The Awakening Of Prophecies (Billie/You) G!P

Capítulo 43:

S/N

Meu coração parecia estar prestes a explodir a qualquer momento. O salão estava lotado, com todos os olhos fixos em mim, esperando o momento em que eu finalmente tomaria o juramento e assumiria o trono. O líder do conselho estava ao meu lado direito, sua voz ecoando por todo o ambiente enquanto ele recitava o discurso, preparando o terreno para que eu repetisse as palavras que selariam meu destino como a nova rainha de Dark Forest Realm.

Apesar da solenidade do momento, minha mente estava em outro lugar, presa em uma mistura de sentimentos confusos e dolorosos. Eu me sentia sozinha, mais do que nunca. Cada palavra do discurso do conselheiro parecia distante, quase inaudível, como se eu estivesse em um sonho do qual não conseguia despertar.

Minha mãe estava ao meu lado esquerdo, e a presença dela, normalmente tão reconfortante, só aumentava a pressão que eu sentia. Eu conseguia sentir sua ansiedade, o desejo dela de que tudo corresse bem, de que eu fosse a rainha que o reino precisava. Minutos antes, ela havia perguntado sobre Billie, se ela estaria presente. Aquelas palavras ainda ecoavam na minha cabeça, uma ferida aberta que eu não conseguia ignorar. A resposta que dei foi fria e dura, refletindo o vazio que eu sentia dentro de mim: "Ela não virá."

Ao mesmo tempo, não conseguia deixar de me perguntar se essa seria a última vez que eu falaria de Billie dessa forma, com essa certeza amarga de que ela não estaria ao meu lado quando eu mais precisava dela. Eu não queria que fosse assim, mas a realidade era cruel. Naquele momento, quando todos esperavam por mim, eu estava sozinha, e a pessoa que deveria estar ao meu lado, me apoiando, havia escolhido outra coisa como prioridade.

As palavras do conselheiro continuavam, mas minha mente estava longe, presa nas memórias de todos os momentos em que Billie e eu havíamos compartilhado, os sonhos que tínhamos para o futuro, os planos que pareciam tão certos e inevitáveis. Agora, todos eles pareciam frágeis, como castelos de areia prestes a serem levados pela maré.

Então, chegou o momento. As palavras do juramento foram ditas, e eu sabia que era minha vez de falar. O salão ficou em silêncio, todos aguardando. Meu coração estava na garganta, e por um instante, pensei que talvez não conseguisse falar. Mas eu sabia que tinha que seguir em frente, por mim, pelo meu povo, pela memória do meu pai.

Respirei fundo e comecei a repetir o juramento, minha voz clara e firme, apesar do turbilhão de emoções dentro de mim. Eu sabia que, a partir daquele momento, minha vida mudaria para sempre. Eu seria a rainha de Dark Forest Realm, e teria que governar sozinha, sem Billie ao meu lado, pelo menos por enquanto.

Mas enquanto eu pronunciava as palavras finais do juramento, uma pequena parte de mim ainda esperava, ainda desejava, que talvez, de alguma forma, ela pudesse aparecer. Mesmo que eu soubesse que essa esperança era em vão, ela se recusava a morrer.

Assim que a coroa foi colocada em minha cabeça, senti o peso simbólico e real da responsabilidade que agora recaía sobre mim. O salão, que antes estava mergulhado em um silêncio reverente, explodiu em aplausos e murmúrios de entusiasmo. Todos os presentes pareciam animados, como se a simples presença da coroa tivesse acendido uma chama de esperança em seus corações.

Eu conseguia ver nos rostos ao meu redor uma centelha de confiança, uma fé renovada de que, sob meu governo, o reino poderia encontrar dias melhores. Os sorrisos, os olhares de respeito e as expressões de orgulho, especialmente no rosto de minha mãe, eram evidências de que as expectativas eram altas. Todos acreditavam que eu seria a rainha que lideraria Dark Forest Realm para um futuro mais próspero, que traria segurança e estabilidade.

No entanto, enquanto os outros celebravam, uma parte de mim ainda se sentia deslocada, presa em um turbilhão de emoções conflitantes. Eu deveria estar feliz, deveria me sentir realizada por finalmente ter assumido o trono, mas a ausência de Billie continuava a pesar sobre mim, como uma sombra que manchava o brilho daquele momento tão importante.