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RAPHAEL VEIGAsão paulo, março 2024

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RAPHAEL VEIGA
são paulo, março 2024

- Me fala o que tá passando na sua cabeça. - Gabriel fala se sentando ao meu lado.

Faz uma semana desde que saiu aquela foto e desde então parece que todos querem saber sobre, até o pessoal do time tá perguntando se eu to saindo com ela, bando de fofoqueiros.

- Eu não sei... Minha mente tá tão confusa, tem tanta coisa acontecendo. E tenho medo de tudo atingir a Vic e sei lá, e eu ainda to preocupado com a Maitê e não tem o por que de eu estar, ou tem? - me embolo em tudo que eu estou falando, caralho to perdido.

- Você se importa com ela cara, e ta tudo bem. - Meu irmão coloca sua mão em meu ombro apertando. - Uma hora seu coração de gelo ia começar a derreter. - A piada é tão ruim que me tira uma risada.

- Não me importo, é só que... Sei lá. - Coço minha nuca, tentando pensar no que falar. - Eu to confuso, pra caralho.

- Eu percebi cara, você tá muito confuso. - Ele concorda.

- E se tudo isso refletir na Vic? O que já tá né? Sempre cai nela, tão falando do meu futebol, tipo muito, eu sei que to fodido, jogando mal pra caralho, mas eles fazem isso parecer culpa dos outros, falaram da Vic, falaram até da Maitê, isso é tão fodido. - Desabafo. - Tem noção que eles falaram que eu to transando demais e por isso to cansado?! Eu não transava a meses! - Gabriel cai na gargalhada quando eu termino de falar.

- Caralho, Raphael! - Ele praticamente grita, enquanto se desmancha rindo. - E o que mais te incomoda?

- A Maitê, tipo não ela, mas toda a situação que envolve ela.

- Tipo? - Pergunta tentando tirar mais coisas de mim.

- Tipo a Victoria ser tão apegada nela, tipo a mamãe gostar dela, tipo a Duda estar virando amiga dela, e dos meus amigos também, e tipo eu estar gostando da companhia dela, de estar preocupado com ela. - Admito, e cara um sorriso idiota cresce em seu rosto. - Eu vou bater em você se esse sorriso idiota não sair do seu rosto, Gabriel! - Aviso ele e quando vejo seu sorriso só aumentar dou um tapa em seu braço.

- Se fode, Raphael! Eu to sendo seu terapeuta aqui cara! - Seu deboche me tira uma leve risada.

- Eu pago terapeuta cara, você só tá fazendo seu trabalho de irmão mais novo. - Brinco com ele.

E do nada seu humor some de seu rosto, o que faz o meu sorriso sumir, me fazendo voltar a pensar nos problemas. E porra, isso ta mexendo tanto com o meu psicológico, que mexe com meu futebol, que só ferra mais o meu psicológico e vira uma bolha, tudo vira uma bola de neve.

- Você já falou com a Maitê depois de toda a fofoca? - Sua preocupação é perceptível.

- Não, por que?

- Sei lá, só pra saber. - Ele da de ombros. - Agora vai brincar com a sua filha que tá a tempo tentando chamar a sua atenção. - Minha atenção vai até a Vic, que está me olhando enquanto brinca em sua casinha de Barbie.

Me levanto e vou em direção a ela, que sorri cada vez mais. Ela me estende uma de suas bonecas, e me conta como estamos brincando. Cara esse momento me faz tão bem.

Vic veio em meio a uma tempestade, quando sua genitora nos abandonou achei que não ia dar conta, achei que ia ter que escolher entre minha carreira e minha filha, mas com a ajuda do time e da minha família dei conta de tudo. Com o tempo, e a Vic crescendo de um lado ficou mais fácil, de outro mais difícil, mas mesmo assim ela sempre foi meu ponto de paz, e o maior amor que já senti na vida. Essa menina me salvou, de verdade.

- Papai, sabia que eu te amo? Desse tamanhão aqui. - Ela fala e abre seus braços o máximo que consegue.

- Te amo muito filha, desse tantão aqui. - Repito o seu movimento, e depois a puxo pra um abraço.

- Queria ver o Lucca, e a Pía. - Ela pede manhosa, caraca que menina esperta.

- Posso falar com o tio Gustavo amanhã, o que a acha? - A mesma concorda com a cabeça e me manda voltar a mexer e falar como se fosse a sua boneca.

Penso em toda a situação que está acontecendo a volta, simplesmente não consigo tirar nada disso da minha mente.

A Maitê pode estar super mal com comentários tão horríveis sobre ela, a relação da minha filha com alguém tão especial pra ela como a Maitê pode ser afetada, a forma como a própria vida da Maitê pode ser prejudicada por isso.

Argh, queria simplesmente estralar os dedos e esquecer, mas minha mente não me obedece e entra em paradoxo. No entanto a presença da minha filha ameniza esse sentimento e me faz deixar isso de lado um pouco, enquanto brincamos juntos.

 No entanto a presença da minha filha ameniza esse sentimento e me faz deixar isso de lado um pouco, enquanto brincamos juntos

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So volto segunda! Mas batam a meta que quem sabe eu crio coragem pra postar!

𝐏𝐑𝐎𝐂𝐔𝐑𝐀-𝐒𝐄 𝐔𝐌𝐀 𝐌𝐀𝐌𝐀̃𝐄 • 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora