25- Home is wherever I'm with you

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Eu não acreditava em tudo o que estava acontecendo. Esse mundo estava mesmo de cabeça virada. Onde é que o doido do meu irmão foi se meter? Que homem maluco era esse? E pior... que bando de bundões nós somos?

Ele mandava e desmandava e nós simplesmente obedecíamos. Ah... meu pai... Minho ia comer meu fígado. Podia dar adeus à minha vida.

O engraçado era que o diabo levava mesmo jeito pra coisa. Era bravo, atrevido... e forte.

Mas meu cérebro ainda não conseguia processar aquela cena. O vagabundo do Junseo amarrado à cama naquele quarto mal iluminado, cercado por três seguranças. E ao seu lado... o todo poderoso Jisung. Com uma toalha molhada nas mãos e batendo sem dó no próprio irmão.

Nem tinha como fingir. Ele estava vingando meu irmão. Vingando o seu homem. Fiquei um bom tempo olhando aquela criatura minúscula que logo após aquela tragédia se mostrou gigante. Minho ficaria furioso... mas ao mesmo tempo orgulhoso. Ele gostava de homens fortes, ousados. Não era a toa que estava apaixonado por Jisung. E nem adiantava negar.

- Achou que iria escapar, não é, seu vagabundo? Iria atentar contra a vida do meu marido e eu iria deixar barato?

- Jisung... sou seu irmão.

- Cala essa boca.

Desceu a toalha em suas pernas com uma força inacreditável, fazendo Junseo berrar.

- Vou fazer você rezar, Junseo. E implorar pela volta do Minho.

Eu segurei um riso. Se os seguranças, que nem apanhavam, já sonhavam com a volta dele... nem queria imaginar o Junseo.

Mas resolvi intervir, afinal ele estava grávido.

- Han... por favor, os bebês. Já chega.

Graças ao céus, ultimamente ele vinha se cuidando mais. E me ouviu mais uma vez.

- Chega porra nenhuma.

- Epa...

Entregou a toalha a um dos seguranças.

- Você... termine o serviço.

E quase caí pra trás quando ele parou já prestes a sair e falou:

-Ah... e não se esqueça. Ele é um estuprador. Já sabem o que devem fazer.

- NÃO... JISUNG... POR FAVOR.

Não havia um único traço de emoção em seu rosto quando olhou para o irmão. Senti pena dele. Minho precisava voltar logo, ou não iria sobrar Junseo nem para os urubus.

-Vamos, Han. Ou iremos perder o horário de visitas.

Ultimamente eu ia com Jisung sempre que ia visitar Minho. Ele voltava sempre tão arrasado que achei melhor acompanhá-lo sempre.

- De jeito nenhum. Chegaremos a tempo. Dei um jeitinho de conseguir estender um pouco nossas visitas.

Revirei meus olhos. Claro... por que não imaginei isso?

Assim que entramos no quarto de Minho eu me sentei em um canto, deixando Jisung um pouco mais à vontade. Mas era impossível não ouvir seu choro. O poderoso cedeu lugar ao homem apaixonado.

-Meu amor... onde você está, hein? Está fazendo tanta falta, Minho. Quando irá voltar pra mim? Pra nós.

Suspirou profundamente e depois me chamou.

- Hyunjin?

- Sim?

- Acha que ele pode me ouvir?

- Sinceramente? Não sei.

The powerful - MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora