Coração Enfeitiçado ♤ { Fanfiction Descendentes // Mal e Ben // Malen }

♤ O Baile da Lua Gélida ♤

 Esse é O MAIOR capítulo da história inteira, dá pra acreditar? Já estamos indo pro trigésimo capítulo e já somam mais de mil visualizações!!! Vocês fazem parte dessa história, obrigada por tanto. Aproveitem o capítulo.

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♤POV: Mal ♤

- Você conseguiu mesmo. - Carlos gritou, tomado por um contentamento repentino. - Estamos de volta! - Ele admirava a parte externa do palácio de Auradon, que parecia ainda maior olhado pelos fundos.

- Shhhh. - Alguém sussurrou, mas não consegui identificar quem.

Abri os olhos lentamente. E então, uma dor lancinante me jogou para frente, me fazendo apoiar sobre os joelhos. Grunhi em resposta. Senti minha barriga ficar mais pesada, e precisei de um ou dois minutos para me acostumar aquela sensação. Felizmente, graças a minha genética, minha barriga de oito meses não era exatamente grande, de modo que não se destacava no vestido que Evie havia costurado para mim, mas eu podia sentir todos os meus órgãos sendo expremidos pelo bêbê.

- Está tudo bem? Se você quiser, voltamos para casa agora mesmo. - Jay colocou a mão sobre meu ombro, me ajudando a ajeitar a postura.

- Está. - Limpei uma lágrima fugitiva que teimara em escapar. Era doloroso pensar que graças a Adam e Audrey eu não pudera experenciar  minha gravidez por etapas. Eu mal a descobrira e ja estava praticamente prestes a dar a luz. Até isso eles conseguiram tirar de mim. Suspirei. - Só vou precisar tirar esses saltos. 

- A barra do seu vestido é suficientemente grande para encobrir seus pés descalços, querida. Tenho certeza que ninguém vai notar. - Flora tentava levantar meu astral.

- Bem, vamos seguir o plano. Nós ficamos por aqui. Mal, essa é a sua deixa. - Disse Evie, liderando o grupo. Então me deu um abraço. - Boa sorte. - Sussurrou.

Ela cobriu o rosto com a máscara da mesma cor da roupa e adentrou o castelo, seguida pelos demais. Tirei os saltos, escondi-os em um arbusto e caminhei em direção à entrada, sentindo a grama úmida sob meus pés.

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A escadaria principal estava repleta de guardas reais, enfileirados como se formassem um corrimão humano, vestindo seus uniformes de gala. Passei por entre eles de cabeça erguida, mas se me reconheceram, não moveram nenhum dedo para proibir minha passagem. 

O salão estava iluminado por candelabros incandescentes, lustres de cristal e flores e fitas nos tons preto e branco. O tilintar de taças, o barulho de risadas, e a suavidade da música clássica a ser tocada pela orquestra real preenchiam o ar. Nobres e aristocratas dançavam graciosamente, ou conversavam animados em pequenos grupos. 

Assim que adentrei o ambiente, diversos olhares curiosos se viraram em minha direção. E modéstia a parte, eu entendia tamanho deslumbre. Meu vestido era além de magnífico. Uma obra-prima da elegância, cuidadosamente desenhado, fazendo pescoços virarem conforme eu avançava, fingindo costume à tanta atenção. 

A peça esbanjava um tecido negro como ébano que contrastava com o tom de minha pele, e um corpete bastante justo, com um decote em formato de coração adornado por pedras preciosas que brilhavam tal qual as estrelas, chamando atenção para o meu busto, que devido a gravidez estava bem...visível. As mangas do vestido eram longas e a gola alta, feitas de uma delicada renda semi-transparente que evitava que o vestido fosse vulgar, transmitindo apenas provocatividade e mistério. E do meu pescoço pendia um medalhão prata com o símbolo de  Arcânia. 

A saia do vestido era longa, fluida e envolvente, feita de muitas camadas de seda que varriam o chão a cada passo. Pequenos cristais estavam espalhados pelo tecido, cintilando discretamente e adicionando um brilho etéreo ao conjunto.