Capítulo 14: Juntas

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S/N

-- S-Se o vínculo de companheiro for realmente perigoso... N-Nós duas... S/n... Eu acho que n-não consigo ficar longe de você. -- Billie caminhava ao meu lado, seus olhos marejados enquanto ela falava.

Seu tom vulnerável me tocou profundamente, e eu parei, virando-me para ela.

-- Billie, vamos descobrir uma maneira de lidar com isso -- disse, tentando soar confiante. -- Se Daniel e Evangeline não conseguiram, não significa que nós também falharemos. Temos que tentar.

Ela assentiu, mas a incerteza ainda pairava em seus olhos. Entramos na biblioteca do castelo, um vasto salão repleto de livros antigos e documentos empoeirados. A sensação de antiguidade e conhecimento era quase palpável.

-- Temos que encontrar tudo o que pudermos sobre Daniel e Evangeline -- disse, dirigindo-me à grande mesa no centro da sala. -- Qualquer coisa que nos ajude a entender o que aconteceu com eles e como podemos evitar o mesmo destino.

Billi assentiu novamente, limpando discretamente uma lágrima que ameaçava cair. Eu sorrio de lado para ela, tentando reconforta-la. Então me aproximo envolvendo seu rosto entre minhas mãos, sentindo uma estranha necessidade de encostar nela e de fazê-la se sentir melhor

-- Ei... Esta tudo bem... Vai ficar tudo bem -- Digo baixinho, olhando em seus olhinhos azuis como o mar. -- Olha só, estamos bem agora, hm? Não acho que o que temos seja algo perigoso.

Acaricio sua bochecha, mantendo meu olhar em seus olhos. Eu sinto seu toque hesitante em minha cintura, como se ela pedisse permissão, eu me aproximo um pouquinho mais dela.

-- Vai dar tudo certo... -- Digo sentindo sua respiração extremamente perto de meu rosto, me fazendo quase esquecer completamente da racionalidade

Billie respirou fundo, seus olhos azuis fixos nos meus enquanto ela segurava minha cintura, sua hesitação gradualmente se desvanecendo.

-- S/n, eu quero acreditar nisso -- ela sussurrou, a emoção evidente em sua voz. -- Eu só... Eu não quero te machucar.

-- Você não vai -- respondi suavemente, aproximando-me ainda mais. -- Nós estamos juntas nisso, e vamos encontrar uma maneira de fazer tudo dar certo.

Nossos rostos estavam agora a meros centímetros de distância, e a tensão no ar era palpável. Eu podia sentir a mistura de medo e desejo em seus olhos, um reflexo perfeito do que eu mesma estava sentindo.

Sem pensar muito, eu me inclinei e encostei meus lábios nos dela, de forma suave e hesitante. A princípio, ela ficou tensa, mas logo relaxou, correspondendo ao beijo. As faíscas que sempre sentia ao tocá-la agora pareciam fogos de artifício, preenchendo-me com uma sensação de calor e pertencimento.

Senti o calor de seus lábios e o sabor doce de sua boca. Minha mão tremia levemente quando a coloquei em sua nuca, puxando-a delicadamente para mais perto. Sua respiração tornou-se irregular, combinando com a minha, criando uma harmonia entre nós. Seus dedos deslizaram pelo meu braço, enviando arrepios pela minha pele.

Enquanto nos beijávamos, o mundo ao nosso redor pareceu desaparecer, deixando apenas nós duas. O beijo, que começou hesitante, tornou-se mais profundo e urgente. Nossas línguas se encontraram, explorando cada canto, cada sensação. Era como se estivéssemos comunicando sem palavras, dizendo tudo o que não conseguíamos expressar de outra forma.

Quando finalmente nos separamos, ambas estávamos ofegantes.

-- Nós vamos conseguir -- disse, a voz firme apesar do turbilhão de emoções. -- Juntas, Billie. Vamos encontrar um jeito.

The Awakening Of Prophecies (Billie/You) G!POnde histórias criam vida. Descubra agora