+18 | DARK ROMANCE
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Valentine Louise Bianchi, uma bailarina francesa de renome em Paris, de uma família de grande prestígio, decide se mudar para Thunder Bay para integrar a Thunder Bay Ballet Company. Contudo, sua vida toma um rumo inesperado ao...
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Atualmente... Meridian, EUA
A luz fluorescente do hospital era fria e impessoal, contrastando com a agitação constante dos corredores. Eu estava no meio do meu turno, tentando me concentrar nas fichas dos pacientes, mas a noite anterior ainda pairava em minha mente. A presença de Damon e Will, suas ameaças veladas, tudo isso me perseguia como um espectro indesejado.
— Bom dia, Valentine. — uma voz familiar interrompeu meus pensamentos. Olhei para cima e vi Caleb, meu colega médico, sorrindo para mim. Ele era alto, com cabelos castanhos despenteados e um sorriso encantador que parecia desarmar qualquer um.
— Você está bem? — ele perguntou, inclinando-se ligeiramente para mais perto. — Parece cansada.
— Longa noite, — respondi evasivamente, voltando minha atenção para a ficha do paciente.
— Talvez você precise de uma pausa, — ele sugeriu, colocando uma mão de forma um pouco possessiva no meu ombro. — Ou de uma companhia agradável para distrair a mente.
A insinuação em sua voz era clara. Ele estava dando em cima de mim, e não pela primeira vez. Caleb sempre foi um flerte, mas hoje, sua proximidade e seu toque me fizeram sentir desconfortável. Com tudo o que estava acontecendo, a última coisa que precisava era lidar com seus avanços.
— Obrigada pela preocupação, Caleb, mas estou bem — disse, afastando-me um pouco. Ele não parecia se dar por vencido.
— Vamos lá, Valentine. — ele insistiu, seu sorriso se tornando mais sedutor. — Apenas um jantar depois do trabalho. Prometo que vou te fazer esquecer essa 'longa noite'.
Antes que eu pudesse responder, meu celular vibrou no bolso do jaleco. Eu o peguei rapidamente, agradecida pela interrupção. Uma nova mensagem. Meu coração acelerou ao ver o nome de Damon na tela.
"Não se esqueça de quem está observando você, Valentine. Fique longe dele."
O medo se misturou com a irritação. Caleb não fazia ideia do que eu estava enfrentando, e suas investidas estavam começando a se tornar mais um peso do que uma distração. E então, uma ideia perigosa surgiu. Se Damon queria me controlar pelo medo, talvez eu pudesse usar isso contra ele.
Olhei para Caleb e forcei um sorriso.
— Sabe de uma coisa, Caleb? Talvez um jantar seja exatamente o que eu preciso.
Seus olhos se iluminaram, surpresos e satisfeito.
— Ótimo! Vamos sair às oito?
—Às oito. — confirmei, tentando não pensar nas possíveis consequências.
