QUINZE

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RAPHAEL VEIGA
são paulo, março 2024

Acordo meio que no susto com batidas na porta, mas logo reconheço a voz de Vic me chamando. Antes que eu consiga raciocinar para levantar e ir abrir, vejo Maitê se mexendo ao meu lado na cama, minhas mãos estão abraçadas na cintura, meu peito ta colado com suas costas e conforme ela se mexe ela rebola colada no meu pau, que desgraça.

Adoraria estar sendo acordado assim, se não fosse por Victoria do outro lado da porta, e se ela está aqui, minha mãe também está. E pra piorar a Maitê não fez nem de propósito, ela tava que nem eu, acordando.

- Papai! Abre a portaaaaaa! - Minha filha grita manhosa.

- Tô indo, princesa. - Minha voz sai toda cagada por ter acordado agora. Começo a balançar a loira da minha cama. - Mai, levanta gatinha. - Digo baixo, mas nem tanto pra ela me escutar.

Maitê abre seus lindos olhos, e cara ela acordando consegue ser linda! Mas tem uma expressão engraçada no rosto.

- Gatinha, Raphael? Que brega! - Ela fala e ri da minha cara de indignação.

- Você passou o tempo todo me chamando de gatinho! E agora eu que sou brega? - Ela afirma com a cabeça rindo. - Não ligo, gatinha.

- Papai? - Vic grita de novo.

Me levanto na hora da cama, e praticamente agradeço por eu e Maitê termos colocado uma roupa antes de dormir. A loira parece meio perdida em seus pensamentos sobre o que fazer, mas faço um movimento mandando ela ficar deitada na cama. Abro a porta encontrando minha filha impaciente agarrada com seu Gobbato de pelúcia, mas assim que me vê um sorriso abre em seu rosto e ela pula em meu colo.

- Papai! Tava com saudades de você! - Exclama contra minha pele, o que deixa sua voz abafada.

- Também tava meu amor! - Afirmo, deixando um beijo em seu rosto. - Mas vamos passar uma parte do dia juntos pra aproveitar, e depois você vai pra casa da tia Jaz, ficar com seus amigos. - Vic da palminhas comemorando.

Normalmente ela fica com meus pais, ou meu irmão, mas ela estava pedindo a tanto tempo pra ficar para brincar com o Lucca e Pía que decidi falar com o Gómez, para vermos de marcar, mas ele falou que as crianças iam ficar esse fim de semana com a mãe deles, e que a Vic podia ficar junto. Falei com a Jazmin que confirmou o convite. Então dei folga pra minha família.

Quando coloco-a no chão ela entra correndo no meu quarto, mas para, parecendo uma estatua, quando vê a mulher em minha cama.

- Tia Mai! - Ela grita correndo em sua direção.

Maitê se contorce toda, mas pega minha filha do chão e a coloca sentada em seu colo. Victoria é a criança mais carinhosa que eu conheço, por que to vendo ela abraçando e fazendo carinho no cabelo da professora, que tá toda boba olhando pra minha filha.

- Você e o papai fizeram uma festa do pijama? Eu amo festas do pijama! - A pergunta dela deixa o rosto da mulher todo vermelho, procurando meu olhar por uma resposta.

- Vamos descer ver o que de gostoso a vovó ta fazendo pra gente comer? - Desconverso, mas Vic nem percebe, e só concorda.

- Quero ir no colo da tia Mai! - Ela pede quando tento pega-la, me sinto traído.

- Então bora, que eu tô com fome. - Maitê fala a ajeitando no colo.

Victoria vai tagarelando do meu quarto até a cozinha, contando detalhes do que fez na "festa do pijama" na casa da minha mãe.

- Vovó! A tia Mai ta aqui! - Conta chamando a atenção da minha mãe, que nos olha e sorri.

Márcia tem uma cara de "eu sabia!" E fica intercalando seu olhar entre as duas e eu, só depois vem me abraçar, ainda sussurra falando que eu fiz uma boa escolha, e eu riu disso. Depois abraça a Maitê e sussurra algo pra ela, mas não consigo escutar.

- To fazendo ovos mexidos, e tem pão e frutas, querem algo a mais? - Pergunta e vejo a mesa posta.

Tem tudo o que ela falou, só faltando os ovos que ela colocou agora. Vic senta na cadeira de sempre, que já tem o prato próprio dela, tudo das princesas, ainda aponta para Maitê sentar do seu lado.

Minha filha tá realmente me trocando pela professora dela.

Minha mãe nem senta com a gente, só avisa que vai tomar café com umas amigas. Como sempre agradeço por ter feito o café, mas também falo que não precisava ter feito a comida e que a gente podia ter se virado. Antes de se despedir me lança um olhar, aquele olhar diz tudo, ela vai querer conversar sobre a mulher a minha frente.

Eu só observo Maitê e Vic conversando animadas, fico calado tentando aproveitar os momentos de "paz", é bom ter mais uma pessoa para dividir a atenção de Vic, se não ela estaria querendo apenas a minha. E eu to exausto, e ansioso com o jogo de amanhã, to com medo.

Primeiro jogo da final do paulista. Não me sinto bem, não me sinto preparado, to me cobrando demais por não estar jogando bem e isso só piora tudo.

- Papai, posso mostrar pra tia Mai meu quarto? - Vic pergunta, com as mãos juntas.

Aceno afirmando, e ela se levanta pegando na mão da mulher. Observo as duas sairem e subirem a escada para os quartos, mas decido arrumar tudo da cozinha, já que Amparo, a moça que trabalha aqui em casa, ta de folga esse fim de semana, como tinha jogo fora de casa e eu teria que viajar com o time, ninguém ia ficar aqui.

Quando termino de lavar e guardar tudo, me apoio no balcão olhando pro teto, ter a Maitê aqui pode deixar a Vic confusa, e aumentar seus pedidos. Essa semana a menina virou pra mim na saída de escola e falou que queria ter uma mamãe que nem a "tia Mai", fiquei mal, ela não merecia passar por tudo isso, passar pela falta de uma mãe.

 Essa semana a menina virou pra mim na saída de escola e falou que queria ter uma mamãe que nem a "tia Mai", fiquei mal, ela não merecia passar por tudo isso, passar pela falta de uma mãe

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Surtei e postei, não é nem hora e não tenho nem o que eu queria ter de rascunho pra postar, aproveitem que minha saude mental ta decadente e eu tô postando.

Meta alta pra vocês não baterem rápido🙆🏼‍♀️

𝐏𝐑𝐎𝐂𝐔𝐑𝐀-𝐒𝐄 𝐔𝐌𝐀 𝐌𝐀𝐌𝐀̃𝐄 • 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora