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MORGANA

Rita estava tentando dispensar um cara, caminhei calmamente até ela passando por Marcus e Mike antes de parar ao seu lado. Mike reclamava com ela sobre a roupa.

— Hoje não dá...— Interrompi.

— Eai, estamos esperando. — Sorri para os dois, o homem sorriu me cumprimentando.

— Quem é essa?

— Minha filha. — Sorriu me abraçando de lado, tínhamos uma boa relação desde que ela namorou Mike. — Estamos com amigas hoje, não vai dar mesmo.

— Você é muito jovem pra ser mãe. Uma pena não poder, tenho um amigo para a sua filha também.

Mike xingou alto no ponto que estávamos usando, reclamando em seguida. Rita balançou a cabeça negando.

— Fica para a próxima. — Sorriu dando um tchauzinho. — Tchau gato.

Ri fraco olhando em volta e me afastei após o cara sumir do nosso campo de visão.

— Vocês deveriam ter vindo com um disfarce melhor. Mais... disfarçadas.

Rafe começou a falar no microfone do local chamando a atenção do povo para Zway-lo, a iluminação do local se voltou para ele e todos aplaudiram, ele se levantou com os braços abertos. Kelly entregou um garrafa de champagne para cada um dos mais velhos e assentiu para Rita, os bad boys seguiram a mulher que estava junto a uma fila para rodear Zway-lo.

Continuei em meu lugar, se ele corresse conseguiria pega-lo, não sei o que Marcus e Mike fizeram mas minutos depois o homem estava pulando a estrutura do lugar, olhei para Rita que me mandou seguir. As escadas me fariam perder muito tempo, de longe vi Mike pulando e agarrando o material onde a Dj estava pendurada antes e criei coragem, pulei do andar onde estava, caindo sobre uma mesa de sinuca no segundo andar e joguei um dos tacos que estavam na mesa em direção a Zway-lo, o mesmo tropeçou mas continuou correndo para fora do local. Corri pulando sobre as mesas e peguei impulso para pular do segundo andar, segurei um dos tecidos pendurados e consegui me equilibrar, passei entre as pessoas correndo e mandando-as se afastarem mas o bostinha é atleta, então rapidamente estava em uma moto fugindo.

— Polícia de Miami, me dê a moto. — Mostrei o distintivo antes de tomar a moto de um cara que chegava na boate.

Subi na moto acelerando e seguindo o homem que sabia muito bem onde estava indo, sua área onde sua gangue o protegeria. Peguei minha arma destravando-a e mirei atirando em seguida.

— Balas não letais, que merda.

— Marcus? — Ouvi Mike gritando pelo ponto. — Não adianta nada eu pular e você descer as escadas.

— Eu avisei que não ia pular.

— Zway-lo acabou de entrar na Avenida Dois. — Dorn informou.

A avenida estava muito movimentada me deixando aflita no momento de atirar mas assim fiz, Zway-lo conseguiu desviar de todos fazendo consequentemente os tiros irem em carros de civis.

— Estamos indo para Overtown. — Avisei. — Ele tem gente aqui.

— Gente muito perigosa.

— Nós somos perigosos, Marcus. — Informei, desviando dos carros.

O carro que Mike pegou estava próximo de mim, ele buzinava gritando algo para Zway-lo. Entramos em Overtown e o movimento diminuiu, atirei contra o homem vezes seguidas e vi Mike mirar em sua cabeça, mirei também e assenti, atiramos no mesmo momento fazendo-o perder a consciência, caindo em seguida.

Sua moto foi para um lado enquanto seu corpo ficou no chão, parei a moto deixando-a de qualquer jeito e ainda apontando a arma me aproximei, junto aos meus tios. No rosto de Zway-lo havia uma ferida enorme, inchada. Marcus começou a fazer sons de vomito.

— Cacete, olha isso.

— Está parecendo até o homem elefante. Cê' tá vendo isso?

— Eu tenho que tocar, esta me chamando.

— Não, não toca. — Reclamei mas não adiantou, em segundo Marcus estava reclamando por ter tocado.

Me abaixei ao lado de Zway-lo pegando seu celular no bolso da calça e arma dentro da blusa.

— Overtown está acordando, vamos embora. Coloca ele no carro.

A equipe avisou que estava chegando e corremos para colocar o homem no carro. Mesmo de longe ouvimos o som das motos, colocamos Zway-lo no banco de trás junto à Marcos e entramos no carro. Várias motos no cercaram, motoqueiros muito bem armados atiraram nos pneus do carro. No desespero Marcus começou a chacoalhar o homem para acorda-lo.

— Treinador Marcus, seu cuzão.

Meu tio revidou apertando a ferida na testa do homem e deu tapas no mesmo que gritou.

— Zway-lo, quem quer me matar? — Mike questionou, ainda nos rondavam fora do carro.

— Ué, todo mundo quer te matar.

— Eu te falei, Mike.

— Me dê um nome e você está livre. — Afirmei. — Se não entregar ninguém vai morrer.

— Mata-los, mata-los ahora. — Gritou para seus homens.

— Cala a boca porra. — Gritei.

Seus homens se juntaram e engatilharam suas armas.

— Vocês vão morrer hoje.

O furgão da AMMO surgiu derrubando todas as motos mas Marcus deixou o vagabundo escapar enquanto agradecia a Deus pela oportunidade de viver mais.

— Que merda.

Desci do carro no momento em que Kelly jogou uma bomba de fumaça e subi na moto que estava a minha frente, a arma de Zway-lo ainda estava comigo então engatilhei antes de seguir o mesmo.

Marcus e Mike estavam logo atrás, o primeiro segurando uma granada. Atirei contra o fugitivo, acertando seu braço mas não o suficiente para pará-lo, estávamos entrando na avenida novamente e havia muito civis. Escutei o som da explosão da granada no momento em que um dos homens de Zway-lo tentou me puxar da moto, eles estavam em um carro. Atirei duas vezes contra o mesmo, Zway-lo de alguma forma arrumou uma arma e agora atirava contra mim. Troquei a arma de mão mas não atirei pois ouvi o grito de Marcus.

— BAD BOYS DA BÍBLIA BEBÊ.

E Mike gritando amém e, então ele sacou a metralhadora embutida na moto em que estavam, destilando tiros em lugares aleatórios e não em Zway-lo, que atirou contra um carro no momento em que atirei no pneu da moto que surgiu na minha frente.

Um peso me fez quase perder o controle e senti o ar sumir com rapidez, um dos caras havia pulado em minha moto e estava agarrando o meu pescoço, tentei puxar fôlego e joguei meu pescoço para trás e o derrubando após a cabeçada. Zway-lo estava fazendo zigzag na pista para desviar dos tiros. Um caminhão a minha frente freou com tudo me fazendo mudar de faixa, um helicóptero estava a nossa frente.

Tudo parou por alguns instante, meu coração doeu e um tiro atingiu o retrovisor da moto. Armando estava com a porra de uma bazuca apontada em nossa direção enquanto sua prima pilotava o helicóptero.

Ai meu Deus? Mais que porra?

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E damos início ao fim, votem e comentem o que estão achando por favor.

LIE OR DIE • ARMANDO ARETASOnde histórias criam vida. Descubra agora