- Aurora, querida, quanto tempo! Junte - se a nós. - A tia de Mirabel convidou uma menina levemente alta, cabelos ruivos e olhos azuis para se sentir junto a elas na sala de estar. O chá foi servido para ela assim que a dama se assentou no sofá, ao lado de Mirabel.
- Muito obrigada pelo convite, duquesa Beatriz. - Ela deu um sorriso sincero. - Sempre um prazer vir aqui. - Ela olhava ao redor como se estivesse procurando alguém. Então entendeu o que ela tanto procurava.
- Um prazer conhece - lá senhorita. Meu tio saiu junto com Albert para o treinamento geral, lamento. - Aurora deu um sorriso sem graça e sua bochecha ficou vermelha. Mirabel não era boba, essa moça estava doida para entrar para a família.
Mirabel levou a xícara a boca, reprimindo um risinho. Com certeza comentaria com seu primo mais tarde sobre sua secreta admiradora.
- Minha querida, é sempre bom tê - lá por aqui. Quero lhe apresentar minha sobrinha, filha de Amélia Montbane e James Montbane. - A mão da jovem Aurora cobriu a boca em estado de choque.
Mirabel sorriu sem graça e Aurora a olhou incrédula.
- Então é a senhorita! Que bom que finalmente te encontraram. Já contaram aos jornais? A sociedade vai surtar com essa novidade, vão comprar todas as folhas de jornais que sair logo cedo. - A jovem é simpática e fala um pouco demais, observou Mirabel.
- Só iremos apresentá - la no baile de amanhã, querida. Preferimos que Mirabel aprendesse como lidar com os costumes primeiro e só então apresentar ela aos leões. - Brincou a tia, comendo um cookie de chocolate.
- Se ela não soubesse como se portar diante da alta sociedade no baile, realmente iam devorar a coitada viva. - Brincou de volta, Aurora. - Com que roupa vai ao baile, senhorita Montbane? Estou indecisa entre dois vestidos.
Mirabel gostou da jovem, queria ser amiga dela. Convidou Aurora para ir ao seu quarto e lhe mostrou o seu vestido pronto. Tinha mangas de tule em lilás e era todo liso com camadas, sem estampa alguma. Os detalhes seriam os acessórios que colocaria, já havia separado antes do café da tarde com Aurora.
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- Você vai brilhar mais que diamantes, senhorita! Com essa jóias atraíra olhares de muitos pretendentes - Aurora disse, feliz pela jovem. Desde que a tia de Mirabel a tivesse contado sobre a história dela, havia se comovido com a vida dela e prometeu a si mesma que faria de tudo para ser amiga dela caso a encontrassem. Ela merecia uma amiga verdadeira depois de tudo que passou em sua pobre vida.
- Pode me chamar de Mirabel, senhorita. - Ela disse, sorrindo para ela. - Qual a cor dos vestidos que você usará?
- E você pode me chamar de Aurora. Estava pensando em um verde mais puxado para o verde- água ou um rosa bebê. Eles são de renda, com mangas.
Mirabel projetou o vestido dela na cabeça, tentando pensar como seria.
- Acho que o verde - água combinará mais com sua cor de pele e ressaltar seu cabelo cor avermelhada.
Aurora parou e ponderou sobre.
- Realmente, acho que tem razão. - Concordou com Mirabel. Uma batida na porta chamou a atenção delas.
Mirabel abriu a porta do quarto, encontrando sua empregada particular a sua porta.
- Senhorita, o café da tarde está servido. Sua tia pediu para que descessem para comerem juntamente a ela. - Jane avisou, sem graça por estar atrapalhando o momento de amizade das damas.
Aurora já estava ao lado de Mirabel quando ela se virou.
- Vamos, então. - Ela disse a Aurora. Desceram as grandes escadas em silêncio, em direção a sala de jantar. Encontraram a tia assentada a mesa e Albert ao seu lado. Como um cavalheiro, se levantou para cumprimentar as duas moças. Abraçou sua prima e cumprimentou com um aperto de mão Aurora.
A Aurora, que já tinha o cabelo vermelho, ficou da mesma cor do seu cabelo. Mirabel sentiu empatia por ela, mas queria rir.
- Bom dia, Sr.Belmonte. - Ela cumprimentou Albert. Mirabel sentiu pena dela, seu primo claramente só havia a cumprimentado por educação, mal olhou para ela depois que voltou a se sentar.
Comeram e ouviram Albert falar sobre sua ida à cidade no dia em que Louis veio vê - lo. Ele tinha passado, a mando de seu pai, todos os documentos da casa de Montbane para o nome de Mirabel e além disso providenciou a papelada de todas as economias para o nome dela. Ficaria prontos os documentos na semana seguinte, Mirabel teria que ir com ele para se identificar e então seria dona de toda sua herança, que claramente era um ótimo dote.
- Que notícia maravilhosa, meu filho! O dote para Mirabel agora com certeza é um ótimo momento. Logo Mirabel terá pretendentes caindo a seus pés. - A tia disse, não escondendo a sua felicidade.
Mirabel percebeu que não podia contestar sua tia, a ideia de homens querendo casar com ela não era tão atraente assim, na verdade ela se sentia um pouco sufocada com tudo aquilo... Bailes, dotes, herança, era muita coisa para sua cabeça de moça de vila assimilar.
Ela sabia que sua tia se divertiria ao ajudá - la a conquistar um marido, afinal foi assim que a família dela foi criada, pronta para desposar moças e aproveitar bailes requintados. Ela foi criada para isso, Mirabel não. Aurora percebeu o seu desconforto e a convidou para irem ao quintal, chegando lá, abraçou Mirabel em conforto.
- Vai dar tudo certo, Mirabel. Fique tranquila, você terá todo meu apoio no baile de amanhã e se sairá muito bem. - Ela consolou a jovem, que quase chorara de alívio em ter alguém que a compreendeu. Seu primo e seu tio mal tinham tempo para reparar nas preocupações de Mirabel, passavam grande parte de seu tempo no exército e sua tia não era muito atenta a meninas aflitas. A duquesa já tinha seus próprios problemas para se preocupar.
Ninguém tinha culpa, Mirabel mesmo não culpava ninguém, só estava aliviada de finalmente ter um pouco de consolo. Era bom ter uma amiga, nunca teve uma, era sempre solitária, seu próprio conforto.
Se afastaram um tempo depois, quando foram interrompidas. Mirabel sussurrou " obrigada" para Aurora, já a considerando muito. Então, voltaram a atenção para o visitante, que atrapalhou o momento delas de silêncio e conforto.
- Tio Antony, como vai? - Ela cumprimentou o tio, feliz por vê - lo tão cedo em casa.
- Bem, sobrinha. Como vai Aurora? - Ele perguntou para ruiva ao lado dela.
- Bem, Sr. Belmonte. Quanto tempo não o vejo! - Ela sorriu para ele.
Pouco tempo depois, Mirabel de despediu dela e Aurora foi para casa. A ansiedade do dia seguinte atingiu em cheio Mirabel, que ficou passando o resto do dia se dedicando a cuidar da sua tia para que ela ficasse ótima no baile de amanhã e também a aula de dança para aprender valsa. Colocou chá para Beatriz tomar com ervas medicinais e tijolos quentes em seus pés e joelhos, lhe dando um ótimo conforto nas articulações e músculos doloridos.
Amanhã, tudo mudaria, ela finalmente seria uma dama da sociedade e todos a conheceriam.
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Floresça
RomansaApós a morte de seus pais, Mirabel tendo somente como figura paterna o seu irmão mais velho, foi sucumbida a todas as tarefas da casa e a uma vida infeliz desde seus 10 anos de idade. Mas de repente, Mirabel se vê cercada de jóias, chás e bailes da...