The powerful - Minsung

22- Danger lives next door

Eu não podia reclamar. De forma alguma. Os últimos acontecimentos realmente me pegaram de surpresa. Primeiro o meu casamento. Em seguida minha lua de mel, que embora curta, jamais sairia da minha mente. Seria sempre lembrada como os dias mais felizes da minha vida. Minho me surpreendeu várias vezes e das mais variadas formas. Sem dúvida alguma dançar com ele foi... magnífico.

Eu jamais vislumbrei Minho desse jeito. Talvez fosse uma tática muito bem sucedida dele para me deixar ainda mais apaixonado por ele. Daqui a um tempo já não sobraria espaço dentro de mim para tanto amor. Somente aumentava, a cada segundo ao lado dele.

Estávamos em seu jatinho, quase chegando em casa... infelizmente. Suspirei e coloquei minha cabeça em seu ombro.

- O que foi? Está sentindo alguma coisa?

- Saudades.

- Já estamos chegando. Menos de quinze minutos e estaremos em casa.

- Não é de casa que tenho saudades.

-É do que então?

- De estar a sós com você.

Minho beijou o topo da minha cabeça, permanecendo um bom tempo com os lábios pressionados em meus cabelos.

- Eu prometi que teríamos nova lua de mel. E irei cumprir, Hannie.

- Eu sei. Você sempre cumpre. Mas é que estava tão bom.

- Sim... foi muito bom.

Seus dedos se entrelaçaram nos meus e assim ficaram até o jatinho finalmente pousar. Estávamos de volta a realidade.

Pousamos numa das fazendas de Minho. Dali imediatamente entramos na limusine que já nos esperava e fomos direto para casa.

- Por que não pousamos em nossa casa mesmo? Sei que ali tem o local apropriado.

- Achei melhor assim.

Não insisti. Algum motivo ele tinha, isso era óbvio.

Mal tínhamos entrado pela porta da sala e Felix veio correndo ao meu encontro.

- Hanzinho... meu gato...

Deu-me um abraço forte, balançando-se de um lado a outro.

- Ai... senti tanto a sua falta.

- Eu também, Lix. Muita. Como você está?

- Estou ótimo.

Felix parou à frente de Minho todo sorridente. Foi muito divertido ver a cena. Felix todo esfuziante encarando Minho e ele tentando se fazer de bravo, os braços cruzados em frente ao peito.

- Linoo...que saudades... - Forçou os braços dele e o abraçou.

- Ai... que cheirinho bom que você tem.

Ele não resistiu e riu abraçando-o.

- Também estava com saudades, peste. Mas mesmo assim estou bravo.

Ele deu de ombros.

- Não fiz nada para contribuir com isso.

- Felix... depois iremos conversar e é sério.

Olhei pra Felix num pedido mudo para que ele não provocasse. Depois de conhecer várias facetas de Minho nesses últimos dias, eu entendia seu excesso de zelo e preocupação. Felix pareceu captar meu recado.

- Tudo bem. Iremos conversar. Agora quero ver meus presentes. -Minho rolou os olhos.

- Isso é entre você e Han. Eu vou tomar um banho e descansar um pouco.