55- All I needed

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(Autora: Não se esqueça de interagir com a história comentando durante a leitura 😉)

Paciência. Eu precisava de muita paciência. Força eu já tinha o bastante e sinceramente não estava disposto a usá-la agora. Estava cansado e irritado. Na verdade bem mais irritado que cansado.

Balancei a cabeça ao ver a lerdeza com que os rapazes separavam as mercadorias. Sei que estavam cansados mas eu também estava porra! Será que não entendiam que quanto mais demorassem pra fazer aquilo, mais cansados ficariam?

Pulei no meio da montanha de caixotes e comecei eu mesmo a separar tudo numa rapidez impressionante.

Como se não bastasse conferir toda a carga ainda teria que chegar em casa, tomar um banho rápido e ir para o casamento do Hyunjin.

Daria tudo para estar em Porto Rico novamente, onde fiquei por apenas uma semana com minha família. O nascimento prematuro de Sunwoo, filho de Felix antecipou nossa volta.

Somente isso me fez voltar porque se fosse olhar minha vontade ainda estaria lá, descansando e curtindo minha família.

Aliás mais curtindo do que descansando. Haneul e Hajun nos deram uma canseira daquelas. Mas foi bom... muito bom. A única coisa desagradável foram as notícias assim que retornei. Meu pai havia voltado a traficar drogas. Uma semana apenas e ele deu conta do recado. Velho bandido.

Ainda teve a cara de pau de me dizer que a máfia sem tráfico de drogas não é máfia. Tudo bem... na verdade eu concordo com ele. Acho que fiquei apenas meio molenga depois de tudo o que aconteceu, principalmente envolvendo Jaeho.

Mas não poderíamos dar brechas a outras organizações ou iriam pensar que estávamos amolecendo. Nada disso. Eu seguia firme e mais forte do que nunca. Ninguém iria ocupar o lugar que alcançamos e seguramos com todas as garras durante esses anos.

Logicamente perguntei a opinião de Han. Como se ele fosse ficar contra alguma decisão minha.

Ele também voltou com todo o gás e assim como eu estava em um encontro de negócios. Mas com certeza voltaria antes de mim, afinal hoje era um programa que ele amava: casamento.

Eu deveria estar mesmo muito apaixonado quando me casei com Han. Definitivamente não era meu programa favorito assistir a um casamento.

Gastei quase uma hora ajudando os molengas e depois finalmente pude ir para casa. O carregamento das drogas infelizmente teria que ficar por conta deles.

Assim que entrei na sala Haneul apareceu correndo, as bochechas vermelhas e os olhos arregalados.

Eu conhecia meu "gado" muito bem pra saber que aquelas mãozinhas pra trás significavam alguma coisa. E Logo eu tive a confirmação. Hajun apareceu correndo também e chorando.

- Carrinho...

- Haneul... devolva o carrinho dele.

Ela me olhou com a cara mais inocente do mundo.

- Eu sei que está escondido aí. Devolva agora ou vou te dar umas palmadas.

Logicamente eu jamais faria isso. Minha mãe sempre disse que palmada nunca resolvia.

Mas funcionou porque ela esticou a mão e devolveu o carrinho a ele. Mas eu bem vi quando ela mostrou a língua disfarçadamente pra ele.

Balancei a cabeça e tirei a gravata no instante em que as duas babás, que eu jamais me lembrava o nome entraram na sala.

Haneul tinha que ter alguém exclusivamente pra ela. Dava trabalho demais.

Acariciei os cabelos dela que estava agora deitada no sofá com o rosto entre as almofadas. Típico de quando queria fazer-se de vítima.

The powerful - MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora