24- Born for this

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Como obrigar minha mente a racionalizar a situação? Como acalmar meu coração e dizer que estava tudo sob controle?

Não... não estava nada sob controle. Meu marido permanecia há quatro dias em coma no hospital e eu já não sabia mais como suportar sua ausência.

Era doloroso demais olhar seu corpo imóvel naquela cama, os olhos fechados para mim. Eu não tinha sono, não tinha fome, não tinha sede. Apenas o desejo incontrolável de tê-lo bem, novamente ao meu lado.

Toquei sua mão, apertando-a ligeiramente.

- Eu te amo tanto, Minho. Por que foi fazer isso comigo? Eu não vou suportar perder você.

- Han, ele está bem. Como te disse, é um coma induzido. Apenas medicação que estamos administrando nele para que seu estado não fique comprometido. Ele está reagindo muito bem e em breve iremos começar a diminuir a quantidade de medicamentos.

- É normal isso, Doyun? Ele... nem se mover? Se é como estivesse dormindo... sedado, ele não deveria se mexer?
                   
- Han, tenha a certeza que ele ouve tudo o que se passa ao seu redor. Reforço que ele está bem.
                   
Eu não acreditava. Está certo que o médico sabe muito mais que eu. Mas se Minho me ouvia, por que não se manifestava de alguma forma? Ele me ouvia dizer que o amava... e nada.
                  
Nem um dedo se mexia. Eu não acreditava que ele estivesse me ouvindo. Pra mim, sua mente estava muito longe daqui... e eu tinha medo que ela não regressasse nunca mais.
                   
- Você precisa ir agora, Jisung. Descanse... pense nos bebês. Quando Minho voltar ele não ficará satisfeito em saber que não se cuidou.
                   
- Se ele voltar, Doyun...

Saí antes que ele dissesse mais alguma coisa. Estava perdendo as esperanças. Praticamente me arrastei até em casa. Fui recebido por Felix e Changbin.
                   
- Hannie... estava ficando preocupado. Por que não me chamou?
                   
- Queria ficar sozinho com ele, Lix.                 

- Eu entendo.
                   
- Han...                    

Changbin que quase nunca falava comigo aproximou-se, segurando minhas mãos.                    

- Sabe como Minho é forte. Tente reagir pelo bem dos bebês... e pelo nosso também.

Não pude deixar de rir. Realmente Minho ficaria uma fera e se voltasse... seus homens seriam os primeiros a sofrerem as consequências da sua ira.

- Vou me cuidar, Changbin. Eu prometo. A propósito... onde está o Hyunjin?

- Está conversando com os seguranças... tentando encontrar uma forma de...

Uma raiva tão grande me subiu, impedindo-me de ouvir o que Changbin dizia. Bando de incompetentes que nem se prestaram a proteger meu marido. Em um instante me decidi sobre o que iria fazer. Iria colocar as coisas para funcionarem do meu jeito.

- Diga ao Hyunjin para vir ao escritório. Agora.

Changbin me encarou, os olhos arregalados, mas nada disse.

Em menos de cinco minutos Hyunjin entrou no escritório, encontrando-me sentado na cadeira de Minho.

- Han? Queria falar comigo?

-Sim. Eu preciso da planta dessa casa.

Ele franziu o cenho e cruzou os braços.

- E eu posso perguntar o por quê? O que está planejando? Han, estou resolvendo assuntos import...

- Dane-se. Quero a planta. Sabe onde fica?

- No cofre.

Merda. Eu iria precisar da senha. Esperava sinceramente que Hyunjin soubesse.

The powerful - MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora