Por que eu?

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Aceitei seu pedido para uma dança

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Aceitei seu pedido para uma dança. Me aproximei devagar do jovem mestre, que me estendeu a mão, aquela mão delicada e gelada ao toque. Entrelaçamos nossos dedos, e sentia sua outra mão segurar a minha cintura, então ergui a minha livre para tocar seu ombro.

Nossos olhos se encontraram em meio a imensidão do silêncio da sala. Os olhos cianos de Dipper conseguiam me distrair facilmente, mas o que ele achava dos meus olhos? Eles eram azuis piscina, sem graça, mas os dele... os dele não. Queria me perguntar como eu posso ter me apaixonado por ele tão facilmente? Mas o amor não tem explicação, certo?

Eu tenho treze e ele quinze, meu aniversário é daqui um mês, então não é tão errado. Eu gostaria que ele me amasse na mesma intensidade que eu, me amasse pela manhã, pela tarde e pela noite. Será que ele pensa em mim? Voltei a realidade com um susto ao ter sido girado nos braços dele. O olhei de maneira tímida, ele só tinha aquela expressão séria, mas havia um sorriso pequeno em seus lábios, eu gostava de ver ele sorrir.

Me entreguei a dança e ao ritmo, rodeamos a sala toda, com passos lentos e com uma tensão romântica, pelo menos foi o que senti. Ele me girou e depois segurou minha cintura de maneira delicada, inclinando meu corpo para trás levemente, pensei que fosse cair, mas não pude deixar de notar sua mão, que começou a firmar a pegada. Ficamos naquela posição por um tempo, olhei para Dipper, que me olhava com um olhar suave, algo que me trouxe conforto.

Eu retribui o olhar, meus lábios deixaram escapar um sorriso apaixonado.

— Você come com frequência? — Ele perguntou deixando seu rosto sério.

Fiquei confuso, ele estava reparando no meu corpo? Por que? Eu sabia que estava acima do peso, mas não pensei que isso fosse transparecer... meu sorriso se desfez, olhei para ele com constrangimento nítido.

— E-eu... c-como pouco... — era a verdade. O mestre Stanford não me deixava comer com frequência, por isso eu era bastante fraco fisicamente.

— Eu percebi, você é magro... — Senti que ele quis dizer mais alguma coisa. O olhei surpreso, ele não achava que eu era gordo?

Minhas mãos começaram a suar, meu rosto desconfortável pareceu nítido para ele.

— Não é uma crítica, sabe? Eu gosto do seu corpo. — Antes que eu pudesse reagir, meu corpo foi girado novamente.

O que ele disse? Meu rosto ficou vermelho, quando ouvi aquelas palavras que imediato confortaram meu coração. Fiquei de costas para Dipper, que me abraçou por trás, o que está acontecendo? Por que ele mudou de repente? Minha espinha se arrepiou quando senti uma respiração quente em minha orelha. O olhei de maneira tímida, nossos olhos se encontraram novamente, mas ele continuou me girando de maneira delicada.

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