Capítulo 25:

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Billie

Eu acordo pela manhã, sentindo S/n inquieta ao meu lado. Apesar de ainda estar inconsciente pelo sono, seu corpo parecia buscar por mim com uma urgência quase desesperada.

-- Shhh... Eu estou aqui -- sussurro, puxando-a para mais perto de mim. Assim que a tenho nos meus braços, sinto sua inquietação se acalmar instantaneamente, um alívio visível em sua expressão. -- Eu estou aqui, não vou a lugar algum -- continuo, tentando confortá-la com minha voz suave e firme.

Ela murmura, quase inconscientemente, seu rosto afundando contra meu peito, a palavra "Minha" escapando de seus lábios com um tom de devoção e necessidade. É um momento que me faz sentir um profundo amor e uma conexão ainda mais forte. Ter S/n ao meu lado, sentindo sua respiração lenta e regular, é um lembrete claro do quanto somos importantes uma para a outra.

Fico ali, segurando-a com carinho, esperando que seu sono seja tranquilo e reparador, sabendo que temos um caminho à frente, mas também confiando que juntas, podemos enfrentar qualquer coisa.

-- Sua... -- sussurro em resposta, minha voz suave e cheia de amor. Beijo sua cabeça com delicadeza, sentindo seu corpo relaxar ainda mais em meus braços.

O calor e a proximidade dela são um consolo imenso, e eu me permito relaxar completamente, mergulhando na sensação de estarmos finalmente juntas e seguras. Este momento de tranquilidade é precioso, e me lembro do quanto significamos uma para a outra. Enquanto a mantenho nos meus braços, sinto uma paz interior que parece fazer com que todo o sofrimento recente se desvaneça, mesmo que apenas por um breve instante.

Estamos aqui, juntas, e isso é o suficiente para me dar forças para enfrentar o que vier a seguir.

S/n parece despertar por breves segundos, seu toque suave e hesitante abrindo minha camisa para tocar minha pele. Eu entendi imediatamente o que ela estava procurando; o vínculo estava quase dominando-a, fazendo-a desejar sentir o máximo de mim com a maior nitidez possível.

Enquanto ela explora meu corpo com as mãos, a conexão entre nós se torna ainda mais intensa, como se ela estivesse tentando se reconectar de forma profunda e completa. Eu posso sentir a necessidade dela, o desejo de se ancorar em mim para aliviar a dor e a inquietação que o vínculo está causando.

Acaricio seus cabelos e beijo sua testa novamente, tentando transmitir todo o amor e o conforto que posso.

-- Estou aqui, minha morceguinha -- sussurro suavemente -- Estamos juntas nisso.

Enquanto a mantenho próxima, permito que ela se acalme e encontre o conforto que está buscando, confiando que este momento de proximidade vai ajudar a aliviar a pressão do vínculo que estamos enfrentando.

Levanto um pouco a blusa de S/n, tocando suavemente a pele de suas costas. Com uma das mãos, afasto seus cabelos, expondo a marca no pescoço dela. O local estava um pouco avermelhado e inchado, provavelmente devido à distância que mantivemos.

Meus lábios se aproximam da marca, e deixo um beijo suave no local. Assim que faço isso, S/n suspira instantaneamente, inclinando a cabeça como se pedisse para que eu repetisse o gesto. A suavidade e a ternura do beijo parecem aliviar a dor que ela sente na área afetada, trazendo um alívio imediato e reconfortante.

Sinto uma profunda satisfação ao ver a expressão de alívio em seu rosto, e continuo a acariciar a marca com cuidado, repetindo o gesto com a mesma ternura. É um pequeno ato de conforto, mas um que, neste momento, parece fazer toda a diferença para S/n, ajudando-a a se sentir mais conectada e menos agitada.

-- Não, por favor... -- S/n suplica quando paro com os pequenos beijos em seu pescoço. Sinto sua pele esquentar um pouco mais, e percebo as reações de seu corpo, denunciando que ela quer algo muito além disso.

-- Você ainda não está pronta, morceguinha -- digo baixinho, beijando a pontinha de seu nariz com ternura, tentando manter a calma enquanto meu próprio corpo responde à intensidade do vínculo que nos une.

-- Por favor -- ela murmura, a voz carregada de desejo e necessidade, aproximando ainda mais seu corpo do meu. Seu apelo é sofrido, quase desesperado, e eu posso sentir o quanto ela está lutando contra a força avassaladora do vínculo, que exige cada vez mais de nós.

Meu coração se aperta ao vê-la assim, dividida entre a dor e a necessidade. Eu a seguro com mais firmeza, tentando transmitir a segurança que ela precisa.

-- Eu sei que é difícil, mas precisamos ser fortes -- sussurro, tentando acalmá-la. -- Quero que você esteja bem antes de darmos esse passo. Vou cuidar de você, prometo.

Mesmo enquanto digo isso, sinto a intensidade do vínculo, quase como uma corrente que nos puxa com força. Mas sei que devemos resistir por enquanto. Tudo o que quero é garantir que, quando finalmente cedermos, seja o momento certo, e que estejamos ambas prontas para enfrentar qualquer consequência.

-- Então só... não se afasta... por favor, dói... -- S/n murmura, a voz embargada de emoção enquanto afunda o rosto em meu pescoço. A vulnerabilidade em seu tom me parte o coração, e a dor dela ressoa em mim de maneira quase física, intensificando o vínculo que compartilhamos.

-- Eu não vou me afastar, prometo -- sussurro de volta, envolvendo-a em um abraço apertado, segurando-a como se minha própria vida dependesse disso.

Sinto seu corpo relaxar um pouco contra o meu, como se as palavras que acabei de dizer fossem um bálsamo para a dor que ela está sentindo. A proximidade entre nós traz um alívio imediato, embora eu saiba que ainda estamos longe de resolver completamente o que estamos enfrentando.

-- Vou ficar aqui com você. Vamos passar por isso juntas, eu te prometo -- digo, acariciando seus cabelos e mantendo-a o mais próxima possível, tentando transmitir toda a segurança e o amor que posso.

No fundo, sinto o peso da responsabilidade, sabendo que precisamos ser fortes para proteger uma à outra, mas também entendendo que a necessidade de estarmos juntas é poderosa demais para ignorar. A dor e o desejo que nos cercam são intensos, mas, por enquanto, tudo o que posso fazer é mantê-la perto de mim, garantindo que ela saiba que não está sozinha.

S/n

O medo que sinto agora é avassalador, algo que nunca experimentei antes. A lembrança da dor que me consumiu quando Billie estava longe é quase insuportável, uma tortura que ainda ecoa em cada parte do meu ser. E só de imaginar que ela pode se afastar de mim, mesmo que apenas alguns milímetros, me enche de pavor.

Eu, que sempre fui independente, agora me sinto completamente ligada a alguém, de uma forma que jamais imaginei ser possível. É como se eu não pudesse existir plenamente sem Billie por perto, como se minha própria essência dependesse da sua presença.

O mais assustador é que tudo acontece de maneira tão natural. A cada gesto, a cada toque, algo dentro de mim me impulsiona a fazer coisas que, em outro momento, eu acharia esquisitas ou até impossíveis. Mas com Billie, essas ações parecem certas, como se fossem a resposta exata para o que ela espera de mim, para o que nós precisamos.

Essa dependência, essa conexão, é ao mesmo tempo assustadora e reconfortante. Eu sinto que, com ela, nada pode me ferir, mas o medo de perdê-la, de estar sem ela, é igualmente forte. Eu a seguro com toda a força que tenho, rezando para que esse vínculo que nos une seja a nossa salvação, e não a nossa ruína.

The Awakening Of Prophecies (Billie/You) G!POnde histórias criam vida. Descubra agora