vii. darkness

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4 anos atrás...
Thunder Bay, EUA
2 meses depois...

Entre as paredes suaves e espelhadas da Academia de Ballet de Thunder Bay, senti-me como uma estranha em um mundo familiar. Nova na cidade, cada passo no estúdio reverberava com a promessa de um novo começo e a incerteza do desconhecido. O cheiro de madeira polida e giz de costura me trouxe uma sensação de lar, mesmo em um ambiente tão diferente do que eu estava acostumada.

Atrás do balé, minhas mãos seguravam a barra firmemente, como se esse gesto pudesse ancorar minha alma em meio ao turbilhão de emoções. Era minha primeira aula na academia, mas não era minha primeira vez em um estúdio. Por anos, eu havia dançado em palcos renomados, treinando arduamente para alcançar meu sonho de ser uma bailarina profissional.

O professor, um homem de postura ereta e olhar atento, começou a instruir o exercício inicial. Movimentos familiares fluíram através de mim, meu corpo respondendo automaticamente aos comandos familiares. Era como se meu corpo lembrasse cada passo, cada posição, como uma linguagem antiga que nunca esqueci.

Enquanto me movia pelo estúdio, senti os olhares curiosos e discretos dos outros bailarinos. Sabiam que eu era nova, mas talvez também percebessem que eu trazia comigo anos de dedicação e paixão pela dança. As técnicas ensinadas eram universais, mas cada academia tinha suas nuances, seu ritmo único que eu precisava captar.

Os músculos tensos do meu tornozelo lesionado protestaram de leve, uma lembrança constante da fragilidade e da força que a dança exigia de mim. Ignorei a dor, concentrando-me na música suave que preenchia o estúdio. Cada nota era um convite para explorar novas possibilidades, para me reinventar em um novo ambiente.

O professor se aproximou, ajustando minha postura com um toque firme e gentil. Seus conselhos eram precisos, apontando pequenos ajustes que faziam uma diferença monumental na execução dos movimentos. Eu absorvia cada palavra, cada gesto, determinada a me integrar completamente neste novo capítulo da minha jornada como bailarina.

Ao final da aula, um misto de exaustão e euforia me envolveu. Estava longe de dominar este novo espaço, mas sabia que cada passo dado era um passo em direção ao meu objetivo. Enquanto os outros bailarinos se dispersavam, eu permaneci por um momento no centro do estúdio, deixando a gratidão e a esperança encherem meu coração.

Thunder Bay era agora minha casa, e a Academia de Ballet, meu santuário. Com determinação renovada, respirei fundo, pronta para enfrentar os desafios que estavam por vir e para abraçar a beleza e a disciplina eterna da dança que sempre guiaram meu caminho.

O professor se aproximou com passos calmos, seus olhos atentos capturando cada movimento meu no espelho.

— Valentine, você tem uma presença impressionante. É visível que você tem experiência na dança. — ele comentou, sua voz grave carregando um leve sotaque que denotava anos dedicados à arte.

Swan Lake | DAMON TORRANCEOnde histórias criam vida. Descubra agora