my sweet vampire † frerard

🩸: memórias dadas

a música não é citada no capítulo mas é literalmente eles. 

fleetwood mac – mystified

vou ter que contar com uma boa compreensão do espanhol por parte de vocês em algumas partes (juro que não é difícil).

†††

Gerard caminhou seguramente pelos corredores vermelhos até a sala designada. A porta se abriu antes mesmo de sua mão encostar no material. Ruda já o esperava, e logo tratou de lhe dar espaço para que entrasse.

"Lamento la insolencia de Frank, se suponía que íbamos a venir aquí juntos." Gerard falou, assim que a porta se fechou atrás de si. 

Ruda andou pacientemente até a taça e a segurou em suas mãos. "No hay problema, es amable, tiene pensamientos divertidos."

"Es un tonto, no debería haber venido, no comprende lo peligroso que es esto." Sentou-se no sofá e apoiou um braço inteiro no respaldo, uma perna se cruzou elegantemente sobre a outra. O anel de metal que usava no anelar esquerdo brilhava com uma tartaruga de diamante. Havia roubado de um homem rico no Equador. "Si has estado en su mente por más de un segundo, sabes lo complicado que es estar en mi lugar... el vampiro está obsesionado conmigo. Es una molestia."

"No es muy diferente a ti." Ruda retrucou, sentando-se ao seu lado com a taça firme em sua mão direita.

"¿Cómo...?" Gerard fez uma moção de injúria com as mãos, destacando uma no peito.

"Gerard, no finjas que no lo sabes, los pensamientos siempre vienen acompañados de sentimientos. Y las oscuridades se esconden un poco más profundamente". Ele ergueu a taça na direção do amigo, que a pegou irrefletidamente. Era como se houvesse sangue em seus olhos, ele não gostava de ouvir o que estava ouvindo. Pois sabia para que caminho aquela conversa estava indo. "Esta es la relación vampírica más difícil que hayas tenido en tu vida. ¿Cómo es encontrar algo tan nuevo para los sentidos, después de tanto tiempo?"

Gerard levou a taça à boca e engoliu o sangue em um único gargalo nervoso. Ruda sorriu astutamente. "Él no merece nada, que se muera de amor por mí, no me rendiré."

"No eres una piedra. El tiempo lo ha endurecido, pero no puede dejar que la ternura desaparezca. La vida es amarga sin amor. Especialmente cuando ese amor está a tu lado, pero te niegas a alimentarlo por algo que ya no tiene sentido. Por mezquino orgullo le causa dolor. ¿Cómo puedes hacer esto?"

Gerard afrouxou o colarinho ao redor de seu pescoço, de repente estava se sentindo muito estranho em sua própria pele, não pelas palavras afiadas, que decerto o fizeram refletir – algo invasivo dançava em sua mente como a maré salgada. Ia e vinha em imagens distorcidas. "¡¿Que es eso?!" Exclamou, a taça caiu de sua mão e rolou no chão em um baque comedido. "¡Ruda!" Apalpou o braço no sofá, não conseguia enxergar nada, seus olhos haviam virado completamente para trás. "¡¿Qué carajo me está pasando?!" Sua voz saiu trêmula, como se dona morte o encarasse no fim do corredor com sua foice.

Ruda deu alguns tapas amigáveis em seu ombro e voltou a se sentar na poltrona vermelha. Ele retirou um maço inteiro de cigarros da gaveta e o acendeu muito rapidamente, suas palavras a seguir flutuaram com a fumaça. "No morirás. ¡Es simplemente magia! ¿Cambiarás de opinión después de ver la horrible vida de quien te ama? Veremos hoy si Gerard Way todavía tiene corazón". Seu tom era um tanto jocoso, vibrava internamente para ver o resultado de sua interferência bem intencionada.