Sino.

40 8 58
                                        

[Com os Gleefus]

Pacífica subiu as escadas e esperou a boa vontade de Mabel entrar na sala para discutirem.

[Pacífica On]

Subi as escadas, sentindo meu coração bater mais rápido a cada degrau. A casa dos Gleeful sempre teve um ar opressor, mas hoje parecia particularmente denso. Eu esperava a boa vontade de Mabel para entrar na sala e discutirmos, mas, honestamente, eu sabia que não seria fácil. Ela tinha um talento especial para manipular as situações a seu favor. Quando finalmente apareceu, eu senti todos os olhares da família em mim. Era agora ou nunca.

A família estava reunida na sala, e meu Deus, que climão! Acho que não sentia esse clima desde o dia em que raspei minha cabeça e a do Gideon; aquele dia foi tenso. Eu vi as luzes piscarem por um momento? Devo estar ficando louca. Só então Mabel apareceu, finalmente. Ela parou do lado de Dipper e cruzou os braços

- E então, Pacífica? - Ford perguntou, o tom de voz dele era casual, quase entediado.

Eu respirei fundo, tentando manter a calma. - Eu quero falar sobre o que aconteceu entre Will e Dipper. Will não atacou Dipper de repente. Dipper lhe deu motivos.

Os olhos de Mabel brilharam com uma mistura de interesse e desprezo. - Ah, é mesmo? E que motivos seriam esses? - Ela olhou para Dipper, que apenas levantou uma sobrancelha.

- Dipper, você sabe muito bem do que estou falando. - Olhei diretamente para ele, tentando encontrar algum traço de humanidade no olhar dele. - Você provocou Will, humilhou e torturou ele emocionalmente até ele não aguentar mais. Você sabe que ele está no limite e ainda assim continua a pressioná-lo e para que? Já não basta as torturas diárias?!

Dipper sorriu, um sorriso frio e calculado. - Will é um demônio, Pacífica. Ele merece tudo o que recebe. Você está defendendo alguém que tentou me machucar.

- Ele pode ser um demônio, mas ainda é alguém que sente dor e tristeza. - Eu estava começando a ficar irritada, mas sabia que precisava manter a compostura. - E vocês estão explorando isso de uma maneira cruel. Isso não é certo.

Mabel revirou os olhos. - Ah, por favor, Pacífica. Você sempre foi tão ingênua. Will não é uma vítima. Ele é perigoso. Você está sendo manipulada por ele, ele tentou matar meu irmão!

- Não estou sendo manipulada por ninguém. - Dei um passo à frente, encarando Mabel. - Eu vi como vocês tratam ele. Vi as marcas, os hematomas. Isso não é normal, é abuso.

A sala ficou em silêncio por um momento, o ar carregado de tensão. Dipper olhou para Mabel, um sinal de que ele estava começando a ficar desconfortável com a direção da conversa. Mabel, no entanto, não estava pronta para ceder.

- E o que você sugere, Pacífica? Que tratemos Will como um igual? - Ela soltou uma risada amarga. - Ele é uma ferramenta. Nada mais

- Ele é mais do que isso. - Eu disse, minha voz firme. - E se vocês não podem ver isso, então são vocês que estão cegos. Não vou deixar vocês continuarem a tratá-lo dessa maneira sem fazer nada.

Mabel deu um passo à frente, ficando cara a cara comigo. - E o que você pretende fazer, Pacífica? Acha que pode nos parar?

Stanley se mexeu na cadeira, visivelmente desconfortável. - Dipper, isso não justifica o que você fez, Will não está aqui para atender a suas provocações.

Ford olhou diretamente para Dipper. - Dipper, você provocou Will de propósito? Você sabe das consequências.

Dipper hesitou, mas Mabel interveio. - Claro que não! Will surtou do nada. Ele é instável, sempre foi. Estamos apenas tentando mantê-lo sob controle e sob a posição dele.

Correntes D'água. Onde histórias criam vida. Descubra agora