49- Strange feeling

156 17 49
                                    

(AUTORA: Não se esqueçam de interagir com a história comentando enquanto leem! 😉)

Entrei no quarto vestindo apenas a camisa longa, larga e preta enquanto secava meus cabelos com a toalha.

O relógio anunciava pouco mais de onze da noite, mas incrivelmente eu não sentia cansaço. Incrivelmente nada. Eu já estava tão acostumado a esse ritmo louco que muitas vezes não me sentia mesmo cansado. Agora eu entendia meu marido. Entendia aquele gás todo que ele tinha... nunca parava. Parecia que aquilo se infiltrava em nossas veias, espalhando-se pelo organismo e é o que nos mantinha vivos.

Como ele mesmo já disse várias vezes a máfia estava em meu sangue, nasci pra isso. Agora eu tinha certeza.

Joguei a toalha sobre a poltrona e me aproximei da cama, observado pelos olhos astutos do meu marido.

Minho estava recostado na cabeceira da cama, vestido apenas com a boxer preta. Os braços cruzados em frente ao peito deixavam-no ainda mais forte, seus músculos de destacando.

Suspirei jogando-me ao seu lado.

- O que foi ?

- Nada.

- E esse suspiro?

- Apreciando meu marido, não posso?

Ele não respondeu, apenas abriu os braços puxando-me para o seu peito. Seu hálito quente ricocheteou em meu pescoço fazendo-me estremecer.

- Nem vou perguntar se está cansado porque já sei a resposta.

- Convivência com o senhor meu marido.

- Foi tudo bem lá?

- Sim. Conferimos a mercadoria rapidamente. Tudo nos conformes como sempre. E lá com você? Deu tudo certo.

- Sim. Parece que finalmente aqueles trastes pegaram meu ritmo.

Agora era assim. Minho partia para um lado... eu para o outro. Cada um cuidando de uma parte dos negócios, mas tudo interligado.

Estávamos assim há um ano e meio, desde a execução de Narae.

Ainda não me conformava por Minho não ter conseguido mandar a cabeça dela de presente para Jeon Kyungho e sim desovado o corpo em um buraco qualquer.

Desde então... silêncio. Kyungho simplesmente desapareceu. Minho e seus soldados vasculharam cada canto desse país e nada.

Alguns dos comparsas dele ainda estavam presos e sequer sabiam da metade das coisas que aconteceram desde quando Jeon Kyungho escapou da prisão. Por isso mesmo Minho estava cada dia mais ranzinza.

Tinha, é óbvio, seus momentos de marido apaixonado e pai dedicado. Mas quando o assunto era sobre negócios estava sempre com o pavio curto. Era coice pra todo lado.

Eu resolvi voltar a estudar. Então minhas manhãs eram tomadas pelo estudo. Somente depois de metade da tarde eu me envolvia com os negócios.

- Deu o remédio pra Haneul?

Ele rolou os olhos.

- Fez um drama como sempre. Sério Hannie... essa menina puxou a você.

- Deixe de conversa Minho... é tão marrenta quanto você.

Sorri, pensando em nossos filhos a poucos meses de completar três anos. A personalidade dos dois se mantinha a mesma... exatamente como imaginei que seriam. Hajun bem calmo... e Haneul um furacão. Tanto que com apenas dois anos e meio já estava com o braço enfaixado, resultado de uma queda de um banco alto. Realmente ela dava canseira nas babás.

The powerful - MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora