ANNY
O dia seguinte…
Quando o dia clareou e o despertador do celular tocou, desliguei-o, puxei as cobertas até a cabeça e tentei voltar a dormir…
“Trilha! Onde estava com a cabeça quando aceitei fazer esse programa ridículo? Tão ridículo como eu abandonando o meu mundo atrás de ladrões de bebês!”
O meu cérebro latejava devido ao efeito do vinho, está berrando para ficar na posição horizontal e faça o mínimo de esforço possível. Fecho os olhos confortando-me com o escuro que as cobertas proporcionam. Porém, quando as portas dos sonhos são abertas para meu deleite…
---Anny?! Você já acordou?--- Pancadas fortes na porta me trazem de volta.
Merda! Quem seria uma hora dessas? Penso em ignorar, Leonardo vem em meus pensamentos e não acredito que seria uma boa ideia ignorá-lo. Levanto como estou. Por sorte, decente num pijama de mini flores ridículo que coloquei na mala. Vou cambaleando em direção ao som das batidas, quase implorando que pare, pois na minha cabeça ele parece ensurdecedor. Abro a porta com extrema violência, louca para dizer umas verdades e uns palavrões…
--- Noah!--- escondo meu corpo atrás dela ao vê-lo todo alegre.--- O que está fazendo aqui?
--- Nosso passeio, lembra?---Ele não se intimida, empurra a porta com delicadeza e invade o quarto sem modéstia.
---Achei que tínhamos combinado na frente da escola?---Passo a mão no rosto tentando melhorar minha cara de ressaca.
--- Sim, mas… Imaginei que isso aconteceria…--- Deu uma risada, cobrindo a boca com a mão, do meu traje nada adequado ao passeio, adivinhando que me atrasaria.--- Vamos preguiçosa! Vista-se decentemente! Tome o seu café e apresente-se ao seu posto!
Levantei o dedo do meio sem ressalvas. — Sinto muito, Noah… A ressaca não vai me permitir andar os três quilômetros que você tem em mente. Serei um peso morto para ser carregado pelo caminho. E sinceramente? Não estou nem aí para caminhar com um bando de crianças pelo mato!
--- Você prometeu, Anny…--- Noah entristeceu com minha sinceridade.
--- Sim, eu sei, mas tenho e-mails para responder, telefonemas para dar…--- Os olhos pidões dele estavam me torturando. --- A ressaca está me matando…
--- E se eu curar sua ressaca, e deixar você levar seu celular? Não que ele vá funcionar, mas…--- Noah juntou as mãos quase implorando.
Que carinha insistente! Pensei naqueles atendentes de operadoras de celular que te ligam a todo momento, que não desistem fácil, e no final, você acaba comprando o maldito plano que não funciona, só para se ver livres deles. Daí vem a pior parte. Eles te enchendo o saco, para você “turbinar” o tal plano.
Nesse momento, Noah quer me vender um plano desses. Que tenho certeza que não dará certo. Mas, como a cabeça está me impedindo de pensar direito, resolvo dar um basta daqueles bem ignorantes.
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Jogo De Poder
ActionApós a morte brutal do marido em um assalto, Anny se recusa a aceitar as respostas vazias da polícia e resolve investigar por conta própria. Ela logo descobre uma perigosa rede de tráfico humano, que a faz questionar tudo o que sabia sobre seu compa...