Um acordo?

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A sessão de fotos era daqui a alguns minutos, Will estava extremamente assoberbado, levando as várias coisas que Mabel ordenava e gritava que o garoto levasse na sacola, como suas maquiagens, produtos para o rosto e entre outros. Com Dipper era diferente, ele não pediu nada além de um livro para ler enquanto não chegava sua vez de tirar fotos.

Will segurou as duas sacolas de coisas que Mabel ordenou que fosse levado, eram pesadas, mas William conseguiu aguentar por conta dos poucos poderes que tinha. Ele levou até o carro que levava os gêmeos a todos os lugares que queriam. Ao ajeitar as coisas no porta malas, podia ouvir sons de passos apressados na grama, quando virou sua cabeça, viu Mabel se aproximar com um rosto impaciente até o menor, isso o fez arregalar os olhos pela velocidade que Mabel ia até ele, pela sua linguagem corporal, ela estava irritada, com punhos fechados e passos brutos.

A jovem dama se aproximou do menor, segurou a gola de sua blusa com força, aproximando ambas as faces, Will a olhou nos olhos extremamente confuso, estava tremendo de medo, tudo indicava que Mabel estava querendo fazer algo cruel. Mabel tinha um olhar de maldade cintilante em ciano.

— Não pense que eu esqueci o que você me fez passar, sua peste! Eu lembro bem de te mandar arrumar aquela tenda, e você nem tentou consertá-la! Depois da sessão de fotos, você vai me pagar. —  Empurrou Will com força, que se segurou no carro para não cair.

Will olhou para Mabel, aterrorizado. Já havia sido punido por ela mais de uma vez e sabia o quão impiedosa ela podia ser. Quando Mabel lhe deu uma última encarada ameaçadora e sorriu sadicamente.

Will sentiu um calafrio percorrer sua espinha, suas mãos tremiam enquanto ele evitava o olhar de Mabel. Agora fechando o porta malas do carro. Quando Mabel entrou na limusine, Will viu Dipper parado perto do carro, pronto para entrar.

Mas o ser podia jurar que havia sentido uma troca de olhares bastante rápida entre ambos, ficou um tempo tentando se lembrar se viu Dipper o olhando, mas seus pensamentos foram desmanchados ao ouvir o grito de Mabel.

— DEMÔNIO DESGRAÇADO, NÃO OUSE NOS ATRASAR! — gritou ela.

Dipper esfregou a orelha e fez uma cara impaciente.

— Nossa, nem te ouvi gritar, sabia? — reclamou Dipper, lançando um olhar de lado para Mabel, que revirou os olhos.

Will entrou no carro, sentando-se no banco da frente, já que Mabel insistiu que ele estava sujo demais para sentar perto deles. Dipper, apesar de não concordar, preferiu evitar uma discussão interminável com Mabel.

O carro começou a andar, Will olhava os horários no tablet e mordia seu dedão fortemente, isso já virou uma mania de conter suas frustrações do dia a dia. Ele conseguia ouvir Mabel reclamar de seu tio avô, Stanford, isso deixou Will irritado, a voz de Mabel o irritava, ele suspirou, pois não podia simples a mandar calar a boca, pois se não, era uma facada certeira no pescoço, ou pior…

[...]

Eles chegaram num estúdio de fotografia, quando todos saíram do carro, foram logo recebidos por uma mulher, que os recepcionou com o maior respeito que conseguia.

— Gleeful! Seja bem-vinda! É uma honra estar em tua presença. — A mulher sorriu ao lisonjear Mabel, que foi o suficiente para aumentar o extremo ego da jovem dama, que deu um sorriso esnobe e orgulhoso.

— É uma honra estar aqui, dizem que é o melhor estúdio de fotografia, vamos ver se é verdade. — Enrolou seu dedo nas pontas dos cabelos ondulados, até que Dipper chegou ao seu lado.

— Gleeful, é uma honra ter a sua presença aqui também. É um prazer receber os gêmeos mais especiais e bondosos. Por aqui, por favor! — A mulher os guiou para dentro..

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