Capítulo 30: B-Billie...

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BILLIE

A noite estava silenciosa, mas a inquietação de S/n era impossível de ignorar. Eu sentia cada movimento, cada respiração acelerada dela ao meu lado, e sabia exatamente o que estava acontecendo. O vínculo entre nós, tão forte e incontrolável, estava exigindo mais do que apenas proximidade física. Era como se nossos corpos se atraíssem com uma força magnética, impossível de resistir.

Tentei me concentrar em mantê-la calma, mas a cada vez que nossas peles se tocavam, um arrepio percorria meu corpo, tornando cada segundo mais difícil. Sabia que ela sentia o mesmo, e que aquela batalha interna estava nos esgotando aos poucos. Era uma luta constante para não ceder ao desejo avassalador que o vínculo nos impunha, especialmente nas madrugadas, quando tudo parecia mais intenso.

Acordamos várias vezes, ofegantes, nossos corpos tão próximos que era difícil dizer onde um começava e o outro terminava. Eu podia sentir o calor de sua pele contra a minha, o bater rápido de seu coração ecoando no meu peito. Cada vez que isso acontecia, eu fazia o possível para acalmá-la, murmurando palavras suaves em seu ouvido, tentando dissipar a tensão crescente entre nós.

Mas sabia que, eventualmente, precisaríamos enfrentar essa realidade, entender como controlar o vínculo sem nos perdermos no processo. Por enquanto, tudo o que podíamos fazer era nos apoiar mutuamente, tentando encontrar algum equilíbrio entre o desejo e o autocontrole, entre o amor profundo e a necessidade quase animal que o vínculo nos trazia.

O calor do corpo de S/n pressionado contra o meu estava me deixando à beira de perder o controle. Sentia cada batida acelerada de seu coração, cada suspiro que saía de seus lábios. Minha respiração estava pesada, meu lobo inquieto, rosnando internamente, implorando para que eu cedesse. Minhas mãos estavam firmemente posicionadas em sua cintura, como se, por um segundo, eu pudesse ancorar a mim mesma naquela sensação, naquele desejo avassalador.

-- Amor... Hm... -- ela murmurou, remexendo-se desconfortável.

Sua testa estava agora longe do meu queixo, o que me permitiu olhar em seus olhos. O suor começava a se formar em sua pele pálida, enquanto sua respiração se tornava mais ofegante, mais urgente. O vínculo entre nós estava pulsando, crescendo, exigindo mais. Eu sabia o que isso significava.

Se eu cedesse, estaríamos entrando em um ciclo que não poderia ser interrompido por dias. Três ou quatro dias de pura intensidade, onde nossas almas se fundiriam, onde o lobo dentro de mim tomaria o controle, reclamando o que era dele. E depois, o cansaço profundo, a recuperação lenta, onde tudo o que sentiríamos seria a necessidade de ficarmos juntas, isoladas do mundo.

Mas não era só isso. O ciúme e a possessividade se intensificariam. Nesses dias, o contato com outros lobisomens seria perigoso, quase uma ameaça. Tudo ao nosso redor desapareceria, e tudo o que restaria seria o vínculo, forte e inquebrável.

O som da voz de S/n, tão vulnerável e implorante, quase quebrou minha última resistência. Ela se apertava contra mim, seus dedos se fechando em minha pele, como se precisasse de mais, de tudo que eu pudesse dar. Eu sentia o vínculo se fortalecendo, invadindo cada pensamento, cada impulso. Meu lobo uivava dentro de mim, implorando para que eu cedesse, para que eu tomasse o que era nosso por direito.

-- B-Billie... P-Por favor... -- Ela sussurrou novamente, sua voz tremendo, quase chorosa.

A cada segundo, a linha tênue que eu segurava ficava mais fina. O desejo dela, o desejo de ambas, estava em seu ápice, e eu sabia que ela não estava no controle. O vínculo era uma força poderosa, uma corrente impossível de quebrar. Ela não conseguia mais resistir, e a verdade é que eu também estava no limite.

Meu corpo reagiu por instinto, meus braços a puxando para mais perto, meus lábios encontrando sua pele quente e pulsante. Cada parte de mim gritava para seguir em frente, para deixar que o vínculo nos levasse ao que era inevitável. Mas, no fundo, havia uma pequena voz, uma pequena razão que eu tentava agarrar com todas as minhas forças.

-- S/n... -- sussurrei contra sua pele, minha voz rouca, quase um gemido. -- Se cedermos agora, não há volta... Vamos ficar dias assim, só nós duas, e será intenso... perigoso...

Ela olhou para mim, seus olhos brilhando de desejo e confusão, e eu sabia que ela estava à mercê do vínculo. Era minha responsabilidade, minha decisão a ser tomada.

-- Eu... Eu quero, mais do que qualquer coisa -- continuei, meu corpo lutando contra minhas próprias palavras. -- Mas preciso ter certeza de que é isso que você realmente quer...

-- Por favor... E-Esta doendo... F-Faz parar -- ela pede apertando seus braços ao meu redor, suas unhas arranham minhas costas sem piedade alguma

O desespero na voz de S/n era quase insuportável. Cada palavra dela era como uma lâmina cortante, atravessando meu autocontrole. Ela estava sofrendo, o vínculo estava tomando conta, e a dor que ela sentia era algo que só eu podia aliviar. Suas unhas cravavam-se em minhas costas, seu corpo colado ao meu, e eu sabia que não havia mais tempo para hesitações.

-- S/n... -- sussurrei novamente, minha voz trêmula enquanto lutava contra meus próprios desejos. Mas a verdade era que eu já estava cedendo, a cada segundo que passava, meu lobo se tornava mais difícil de conter.

Eu a puxei para mais perto, sentindo seu corpo tremer contra o meu, e, naquele momento, todas as dúvidas desapareceram. Não importava mais o que viria depois, o que importava era acalmar a dor que minha companheira sentia, dar a ela o que seu corpo e alma clamavam.

-- Eu estou aqui... -- murmurei, minhas mãos percorrendo suas costas, tentando acalmá-la enquanto, ao mesmo tempo, deixava o vínculo nos consumir. -- Vou fazer parar... Eu prometo...

Com essas palavras, a última barreira em minha mente se desfez. Eu a beijei, profundamente, deixando que todo o desejo, o amor, e a necessidade que tínhamos uma da outra se manifestassem. O vínculo entre nós cresceu, se tornando inquebrável, e, naquele instante, soube que estávamos dando início a algo que mudaria nossas vidas para sempre.

Em segundos, eu já estava sobre seu corpo, entre suas pernas. S/n não perdeu tempo em entrelaçar suas pernas ao redor de meu corpo, chocando nossas intimidades com força, arrancando um gemido sofrego de minha companheira. Eu aperto uma de suas coxas, empurrando mais meu quadril contra seu ventre, sentindo S/n estremecer e gemer mais uma vez para mim.

Eu poderia escuta-la gemer pelo resto da minha vida!







Continua...

The Awakening Of Prophecies (Billie/You) G!POnde histórias criam vida. Descubra agora