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MORGANA

— Quem chamou eles, a Morgana já era demais mas eles? — Fiz cara feia e afastei ao ver Rita algemar o homem. Mike e Marcus provavelmente iriam discutir agora.

— Eu chamei eles. — Marcus protestou.

— O que aconteceu com bad boys uma ultima vez?

—Essa é a ultima vez mas dessa vez é o remix, Mike. Com todos eles, estamos com a AMMO agora.

— Para de merda, falou. — Apontou o dedo no rosto do outro.

—Tem três segundos até eu morder isso ai.— Mike resmungou ainda apontando o dedo na cara do outro. — Tira esse dedo mole da minha cara.

Meu celular vibrou no bolso da calça, uma mensagem de um agente do DEA. Isabel Aretas estava no México e foi vista. Logo o celular tocou na minha mão.

—Preciso de um segundo. — Avisei.

"Morgana, achamos ela e temos noticias interessantes pra você."

"O que seria?"

"Isabel Aretas tem um filho, não tenho nenhuma ficha ou nome pois o caso dela e do marido foi realizado em sigilo e está arquivado. "

" Isso é ruim, muito ruim.
Precisamos ao menos de um nome."

"Estou providenciando isso mas o que sabemos é que o garoto está nos Estados Unidos. Já estamos no México para averiguar com as autoridades mas não comente com ninguém sobre."

"Tudo bem, me mantenha informada."

Outros agentes entraram no local levando todo tipo de coisa, Rita nos mandou voltar para o departamento e assim fizemos, estávamos reunidos com os arquivos que nos interessavam.

— Me diz; Juiz, promotor, informante do crime, o capitão e você. — Apontou. — O que vocês tem em comum?

— Centenas de investigações, operações...

— Oitocentos e quarenta e sete casos somando todas as vítimas. —Dorn informou.

— Tá. —Rita anuiu. — Quem desses quer te matar?

— Ué, quem não quer? — Marcus deixou escapar. —Esses daí são só os criminosos, eu não confio e ninguém que não queira matar ele. Põem meu nome ai também, tio.

— Tio Marcus, agora? Tranquilo, valeu.

Rafe e Kelly estavam segurando a risada.

— O que encontraram com o contador? — Questionei.

— Os arquivos estão uma zona.

— Que surpresa. — Rafe, que estava ao meu lado debochou.

— Mas eu consegui acessar a rede deles, todos os contatos. — Lançou os dados no telão e logo colocou reconhecimento facial.

— Zway-lo pode estar envolvido em muita coisa junto com o atirador, é uma certeza na verdade, no dia da morte do Capitão...— Rita e Mike se aproximaram. — Eu fui atrás do atirador junto com o reforço, Zway-lo estava nas ruas, me atacoou. As gangues de rua estão junto com o atirador, não são apenas mortes.

Dorn repassou as imagens e lá estava, Zway-lo.

— E quem é Zway-lo?

— Lorenzo Rodriguez era escolinha de basquete do Marcus antes de entrar na vida do crime.

— Ele era ótimo jogador mas ficou no banco na final do campeonato. — Tio Marcus afirmou.

— Deixou uma criança de 10 anos no banco? — Mike maneou com a cabeça.

— Ele me chamou de cuzão.

— Justo. — Ouvi Kelly dizer.

— Não tanto, se me lembro bem, eles perderam a final. — Avisei. — Zway-lo era o melhor jogador.

— Gente, foco!

— Desculpe. — Rita sorriu me dando espaço para falar. — Voltando, o Zway-lo mexe com armas, drogas. É um dos tenentes do Teglin.

— Acharam o Teglin morto na mesma noite em que o Mike foi baleado. — Rafe confirmou.

— Então é tenente de outro agora.

— Lorenzo Rodriguez, sem hipoteca. Não tem nem conta em banco. — Dorn pesquisou. — Mas o aniversario dele é amanhã.

— Existem três lugares para um cara assim comemorar. Dito, Ice 45 e Zilion. — Rafe sorriu, essa era sua área. — Procura ai.

Dorn começou a digitar e em segundos tínhamos a informação. A festa ocorre hoje, na Zilion.

— Partiu Zilion. —Apertei os ombros de Rafe que estava sentado.

Todos seguimos para a mesa com as armas, nos preparando.

—Vamos nos encontrar na boate as 11, disfarçados. Usem sua melhor roupa, é jogo rápido, entramos saímos sem mortes. É uma operação estritamente não letal.

— Não letal, alguém avisou os bandidos? — Mike questionou segurando a munição.

— Munição neutralizadora de borracha, vai por mim. Vai gostar, pode atirar quantas vezes quiser. — Kelly informou.

Dorn começou a cantar "bad boys, bad boys whatcha you gona do?" e os outros dois entraram no embalo, me rendi cantando junto mas a musica estava toda errada.

— Não, não. Nunca mais, nunca mais façam isso. — Mike avisou.

— É, ainda erraram a letra toda, demora um tempão para aprender. — Marcus completou negando com um aceno. — Não canta, não não não.

Rita nos olhava incrédula.

***

"oi amor, como você está? Tentei te ligar.
Trabalho hoje a noite, te vejo quando? Precisamos conversar urgente. - Armando via mensagem"

"Não tenho certeza, estou no departamento ainda.
Está tudo bem? "

"Tudo bem, talvez eu tenha que viajar mas te aviso, queria conversar agora.
Mas tudo bem, tome cuidado... te quiero."

"Ok, acho que precisamos mesmo conversar. Certo?"

"Acho que não vamos ter tempo, precisava ser hoje."

"Temos tempo sim, estamos nessa tem meses, não vou fugir agora mas tudo bem, te quiero también?"

Ri deixando meu celular no bolso da calça e desci do carro. As coisas estavam estranhas com Armando e isso está tirando meu foco.

Estava usando uma calça oversized, uma baby tee que valoriza meus seios e uma jaqueta de couro preta, nos pés um par de Jordan, meus cabelos soltos e bem definido, minha arma estava no cós da calça e por isso a jaqueta, que cobriria o objeto. Entreguei a chave ao manobrista e passei pela fila, mostrando a pulseira em meu pulso entrei no local.

Passei a mão na orelha de leve arrumando o ponto que estávamos usando e alguns dos acessórios que estava usando, segui até o bar e dei um drink. Uma musica latina tocava ao fundo, Rita e Kelly já nos informaram onde o alvo estava então peguei meu drink e subi as escadas tomando cuidado para não deixar que Zway-lo me veja.

— Só temos uma entrada e uma saída na área vip, ele está preso. — Dorn avisou.

Kelly avisou sobre os seguranças mas Rita nos mandou seguir com o plano, tomei meu drink aos poucos ouvindo o que Marcus e Mike falavam. Estava ficando traumatizada com o assunto, Rafe de longe olhou pra mim horrorizado.

— Estamos escutando. — Avisei sem humor.

— Todos em posição.

É hora do Show.

LIE OR DIE • ARMANDO ARETASOnde histórias criam vida. Descubra agora