09- Surprise Revelation

871 75 38
                                    

Eu ouvia a movimentação no quarto mas não conseguia abrir meus olhos. Que merda... Nunca fui de ter tanto sono assim. Por que eu simplesmente não abria os olhos? Meu corpo estava pesado e eu não conseguia sequer mover o braço ou a perna.

- Continue a dormir ainda é cedo. - A voz autoritária e sexy de Minho se fez presente no quarto ainda escuro.

- Que... Que horas são?

- Cinco da manhã.

- Porra...

Meu Deus... De onde aquele homem tirava tanta energia? Isso não era normal. Ele usava alguma espécie de droga, agora eu tinha certeza. Nenhum ser humano por mais forte que seja poderia dormir tão pouco. Sono é essencial. Pelo menos pra mim.

- Dormiu há pouco menos de duas horas, Minho.

- Tenho trabalho, Hannie.

- Eu vou... Fazer seu café.

Com muito custo consegui abrir os olhos e vi a figura alta e imponente que ajeitava a gravata.

- Não precisa. Eu como alguma coisa por aí.

- Mas eu quero... Servir você.

Ele veio até mim e puxou meu corpo. Confesso que me assustei. Ele me beijou, apertando meu corpo de encontro ao dele.

- Você já me serviu por horas. Agora merece descansar. - Ele disse com um sorriso canalha no rosto.

Senti meu rosto arder, por saber que ele se referia ao sexo que fizemos pela madrugada afora.

- Os outros também acordavam tarde? - Ele revirou os olhos com força ao ouvir minha pergunta.

- Não sempre antes de mim. - Merda que vergonha. - Mas ninguém cumpria... Hã... As tarefas que você  cumpre perfeitamente durante a madrugada. Tinham horas para dormir, por isso acordavam cedo. Portanto, seja bonzinho e volte para a cama. E não se esqueça que hoje iremos almoçar com meus pais.

- Bom trabalho, então.

- Obrigado. Bom sono.

Deu me um último beijo e saiu. Caí na cama novamente, feliz... Aos poucos ia descobrindo o lado amável de Minho. Sei que fazia parte do trabalho dele ser tão sisudo, mas parecia que às vezes ele gostava de ser rude com as pessoas.

Esse lado dele me assustava. Às vezes, embora eu não me assustasse facilmente. Mesmo sabendo que não precisava sair da cama, me levantei.

Junseo estava há muito tempo sumido e isso me preocupava. Era um porra louca e para estar aprontando alguma pouco custava. Ainda era cedo mas liguei em seu celular. Desligado.

Liguei em nossa casa e um dos empregados atendeu. Junseo não dormia em casa a três dias. Ahhh... Merda. Eu sabia que deveria estar aprontando. Eu precisava ir lá, mas era melhor falar com Minho primeiro. Não queria uma briga agora que ele estava tão maleável.

Tomei um banho, tomei meu café e pensei no que diria a Minho. O problema é que iríamos almoçar com os pais dele... Teria que conversar com ele mais tarde. Resolvi ir até o escritório procurar algo para ler. Vi uma infinidade de títulos lá.

Era uma chance de descobrir seu gosto para leitura. Percorri a prateleira e peguei um exemplar de couro. Era uma bela capa: O morro dos ventos uivantes. Minho lendo isso? Comecei a ler certa vez e não fui à frente. Por que não agora? Sentei-me na poltrona dele e folheei o livro. Um papel dentro me chamou atenção.

Peguei e vi que se tratava de uma foto. Um garoto loiro de uns 17 anos. Era bonito. Olhei o verso da foto e parei de respirar ao ler a dedicatória.

Para Minho

The powerful - MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora