ARMANDOCIDADE DO MÉXICO
Isabel Aresta estava livre, finalmente livre. Caminhei ao lado de minha mãe me sentindo aliviado, poderia vê-la com frequência agora.
— Não fique triste pela morte dele. — Parou em minha frente. — O espírito de seu pai está livre das grades que o prendiam.
Ela sorriu brevemente antes de se afastar e jogar um dos vasos caros, que preenchiam a sala, no chão.
— Este foi o último presente de seu pai antes de morrer. — Mostrou um pendrive.
— Você é um homem. Finalmente está pronto pro que tem que fazer. Deve resgatar a honra e respeito pela nossa família.Permaneci a observando, falando com raiva, rancor.
— Seu pai achou uma maneira de esconder milhões de dólares antes de ser preso. Aqui estão as coordenadas para que os encontre.
Anui, pegando o pequeno objeto e me sentando em frente ao notebook, deixando que os dados fossem baixados.
— Vamos recuperar o que é nosso. Esse dinheiro vai nos trazer vingança. — Se sentou ao meu lado tocando meu ombro. — Aqueles que destruíram nossa família vão saber como é serem perseguidos.
Haviam localizações, contatos e fotos. Fotos de todos os que nos destruíram.
— Ele, deve morrer por último. — Apontou.
Mike Lowrey.
DIAS DEPOIS ¨ MIAMI ¨
Era como caça ao tesouro, os rapazes sorriam ao tirar o grande baú do oceano. Fechamos o Porto de Miami para resgatar o dinheiro da minha família.
— O papai fez questão de enterrar a grana fundo hein. — Zombou enquanto cerrava a fechadura. — Se tiver vazio ainda vai ter que pagar.
No mesmo segundo em que terminou, sacos de dinheiro caíram do objeto. Me aproximei, ignorando as falas ao redor, agarrei dois maços grandes com a grana.
— Isso aqui deve pagar o material que a gente combinou e mais um pouco. — Entreguei.
— Isso ai, é a sua parte.
— Como? — Questionei. — A gente fez um acordo.
— Estou renegociando. — Apontou sua arma em minha direção.
Suspirei, retirando a faca da calça o atacando na garganta e atacando seus homens antes que tivessem tempo de pensar. Esfaqueando um dos últimos várias vezes antes de pegar sua própria arma e apontar para o otário.
— Ops. — Me abaixei segurando o pela cabeça, deixando a arma em seu queixo próximo ao corte, ele estava se engasgando no próprio sangue. — Eu não renegocio. — Apertei o gatilho.
Me levantei observando os outros a minha volta.
— A minha família está voltando para mandar nessa cidade, a gente precisa de empregados leais. Quem quer emprego?
— Tem plano dental? — Zway-lo se aproximou, com receio.
— Repete?
— Tranquilo, papi.
— Quer ganhar um aumento? Comece com essa. — Empurrei uma pilha ao seus pés. — Trabalha pra mim agora, coloque sua gente pra andar na linha e não se meter comigo que eu não te mato.
Me afastei, deixando-o gritando para que seus caras começassem o trabalho e liguei para minha mãe.
— Mama? És nuestro.
— Muy rapido, no?
— Temos uma nova base de operações.
— Passou tanto tempo do outro lado que soa como um gringo.
Não respondi, desliguei a ligação em preparando para que faria ainda hoje.
MORGANA
Meu pai e tio Marcus estávamos animados, o capitão havia feito um discurso lindo para Marcus nos lembrando do motivo de estar comemorando. Agora ele é um vozão.
Megan, minha prima, havia dado a luz a um lindo menininho e para melhorar, deu o nome de Marcus Miles Burnett, em homenagem ao novo vovô. Para tio Marcus, Miami estava mais bonita e alegre, ele está radiante e estava a meia hora falando sobre se aposentar.
— .... Você pinta o cavanhaque, Mike.
— Ah, ele pinta mesmo. — Apontei.
— O quê? Claro que não. Eu nunca pintei o cavanhaque cara.
— Essa cor é cacau da meia noite, eu conheço bem. — Agarrou meu pai passando a mão no rosto do mesmo.
— Marcus não me toca.
Ri me afastando pra pegar um drink, vi quando Rita se aproximou e aproveitei para ficar mais afastada. Reparei quando meu pai ficou encarando a mulher andando para longe, sendo um bobão por deixá-la escapar.
Provavelmente agora eles estão falando sobre o fato do meu pai ser solitário e não aceitar criar uma família com a mulher que gosta. Não sei em que momento saímos para a calçada mas agora estava com o celular na mão, pronta para gravar meu pai e meu tio vendo quem corre mais rápido. Enquanto o capitão estava apostando que um deles se machucaria.
— Qualé, vocês dois são velhos. — Resmunguei. — Os dois vão perder.
— Se eu ganhar nós aposentamos, entregamos a papelada e já era. — Marcus avisou.
— Beleza, se eu ganhar vamos continuar até o fim. Seguiremos bad boys para sempre.
— Bad boys sem o boys, né. — Falei fazendo o capitão rir.
— Preparem a ambulância, Marcus vai precisar de soro e oxigênio.
Eles saíram correndo em disparada, correndo estranho e zombando um do outro. Meu celular estava apontado na direção deles, gravando.
Ao fundo ouvi uma moto, não identifiquei o modelo mas percebi que tio Marcus parou para observar, meu pai agora zombava do amigo correndo de costas para a rua nos olhando.
Foi tudo muito rápido, o cara acelerou e sacou uma arma grande. Atirando quatro vezes contra Mike, os gritos tomaram conta do local. Marcus correu até meu pai, soltei o celular na hora agarrando a arma na cintura e atirando contra o mesmo, sem sucesso.
Ouvi o capitão ligando para a emergência mas não consegui prestar muita atenção, meu pai estava se afogando no próprio sangue, minhas mãos já estavam cheias de sangue, o vermelho escorrendo pela calçada. Rita veio correndo, gritando com Mike assim como Marcus, para que ele continuasse acordado mas ele não obedeceu, sua mão agarrou meu pulso antes de fechar os olhos.

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LIE OR DIE • ARMANDO ARETAS
Fanfiction• A BAD BOYS FANFIC • Morgana já havia perdido muito, mas a família que criou era tudo que a importava. Armando tinha tudo, mas mataria pela família que lhe foi tirada. ... Morgana e Armando acabam se envolvendo, sem conhecimento mútuo sobre a vi...