SEIS

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MAITÊ SOLTARDO
são paulo, fevereiro 2024

Assim que Vic entra na sala de aula e vem correndo me abraçar, as memórias da festa de sábado vem a minha mente, eu e seu pai, eu e o Raphael Veiga, eu e o pai da minha aluna, transamos, e cada vez que penso sobre isso vejo mais problemas na minha decisão.

- Tchau papai! - A menina fala, o que me faz olhar pra porta.

Caralho, ele veio trazer ela hoje.

Tantos dias pra ele vir e justo hoje que ele decidiu?

Seu olhar se cruza ao meu, ele parece, pensativo? Não sei, sempre fui péssima lendo as pessoas. Ele apenas acena para sua filha e sai, sem uma palavra, um oi, um tchau, nada. Nem sei o por que eu fico desapontada, eu sabia que ia ser assim.

Quando saimos do banheiro parecia tudo bem, ficamos juntos por um tempo, abraçados até, tipo um casal, mas depois uma chave dentro de mim virou, acho que nele também, já que começamos a nos afastar, e acho que até mesmo nos evitar.

- Bom dia meus amores! - Falo a minhas crianças quando o sinal toca.

Começo a nossa aula, brincadeiras lúdicas, projetos fáceis, e tudo que crianças de 3 anos podem fazer.

A manhã vai passando tão rápido e quando percebo o intervalo já passou, as aulas que faltavam acabaram e eu já estou abrindo a porta da sala para os pais virem buscar seus filhos.

Algumas pessoas já estão na porta esperando, vou entregando e me despedindo um por um. Algumas mães param para conversar, e é realmente bom saber que elas se sentem confortáveis comigo.

- Querida desculpa te perguntar. - A avó de um dos alunos diz. - Mas quantos anos você tem?

- Tenho 24 anos, Dona Gisa. - Respondo educadamente.

- Que novinha! - Ela exclama surpresa. Eu só sorrio e concordo. - Era só curiosidade querida, agora vamos Thiago.

Aceno para o pequeno enquanto sua vó leva sua mochila e sai de mãos dadas com ele. Vai entender essas perguntas.

- Boa tarde Maitê! - Dona Márcia me cumprimenta.

- Boa tarde dona Márcia! - Olho pra dentro da sala, procurando por Victoria, que assim que me vê já pega suas coisas.

- Já falei que não tem essa de dona! Só Márcia querida. - Ela me chama a atenção, mais uma vez.

- Mil desculpas, vou lembrar. - Afirmo. - A vic já vem vindo.

𝐏𝐑𝐎𝐂𝐔𝐑𝐀-𝐒𝐄 𝐔𝐌𝐀 𝐌𝐀𝐌𝐀̃𝐄 • 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora