+18 | DARK ROMANCE
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Valentine Louise Bianchi, uma bailarina francesa de renome em Paris, de uma família de grande prestígio, decide se mudar para Thunder Bay para integrar a Thunder Bay Ballet Company. Contudo, sua vida toma um rumo inesperado ao...
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O sol mal havia começado a iluminar o horizonte quando eu acordei. A casa estava envolta em um silêncio pesado, quase opressor. Levantei-me da cama, sentindo o peso dos últimos dias em meus ombros, e fui direto para o banheiro. Precisava de um banho para clarear minha mente e tentar encontrar um pouco de paz em meio ao caos que estava se tornando minha vida.
A água quente caiu sobre mim, e por um momento, fechei os olhos, deixando que o calor aliviasse a tensão nos meus músculos. Mas mesmo ali, sob o jato do chuveiro, minha mente não parava de trabalhar. Pensava em Damon, Enzo, Will, Kai, e Michael, e na constante ameaça que Dmitri representava. Estávamos todos à beira de um colapso, cada um lidando com o estresse de maneiras diferentes.
Terminei o banho, enrolei-me em uma toalha e fui até o quarto escolher uma roupa. Optei por um short curto e uma regata cropped. Precisava me sentir confortável e livre, mesmo que fosse apenas em um sentido físico. Depois de me vestir, desci para a cozinha. Não havia sinal de vida na casa. Os meninos ainda deviam estar dormindo, exaustos pela noite anterior.
Comecei a preparar o café, tentando focar nas tarefas simples e rotineiras. Moer os grãos, ferver a água, tudo isso me ajudava a manter a mente ocupada. Mas, inevitavelmente, meus pensamentos retornavam aos problemas que enfrentávamos.
Como continuar escondendo a falsa fratura no tornozelo? Havia mentido para eles sobre o verdadeiro estado da minha perna para evitar que se preocupassem ainda mais. Sabia que era um risco, mas não queria ser vista como um fardo. Precisava provar que era forte o suficiente para lidar com tudo isso, mesmo que estivesse apavorada por dentro.
E Dmitri... A ameaça constante que pairava sobre nós como uma nuvem negra. Ele já havia mostrado que podia chegar perto de mim com facilidade, e isso me deixava em um estado de alerta constante. Sentia-me como uma presa, sempre esperando o próximo ataque, a próxima jogada.
Enquanto o café passava, apoiei-me no balcão, fechando os olhos por um momento. Estava cansada, exausta de viver com medo, de estar sempre um passo atrás. Precisava encontrar uma maneira de virar o jogo, de tomar controle da situação, mas como?
Os meninos tinham sua própria maneira de lidar com tudo isso: com força, estratégias e bravura. Mas eu? Eu era uma dançarina, alguém que dependia da graça e da precisão. Como poderia enfrentar um inimigo tão cruel e calculista quanto Dmitri?
Com o café pronto, servi-me de uma xícara e sentei-me à mesa. O aroma forte do café encheu o ar, trazendo uma pequena sensação de normalidade. Olhei para a janela, observando a luz do sol que começava a iluminar a floresta atrás da casa. Era difícil imaginar que em meio a tanta beleza, havia tanto perigo.
Tomei um gole de café, sentindo o líquido quente descer pela minha garganta. Precisava de um plano, algo que pudesse fazer para ajudar, para ser mais do que apenas uma vítima à espera de resgate. Mas a verdade era que me sentia perdida, sem saber por onde começar.
