Capítulo 1 - Noticias ruins...

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ANNY

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ANNY

NOTÍCIAS RUINS...

Quando entrei às pressas essa noite na delegacia central, prometi que seria forte. Por mais dolorosa que a notícia que recebi de Lorenzo fosse, eu acreditava no fundo do meu ser que poderiam estar enganados. 

— Boa noite. Sou a Anny, esposa do doutor Christopher D'Angelo. — a voz saiu tremula ao me apresentar na recepção. 

— Há, sim, o detetive Lorenzo a aguarda. Pode esperar um minuto sentada ali, eu vou chamá-lo. — uma policial com a cara de que a noite estava sendo uma penúria apontou uma fileira de cadeiras atrás de mim e se dirigiu a um longo corredor, desaparecendo ao final dele dobrando a direita.

Não sentei. Andei de um lado para outro, confusa, aturdida, louca para explodir em ódio, dor e revolta. Eram tantos sentimentos conflitantes dentro de mim, que parecia que não iria resistir à verdade. Quem poderia ter cometido tão hediondo crime?

— Oi, Anny, desculpe ser portador de uma notícia tão ruim assim. — Lorenzo se aproximou sem que percebesse, deixei que me abraçasse, mesmo não tendo muito apreço pelo Zorro espanhol como era conhecido.

— Foi um engano, não foi? — me afastei dele e o encarei naqueles olhos negros frios que sugavam a luz em sua volta feito um buraco negro.

— Você está sozinha? — Olhou desconfiado pelo ambiente. — Onde está o Leonardo?

— Eu não preciso de escolta, Lorenzo. E Léo deve estar em uma das suas festinhas particulares. — adiantei mostrando impaciência.

— Anny, você tem que ser forte, aliás, vocês dois.

— Chega de enrolar, Lorenzo! Preciso ver meu marido. Aliás, exijo isso! Tenho esse direito!

— Tudo bem, calma, quem sabe seja melhor…

— Onde ele está? — fui decisiva. Ele inspirou o ar profundamente, sabe o quanto sou teimosa e não adiantará tentar amenizar a situação, por isso largou a bomba.

— Na sala do necrotério, no final do corredor.

As minhas forças se esvaíram por instantes, pensei que as pernas não iriam aguentar o meu peso e oscilei para o lado, ele me amparou nos seus braços antes que o desastre acontecesse. 

— É um engano, falei com ele uma hora atrás. — segurei a gola da sua camisa de seda em desespero. — Ele está lá acompanhando um cliente, né? O médico legista deve ter chamado ele para evidenciar provas de algum caso, só pode. Fala Lorenzo! Diz que foi um equívoco!

— Infelizmente, não Anny. — Meus olhos encheram de lágrimas.

— Não faz isso comigo… — ainda queria me iludir, agarrar um fio de esperança que tudo não passasse de um equívoco sórdido. 

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