capítulo 25 - Marcando Território

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Marcando Território

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Marcando Território

Noah

Quando eu olhei para o alto da escada que levava ao andar do quarto da Anny e dei de cara com aquele playboy, o cunhado dela, sabia que meus planos estavam frustrados. Ele descia com o semblante fechado, cara de poucos agrados e demonstrava no olhar  pouca simpatia  ao me ver.

— Aonde você pensa que vai, posso saber? — A voz fria dele me recepciona,  já tinha subido alguns degraus, e ele descido outros tantos.

Porém, parou no meio da escada impedindo minha passagem. Sua postura rija, com os braços cruzados sobre o peito, já fazem meu sangue ferver. Tudo que menos preciso agora, é um embate com ele.

— Vou ver como a Anny está e se ela precisa de alguma coisa. — Minha voz saiu firme, encarando-o com a mesma frieza, mas internamente,  já sabia que ele não tornaria isso fácil.

— Ela está bem e tem tudo que precisa. — O meio da escadaria definiu nosso embate. Posso sentir a testosterona pulsando em nossas veias clamando pelo que vem a seguir. — Eu agradeço por ter salvado ela daquela maluca… — o deboche era marca registrada nele. E isso me irrita. — Espere um momento, se você não tivesse essa ideia estúpida e não fosse um mulherengo, nada disso teria acontecido. — As mãos na cintura dele e a sua língua afiada me desafiam.

— Olha aqui, moleque! — Fui direto ao ponto, meu dedo quase tocando o peito dele, que apenas arqueou uma sobrancelha, como se eu fosse um incômodo menor.

— Doutor Leonardo, pra você. Eu estou errado nas minhas deduções? Não foi por sua culpa que Anny quase morreu?

— Tem uma explicação lógica pra isso. — Tentei segurar a raiva dentro de mim. Trinquei a mandíbula, resistindo a ideia de resolver a situação na força bruta, mas…

— E onde você quer me explicar? Diante de um juiz ou numa conversa de cavalheiros?

— Está pensando em me processar? Você não me conhece, garoto! Eu poderia… — Me contive, não queria perder a possibilidade de ficar com Anny, e o olhar confiante dele me pôs no meu lugar. — Podemos conversar numa mesa reservada, e  explicarei tudo que aconteceu.

— Ótimo, estou mesmo com fome. — Esse idiota estava se achando só porque tinha um diploma. — E você paga a conta!

Desci os degraus acompanhado por ele. O Tribunal não estava em meus planos e era evidente que poderia me vencer num embate jurídico, lá eu seria crucificado sem dó. Chamei Guido, que solícito, nos guiou a uma mesa perfeita no fundo do salão do restaurante. Pedi uma garrafa de vinho para nós dois, não que o idiota merecesse, mas mostrar que sei jogar um bom jogo, o doutor pediu o menu da noite. Assim que Guido se afastou, o engomadinho começou.

— Não pense que porque Anny é uma mulher viúva, que está sozinha. Ela tem uma família, tem eu para protegê-la, e não me subestime. Posso lhe dar uma imensa dor de cabeça por essa palhaçada que rolou hoje.

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