CAPÍTULO 27 - CAFÉ DA MANHÃ

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ANNY

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ANNY

Depois dessa avalanche de informações, desci para o café no restaurante do hotel, escolhi uma mesa próxima da janela que dava vista ao movimento pacato da cidade e tentei colocar ordem nos meus pensamentos. Entre um gole e outro de café, degustava o amargo da bebida, imaginando mil maneiras de seduzir Noah. Sedução, admito que não é uma arma que saiba usar. E logo penso que se depender deste fato, nossa investigação estará fadada ao fracasso.

Quando Léo resolveu "picar a mula", saindo sem sequer dar uma dica de como ser tão dissimulada como ele, uma ponta de preocupação resolveu bagunçar meu já tão debilitado psicológico. Seduzir, usar e jogar fora. Isso é tão Léo...

Sinto uma náusea se formar estragando meu paladar. Ele tem razão, numa ação judicial quem tiver um lar mais adequado a cuidar de uma família, ganha fácil a custódia das crianças. E nesse caso, Noah com certeza está com uma boa margem de vantagem. Ele é pai delas desde que nasceram, e eu? Bom, não sei cuidar nem do Sebastian quando Léo  viaja...

---  Por favor, me desculpe por tudo que aconteceu ontem.... — De repente, interrompendo minhas divagações, surge um lindo ramalhete de flores brancas em minha frente. --- Aquela maluca é uma inconsequente e exagerada... Então, me perdoe, por favor, por todo mau que ela lhe fez...

A voz de Noah sussurrada  em meu ouvido, era doce como a voz de um anjo. Arrepiou cada centímetro da minha pele e me deixou sem chão. Ele saiu detrás de mim e de joelhos ao meu lado, mostrava sinceridade em cada palavra que dizia. Arrependimento e culpa eram exibidos em seu olhar,  por ter me colocado em risco.

Tão fofo… Me derreti toda...

--- Você não tem o que se desculpar, Noah…--- de frente para ele,  toquei o seu rosto delicadamente. — A culpa foi toda nossa. — Assumi com a vergonha cobrindo meu rosto.

Estendo a mão e o incentivo para levantar e sentar-se, aquela cena já estava chamando a atenção de todos no recinto. Um grandalhão como ele de joelhos, com flores em mãos é de despedaçar o coração e causar inveja em qualquer mulher ali presente. Nos dias de hoje, que homem ainda se habilita a manifestar tal gesto? Pedir perdão por algo que nem fez? Abraço com carinho as flores ofertadas, sinto seu perfume e indico a cadeira para que se sente.

Noah assim o faz. Nervoso, esfrega as mãos umas nas outras e sei que isso é um movimento de quem está segurando uma pergunta bem pessoal. Uma certa pulga atrás da sua orelha o incomoda. E essa pulga curiosa, provavelmente quer respostas sobre o moreno que me carregou nos braços até meu quarto.

— Leonardo é como um irmão mais novo pra mim. --- Dou meu melhor sorriso antecipando o que deseja saber. Sei que essa informação ainda não o deixa confortável.--- Ele veio me trazer uns papéis do inventário para assinar e quando me viu naquele estado...

Noah corou. Provavelmente amaldiçoou Sheila em pensamento por isso.  Como ela poderia ter bagunçado a chance tão literalmente suada e difícil de conseguir um momento a sós que lhe dei? Talvez, nosso passeio tivesse terminado em uma noite romântica, se o ataque de ciúmes imbecil dela não tivesse promovido todo aquele escândalo.

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