𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀 se fechou para relacionamentos depois de ser abandonado por sua namorada, o deixando com uma filha recém nascida. O trauma chegou forte, sua preocupação em tudo em sua vida atingir Victoria só foi aumentando com o passar do...
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RAPHAEL VEIGA são paulo, março 2024
O jantar correu bem, minha mãe, Duda e Maitê estavam na cozinha terminando de arrumar, enquanto eu eu e Gabriel estávamos sentados na sala brincando com Vic e meu pai atendia uma ligação, antes de qualquer coisa queria deixar claro que nós oferecemos ajudar as mulheres, mas segundo elas era a hora da fofoca delas.
Victoria brincava com o Gobatto em meu colo, a pequena não desgrudou de mim desde que chegamos aqui. Consigo ver que daqui a pouco ela vai acabar dormindo, sei que ela está lutando contra o sono para ficar conosco, e ela está tão animada pela Maitê estar aqui, que tenho certeza que vai me dar trabalho para por ela pra dormir.
- Papai, o que você acha da tia Mai? - A menina me pergunta, me deixando surpreso.
- É Raphael, o que você acha da tia Mai? - Meu irmão pergunta irônico.
- Ela é legal filha, te trata muito bem, a vovó gosta dela. - Vou listando sem saber muito bem o que falar. - E você filha, o que acha dela?
- Ela é incrível papai! Ela faz uns penteados incríveis no meu cabelo, e foi tão legal assistir o jogo com ela, eu pude ficar no colo dela o tempo todo, eu amo ela! - Minha filha faz uma declaração para sua professora, e eu acho tão fofo.
Todas as vezes que vejo Victoria falar sobre a Maitê fico feliz, por saber que ela tem uma professora que a trata tão bem, que demonstra realmente gostar dela.
- Vish, deu merda. - Gabriel fala, e logo vejo ele cobrindo a boca.
- A boca, Gabriel! - Repreendo ele, que tem um olhar pedindo desculpas.
Temos um combinado, não falar palavrões na frente da Victoria, menos no estádio que dai é meio difícil dela não escutar. E o Gabriel é o primeiro a falar palavrões na frente dela, sempre!
- Mas o que aconteceu? - Pergunto curioso.
- Melhor você ver e falar com a pessoa envolvida. - Ele fala e estende seu celular para mim.
A tela esta aberta em um post de um instagram de fofoca, uma foto minha e outra de Maitê dividem metade da tela, e uma de nós três andando pelo estacionamento, Vic em nosso meio de mão dadas com nós dois só faz parecer mais que somos uma família. Quando arrasto pro lado tem um video gravado e postado pela Maitê em seu instagram, o vídeo mostra minha filha cantando no estádio. Caralho como isso vazou? Nem eu sigo a Maitê, e quando procuro seu instagram vejo que é privado, que ela só tem 300 seguidores, como isso vazou?
A legenda fala "Novo affair? raphaelveigaa foi visto saindo junto com uma mulher, que descobrirmos ser a @maitesoltardo, a professora de sua filha. Os dois parecem bem juntinhos, andando de mãos dadas com Victoria, que parece se sentir muito bem com a mulher. Opniões sobre o novo casal?"
Vá a merda cara!
- Vic, vai com o tio Gab. - Peço a minha filha, a colocando no colo de seu tio.
Gabriel começa a brincar com ela enquanto me olha, preocupado. Ando depressa até a cozinha, e conforme eu me aproximo mais alto as risadas. que já eram possíveis de ser escutadas na sala, aumentam. Elas olhavam enquanto a Maitê contava alguma historinha da sala de aula, que Vic estava envolvida já que escutei o seu nome. Mas minha cara não engana que algo aconteceu, e as três me olham sabendo disso.
- O que aconteceu? - Minha mãe me pergunta. Sua testa está enrugada mostrando sua preocupação.
- Fofoca, preciso falar com você Maitê. - Aviso. Minha mãe ainda tem a preocupação estampada em seu rosto, mas menor, e a loira só acena, ainda meio perdida.
Direciono ela até meu antigo quarto, que é onde a Vic dorme quando fica aqui, então tá repleto de brinquedos. Aponto pra cama e nos sentamos lado a lado, sua cara mostra que ela tá perdida no que tá acontecendo.
- Vazou uma foto nossa com a Vic, e agora a internet tá falando sobre nós, como se existisse um relacionamento, falando que você tá entrando como mãe da Vic. - Resumo. Seu rosto muda para uma expressão de choque e preocupação misturada.
- Caralho... - Ela esfrega seu rosto e me olha. - E o que a gente faz? Tipo eu não sei, eles sabem meu nome, né? Meu celular não para de apitar. - A loira começa a tagarelar com um certo desespero, e seria engraçado se eu não tivesse surtando também.
O celular dela realmente não para de apitar, a tela nem desliga e já chega outro pedido para seguir ou algum comentário marcando ela.
É assustador tá envolvido em fofoca, uma coisa era quando eu não tinha minha filha, mas agora tudo o que eu faço reflete nela, os comentários chegam nela, e é tudo mais complicado.
- Eu não sei, normalmente quem resolve tudo é o meu empresário, mas podemos ou falar sobre, ou ignorar e uma hora vai passar, você que decide. - Explico pra ela. Minha mão vai até seu rosto trazendo sua atenção para mim. - Vai ficar tudo bem, viu? - Tento afirmar, passando o máximo de segurança em minhas palavras.
- Acho melhor deixar quieto, uma hora elas esquecem, e assim nem você nem eu temos que passar por maiores problemas, pelo menos não agora. - Ela fala, e eu apenas afirmo com a cabeça.
- A e se eu fosse você não veria o que tão te marcando nem falando sobre, pode ser uma merda pra cabeça. - Dou a dica, e ela da uma risada fraca.
- Pode deixar, vou ficar bem longe disso.
Ficamos mais alguns minutos ali sentados, raciocinando o que aconteceu, mas logo chamo ela para sair e ver a minha família. Todos se encontravam na sala agora, e quando percebem que estamos nos aproximando a atenção deles veem para nos dois, querendo saber o que aconteceu na nossa conversa, já que tenho certeza que todos ja viram o que aconteceu.
- Tia Mai! Senta aqui do meu lado. - Vic chama a mulher, que sorri e faz o que ela pediu. - Papai senta aqui do meu outro lado. - Ela praticamente manda, e como amo mimar a minha filha, assim eu faço.
Observo Maitê brincar com a minha filha e percebo o quanto que ela é boa com crianças. A observo conversar com a minha família e vejo o quanto eles gostaram dela. A presença dela é boa de estar perto, ela não força uma intimidade e entende o limite de cada um de nós.
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