CAPÍTULO 36 - INVESTIGAÇÃO

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Realidades 

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Realidades 

Anny 

As lágrimas que começaram singelas, agora eram torrentes que chegavam a provocar soluços.  Nem na morte do irmão  vi Léo derramar tantas como diante daquela cena tão simples do dia a dia de uma família. 

—Calma, Léo... — acariciei seu cabelo devagar. — Vai ficar tudo bem...

— Será?— resmungou entre uma fungada e outra no meu cangote. -- Você vai ficar com o Noah, as crianças, e eu, fico com quem?

— Você ainda tem a sua mãe... Sua irmã...— Mesmo sabendo que eles não se dão bem, me corta o coração dizer que ficar sozinho pode ser sua única opção no momento. — Léo, não seja criança! Você pode arrumar uma namorada!

O trouxe à minha frente para encará-lo nos olhos. É óbvio que Noah não vai querer ele morando conosco, agora era hora de sair do ninho, alçar voos e encarar as novas circunstâncias que a vida trouxe. 

— Nós vamos pensar em algo… — tentei sorrir pra lhe dar algum conforto e de súbito me veio uma ideia. — Quem sabe, você possa dividir um apartamento com o Samuel?

— Sam? — ele enxugou as lágrimas, ou pelo menos tentou. — Você tá maluca?

Eu dei uma risada. Sam e Léo são amigos de infância. Mas, eles têm um relacionamento de amor e ódio que chega a ser cômico. Uma hora parece até serem um casal, já que, tenho lá minhas dúvidas pela sexualidade do amigo do qual nunca consegue manter um relacionamento prolongado com as garotas. Outras, estão a ponto de se matarem. Mas,  acredito que num momento como esse, ele seria uma ótima opção de companhia até esse playboy mimado entender como o mundo real dos adultos funciona de verdade.

— O Samuel me abandonou… — inspirei o ar pesado. O sumiço dele também me incomoda, mas tenho certeza que tem um bom motivo para essa atitude. 

— Samuel tem a vida dele, e tenho certeza que se não está conosco nesse momento doloroso, deve ter seus motivos.

— O que é mais importante do que estar ao lado da sua família num momento de dor como esse?

— Não o julgue! Ele vai aparecer e nos contar o por que se afastou. Só tenha paciência!

— Eu não consigo! Era pra ele estar aqui!

— Não seja mimado, Leonardo! Nem sempre você estava ao lado dele quando ele precisou! — A paciência tem limite, a minha estava por um fio.

— Você tem razão... — passou as mãos pelo rosto enxugando de vez as lágrimas e se afastou. — Ele está em missão, parece que “salvando criancinhas”, não faz falta, seria só mais um chorão pra você consolar.

— Dr Leonardo… — elevei a minha voz. — Você tem ideia do quão importante é o trabalho do Samuel? — Léo baixou os olhos arrependido do seu comentário. 

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