Antes que a noite chegasse ao fim ambos os vampiros se levantaram, vestiram-se de costas um para o outro e silenciosamente partiram para esperar Ruda em frente ao seu escritório, Frank sentado com as pernas dobradas e Gerard em pé de braços cruzados.
"O que vamos perguntar à ele?" Frank começou, olhando Gerard de canto de olho. Ele parecia diferente em comparação com a noite passada – mais retraído, inexpressivo, enfadonho também, o que era um péssimo sinal.
Iero havia conjecturado em sua mente o suficiente de uma bela e ingênua fábula – pensou que Way o agarraria assim que chegassem ao quarto. Estimou uma noite de sexo quente e molhado com muito sangue e beijos desesperados quando a chave fosse girada na fechadura. Ao invés disso, deram boa noite e deitaram em suas respectivas camas como se nada tivesse ocorrido lá fora.
Way não estava sendo áspero ou malvado, isso havia ficado subitamente para trás, junto de todo o seu ressentimento e amargor. Ele o havia compreendido, finalmente. Frank apenas queria que ele demonstrasse algo a mais, e a falta de tato o frustrou em níveis estratosféricos. Estamos na estaca 1, isso é... amizade? Foi exatamente o que ele disse na noite anterior. Dane-se tudo o que fizeram juntos, os beijos intensos e o pênis ereto, eles estavam na fase da amizade, aparentemente.
O maior sinal de paixão que um vampiro poderia exibir – o baixo ventre ereto e livre de auto repressões – não significava muita coisa na cabeça teimosa e irritante dele, ou, ao menos, era o que ele queria que parecesse.
O que Frank deveria fazer então? Abaixar as calças, empinar as nádegas e abrir o ânus bem na frente dele com um anel de compromisso enfiado lá dentro puramente afim de demonstrar que não desejava apenas a porra de uma amizade colorida com ele?
"Que pergunta é essa, Iero? Vamos descobrir como encontrar nosso amigo."
Frank sabia a resposta, também sabia que aquela poderia concorrer a pergunta mais idiota do ano. Apenas queria tanto que Gerard conversasse qualquer coisa com ele; depois de chorar diante de si pela primeira vez e ter prometido ser diferente, Iero esperava um pouco mais do que essa simpatizante cordialidade desencantada.
Ruda virou o corredor de repente e suspendeu as sobrancelhas ao vê-los ali tão cedo, desta vez seu longo cabelo estava solto e uma bandana justa e marrom, amarrada por debaixo dos fios, enfeitava sua cabeça. "Vocês por aqui." Ele pegou uma chave em seu bolso e destrancou a porta.
"Disse que íamos falar sobre Timothée hoje." Frank rompeu, levantando-se imediatamente.
O regente os encarou por algum tempo, os olhos focados no que quer que via diante de si com inequívoca clareza. O fato de que ele podia ler suas mentes se tornou de repente um massivo incoveniente para Frank, que só podia coçar a lateral da cabeça em claro descontentamento.
"Então vocês não fizeram nada ontem? Não era isso que eu estava esperando." Ruda analisou, rodeando a mesa para se sentar em sua cadeira. Frank e Gerard tomaram o sofá desconfortavelmente. Sera que ele sabia quando cada vampiro no clã fazia sexo apenas por transitar em suas mentes rapidamente? Frank pensou, com certa perturbação. Ruda gargalhou repentinamente, mas nada disse em resposta. "É interessante. Deve ser uma sina norte americana e europeia. Essa falta de lascívia anti-natural. Uma lástima, de verdade." Ambos olharam para lados opostos. Iero por si só não sabia o que dizer, suas bochechas inflamaram. "Gerard, ele não está mais confinado em sua mente, isso é bom, não precisa mais fingir e ser tolo, agora, artimanhas maliciosas passarão direto por você. O pássaro voou para fora da cachola." Antes que Way reclamasse de sua intromissão, Ruda continuou. "Eu sei, eu sei. Suas vidas particulares não me convém, embora, deva confessar, me entretém bastante. Vocês dois são amantes muito inusuais."
VOCÊ ESTÁ LENDO
my sweet vampire † frerard
RomanceFrank é filho de um caçador de vampiros. Gerard é um vampiro. Uma história sobre amor e ódio, a passagem do tempo e os problemas de ser um vampiro no século 21.