeço na raiz de uma árvore e tento me equilibrar no Taeyong, mas ele cai antes de mim e me puxa mais rápido de encontro com o chão. fecho os olhos, preparado pra dor, mas nada acontece.

Meus olhos se abrem, meio embaçados e eu sinto as mãos de alguém me segurando pelos braços.

Jaehyun me solta e se abaixa para pegar meus óculos que caíram do meu rosto.

— Obrigado. — Coloco no rosto e olho para a cara de todos os outros, vendo meu irmão rindo de um de seus amigos. Aquele da lanterna doida corre até nós. Jungwoo, eu acho.

— Viu! Eu falei que eram eles. — Daesun dá algumas batidinhas no ombro dele.

— Mas os alienígenas existem! — Jungwoo argumenta. — Eu só via as lanternas flutuando, o que eu deveria pensar?

— Viu, não sou o único! — Taeyong bate no meu braço, com menos medo agora que estamos em mais gente. Seus joelhos estão sujos de terra ainda, não sei como ele se levantou tão rápido.

Jungwoo aponta para ele como se tivesse encontrado um parente e eles se apoiam falando de alienígenas.

Eu reviro os olhos.

— É claro que não existe essa coisa. Quem é que acredita em alienígenas?

Minji, Johnny, Taeha e Daesun concordam comigo rindo, e tenho certeza de que Hee concordaria se não estivesse chateada comigo e ocupada me ignorando. Porém Jaehyun balança a cabeça.

— Eles com certeza existem.

— Você não está falando sério.

— Ah, eu estou. — Ele sorri quando eu franzo a testa e algo dentro de mim fica mais leve. E... droga, estou olhando demais para ele. Estamos encarando demais um ao outro.

Tusso, olhando o resto do caminho, contudo não perco a expressão de Minji sorrindo para nós e muito menos o olhar vazio de Taehee. Ela com certeza notou.

— Vamos, estamos quase lá — incentiva Daesun, descendo primeiro a trilha.

Ouvimos o som da cachoeira entre os tremeliques das canelas de Taeyong e Jungwoo e os gritinhos de Taeha toda vez que alguma folha bate em seus tornozelos. Ela ri, achando engraçado seus próprios sustos e se segura no meu irmão.

Jaehyun não diz nada, mas toda vez que há alguma coisa atrapalhando o caminho, ele é todo cavalheiro e se livra disso para mim. Ele disfarça fazendo o mesmo por Minji, mas ela o cutuca achando isso engraçado.

Blame » dojaeOnde histórias criam vida. Descubra agora